Bolsas caem no Brasil e EUA; aqui é a Previdência, lá é a reforma tributária

Publicado em 14/12/2017 21:39
Reuters

Bolsas recuam nos EUA com temor de investidores sobre aprovação de reforma tributária

NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices acionários dos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira, com o S&P 500 apresentando a maior queda em um mês, com temores dos investidores em relação a potenciais obstáculos à reforma tributária dos republicanos mais que obscurecendo o otimismo com fortes dados do varejo.

O índice Dow Jones caiu 0,31 por cento, encerrando a 24.508 pontos, o S&P 500 recuou 0,41 por cento, para 2.652 pontos e o Nasdaq Composite teve queda de 0,28 por cento, para 6.856 pontos.

Embora os republicanos tenham chegado a um acordo sobre a legislação tributária na quarta-feira, os senadores republicanos Marco Rubio e Mike Lee disseram nesta quinta-feira que não apoiariam o projeto sem mudanças para créditos tributários para crianças.

Conforme o veloz projeto republicano evolui, ele tem se inclinado a beneficiar empresas e contribuintes abastados, uma tendência que assessores disseram em particular que está se tornando preocupação crescente para alguns parlamentares. Os investidores se preocupam que as ações podem cair se o projeto não passar.

As ações caíram mesmo com as vendas do varejo nos EUA aumentando mais que o esperado em novembro, com a temporada de compras de fim de ano se iniciando rapidamente, o que aponta para um crescimento sustentado na economia dos EUA.

"O medo de que não consigam aprovar o projeto de reforma tributária pode ser a causa da queda do mercado, apesar das fortes vendas do varejo e outros dados econômicos positivos", disse a analista sênior de pesquisas de equity da Fort Pitt Capital Group Kim Forrest.

Ibovespa cai após confirmação de adiamento da reforma da Previdência

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou em queda nesta quarta-feira, pressionado pela confirmação de adiamento da votação da reforma da Previdência para fevereiro, o que deixa um intervalo menor para aprovação da medida antes do processo eleitoral.

O Ibovespa fechou em queda de 0,67 por cento, a 72.428 pontos. O giro financeiro do pregão somou 11,3 bilhões de reais, impulsionado pelo leilão de compra e venda dos papéis ordinários do Itaú Unibanco, que não fazem parte do índice de referência da bolsa.

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a reforma será votada na Casa após o Carnaval, no dia 19 de fevereiro, e avaliou que a proposta terá entre 320 e 330 votos favoráveis quando for a plenário.

A confirmação veio após o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ter antecipado no final da tarde passada que a apreciação da proposta ficaria para fevereiro de 2018.

Com o adiamento, a janela para aprovação da medida ficou mais estreita, uma vez que o próximo ano é marcado por eleições.

"Se tiver alguma probabilidade de aprovação é começo do ano e não pode se arrastar para março, abril, maio. Cada mês que passar a probabilidade vai diminuindo", disse gestor de recursos da Mapfre Investimentos Thiago Souza.

DESTAQUES

- ELETROBRAS ON caiu 3,8 por cento e ELETROBRAS PNB teve queda de 2,8 por cento, entre as maiores perdas do Ibovespa, com receios que o provável adiamento da votação da reforma da Previdência possa prejudicar o processo de privatização da elétrica.

- PETROBRAS PN recuou 1,12 por cento e PETROBRAS ON perdeu 0,82 por cento, apesar da alta para os preços do petróleo no mercado internacional e tendo no radar a precificação da oferta inicial de ações da BR Distribuidora na véspera, em 15 reais a ação, no piso da faixa indicativa. Com a operação, a petroleira levantou cerca de 5 bilhões de reais.

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 1,58 por cento e BRADESCO PN teve perda de 0,79 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso em sua composição. A sessão também foi negativa para os demais bancos que figuram o índice, com SANTANDER UNIT fechando em queda de 0,81 por cento BANCO DO BRASIL ON recuando 0,39 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 3,22 por cento e teve o maior volume financeiro da bolsa, de 1,76 bilhão de reais, após leilão para compra e venda de papéis. Na véspera, o banco informou acordo com a Fundação Antônio e Helena Zerrenner (FAHZ), que pretendia alienar, por meio de leilão, 31.793.134 ações ordinárias de emissão do Itaú. O banco informou interesse em participar do leilão para comprar papéis, no âmbito de seu programa de recompra de ações.

- VALE ON teve alta de 0,36 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo, apesar da queda para os contratos futuros do minério de ferro na China.

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Fonte:
Reuters

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