Ibovespa tem leve alta e renova recorde pela 3ª sessão; denúncias seguem no radar

Publicado em 13/09/2017 18:08

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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa voltou a subir nesta quarta-feira, renovando máxima histórica pelo terceiro pregão seguido, com a visão de recuperação de força ao governo para avançar na agenda de reformas voltando a crescer, apesar de alguma cautela após o presidente Michel Temer voltar a ser alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

O Ibovespa fechou em alta de 0,33 por cento, a 74.787 pontos, renovando a pontuação máxima histórica. O giro financeiro do pregão somou 11,41 bilhões de reais, em sessão marcada por vencimento de opções de Ibovespa.

O índice trocou de sinal algumas vezes no pregão, indo de queda de 0,46 por cento a alta de 0,82 por cento na máxima, reagindo ao noticiário político.

"O mercado vai melhorar mais. O que emperra é a política, as denúncias, mas a economia anda bem", disse o gestor da mesa de ações da corretora Coinvalores Marco Tulli Siqueira.

Na véspera, o ministro do STF Roberto Barroso abriu um novo inquérito contra Temer. Nesta tarde, os ministros do STF votaram por unanimidade para rejeitar o pedido da defesa de Temer de afastar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de investigações contra o presidente.

No entanto, segundo operadores, uma eventual nova denúncia de Janot contra Temer virá enfraquecida após a abertura de investigação e prisão de delatores da J&F, controladora da JBS.

À tarde, a notícia de que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, poderia ser candidato à Presidência em 2018 fez o índice subir mais. O ministro, no entanto, negou que seja pré-candidato, após o líder de seu partido, o PSD, na Câmara, Marcos Montes (MG), afirmar que ele recebera com "entusiasmo" o convite da bancada para disputar o Palácio do Planalto.

DESTAQUES

- JBS ON subiu 2,35 por cento, após a Polícia Federal ter prendido pela manhã o presidente-executivo da empresa, Wesley Batista, como parte de investigação sobre uso de informação privilegiada para obter lucro no mercado financeiro. Segundo operadores, as prisões de executivos ajuda a afastar a família Batista do comando da empresa, abrindo espaço para melhora na condução dos negócios. No início do pregão, a ação chegou a cair 1,73 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 1,08 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 1,82 por cento, em dia de alta do petróleo. Planos de mudança no perfil de dívida da empresa também estavam no radar, além do anúncio de que a petroleira vai pagar 1,4 bilhão de reais no primeiro ano de equacionamento de déficit do Plano Petros. Segundo analistas da Coinvalores, esse déficit já está contemplado e não impacta o resultado de 2017. - VALE ON recuou 1,39 por cento, em linha com os contratos futuros do minério de ferro na China.

- GPA PN caiu 1,14 por cento, com investidores avaliando possíveis impactos do processo de arbitragem proposto pelo Fundo Península sobre cálculos de valores de aluguéis de lojas e "outras questões operacionais". Segundo analistas do UBS, para cada 1 ponto percentual de aumento no valor do aluguel, o impacto estimado no Ebitda de varejo de alimentos do GPA é de 63 milhões de reais, ou o equivalente a 2,5 por cento do Ebitda ajustado estimado para 2017.

- SER EDUCACIONAL ON caiu 3,95 por cento, após a empresa anunciar aumento de capital de 236,5 milhões a 400 milhões de reais, enquanto negocia a compra de escola de ensino superior. A operação será feita com emissão de 8,2 milhões a 13,9 milhões de ações ao preço de 28,80 reais por papel, abaixo do fechamento da véspera, de 31,90.

(Por Flavia Bohone)

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Fonte:
Reuters

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