Se eu for candidato, existe sim possibilidade de ter apoio do governo, diz Meirelles

Publicado em 14/12/2017 21:43
Temer usará sonda por 3 semanas (Reuters)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira que pode sim ser o candidato do governo caso decida participar da corrida pela Presidência da República no ano que vem.

"Eu vou tomar decisão sobre minha possível candidatura ... cerca de março, começo de abril do próximo ano", disse Meirelles em entrevista à rádio Bandnews. "A partir daí existe sim possibilidade, e vamos ver como se desenvolve o quadro, de eu ter o apoio do governo", completou.

Ao ser questionado se o flerte pelo comando do Executivo poderia dificultar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, o ministro disse não acreditar que congressistas irão se posicionar contra a matéria para que ele não seja candidato, já que "forças que apoiam a reforma são muito diversas".

"Se a economia der certo, como acredito que vai dar, e se eu de fato tomar uma decisão nesse sentido, acredito até que serve pra reforçar, pra fazer aglutinação maior ainda de forças e ter mais um polo de movimento a favor dessas reformas dentro de uma perspectiva futura", afirmou.

Meirelles afirmou que, em seu eventual governo, manteria a agenda de reformas para elevar a produtividade da economia do país, além de lutar por medidas para dar continuidade ao processo de ajuste fiscal e modernização do ambiente econômico, que não puderam ser implementadas ainda.

Após tentar mobilizar parlamentares para garantir a aprovação da reforma da Previdência ainda neste ano, o governo reconheceu nesta quinta-feira que a votação ficará para fevereiro.

Meirelles já tinha defendido mais cedo neste mês que o candidato do governo à Presidência terá de defender o legado dessa gestão, incluindo outras reformas além da Previdência, e que se beneficiará da melhora da economia em breve.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele também pontuou que o governo terá um nome para 2018, mas que não será o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Temer está bem e pode ter agenda normal, mas usará sonda por 3 semanas, dizem médicos

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Michel Temer está muito bem depois de passar por procedimento cirúrgico urológico, é uma pessoa saudável, mas precisará ter precauções nas próximas semanas que o levaram a adiar uma viagem em janeiro, afirmaram nesta quinta-feira os médicos que tratam do presidente.

Temer usará uma sonda nas próximas três semanas em consequência do procedimento realizado na véspera.

O presidente receberá alta na sexta-feira, após ficar um dia a mais no hospital em função de medicamentos que está tomando para o coração em decorrência da angioplastia realizada mês passado.

"Ele ficou mais um dia por segurança, ele toma remédios para deixar o sangue mais fino, por causa da angioplastia. Esses remédios podem aumentar o risco de sangramento e não pode ficar sem essa medicação. Foi mais para observar mesmo", disse em entrevista coletiva o doutor Roberto Kalil Filho, um dos responsáveis pelo atendimento do presidente no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

"Amanhã ele terá alta até a hora do almoço e vai cumprir agenda normal...Ele está ótimo", acrescentou.

De acordo com o médico Miguel Srougi, foram realizadas há cerca de um mês biópsias da bexiga e da próstata, que "foram normais, então se descartou qualquer processo grave".

No final de outubro, o presidente passou em São Paulo por uma cirurgia na próstata, depois der ter sofrido uma obstrução urinária que fez com que fosse levado a um hospital de Brasília dias antes.

Posteriormente, já no final de novembro, Temer foi internado no Sírio-Libanês para ser submetido a uma angioplastia e para realizar uma revisão da cirurgia na próstata.

Esses episódios, segundo Kalil, são "intercorrências que acontecem com qualquer um de nós".

"O presidente é uma pessoa extremamente saudável", ressaltou.

No entanto, haverá precauções a serem tomadas, que são o cuidado para não ter sangramento importante e tentar preservar a uretra aberta, por isso a colocação da sonda por três semanas, o que inviabilizou uma viagem prevista ao sudeste asiático no início de janeiro.

O adiamento da viagem ocorreu por "ponderação médica", disse Kalil. O presidente, porém, poderá cumprir uma agenda normal em Brasília.

"Ele vai viver bem nesse período. É possível sair e trabalhar normalmente, porque ele não tem nenhuma incisão, nada muito agressivo", explicou Miguel Srougi, acrescentando que o procedimento feito na quarta-feira foi considerado "simples".

"Há 15 dias ele notou que o jato urinário começou a se enfraquecer e começou a ter dificuldade de urinar. Essa semana a dificuldade aumentou muito", disse o médico.

"Foi passado um aparelho ontem e a uretra realmente estava muito fechada. Ele devia estar urinando com muita dificuldade. Eu fiz uma incisão na uretra. No caso dele foi muito simples, apenas houve cuidado por causa do anticoagulante que ele toma, não poderia machucar nenhum vaso para não correr risco de sangramento", completou.

Enquanto Temer seguia internado em São Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou em Brasília, nesta tarde, que a reforma da Previdência será colocada em votação no dia 19 de fevereiro.

Nos últimos dias, Temer atuou fortemente em busca de apoios para a reforma, numa tentativa derradeira de que a proposta fosse votada já na próxima semana.

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Fonte:
Reuters

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