Bolsa: No Brasil leve alta; nos EUA Wall St fecha em recordes de alta com reforma tributária

Publicado em 15/12/2017 17:02 e atualizado em 16/12/2017 10:24

 

Vale ajuda a amparar movimento de ajuste e Ibovespa tem leve alta; BR estreia com ganho de 7%

O principal índice acionário da B3 fechou em leve alta nesta sexta-feira, com os ganhos da mineradora Vale ajudando a manter o tom positivo e amparando o movimento de ajuste após as quedas nos dois pregões passados.

A sessão foi marcada ainda pela estreia dos papéis da BR Distribuidora na bolsa, que registraram alta expressiva e movimentaram 766 milhões de reais.

O Ibovespa fechou em leve alta de 0,25 por cento, a 72.607 pontos, terminando a semana com perda acumulada de 0,17 por cento.

O giro financeiro somou 17,6 bilhões de reais, inflado pelo leilão programado de compra e venda de ações ordinárias da Itaúsa, que não fazem parte do Ibovespa e fecharam a sessão com um giro financeiro de 4,5 bilhões de reais. O volume também ganhou impulso do rebalanceamento trimestral da carteira do índice global FTSE.

O movimento de ajuste veio após o índice cair nos dois pregões anteriores, pressionado pelo adiamento da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados para fevereiro 2018. Apesar das dúvidas em relação à capacidade do governo de aprovar a proposta no próximo ano, antes do início do processo eleitoral, a confirmação do adiamento tira uma incerteza que vinha provocando forte volatilidade no mercado.

"A reforma da Previdência era o grande motivador do mercado recentemente e isso acalmou um pouco agora", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos, acrescentando que a espera pela votação em meio ao recesso no Congresso vai abrir espaço para que o mercado acionário volte a reagir ao noticiário econômico nacional e internacional.

O bom humor em Wall Street, na esteira do otimismo com o avanço da reforma tributária norte-americana, também ajudou a manter o tom positivo do mercado local.

DESTAQUES

- BR DISTRIBUIDORA ON fechou o primeiro dia de negócios B3 com negociada a 16 reais, alta de 6,67 por cento ante a precificação da oferta inicial de ações, de 15 reais. As ações, que não fazem parte do Ibovespa, representaram o maior giro financeiro na bolsa nesta sessão.

- PETROBRAS PN caiu 0,4 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 1,58 por cento, em sessão sem viés único para os preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON ganhou 1,79 por cento, em sessão positiva também para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES ON avançou 4 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa. No radar estava a suspensão pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) por 30 dias todas as demissões de professores feitas pela empresa recentemente.

- RUMO ON caiu 2,07 por cento, liderando a ponta negativa do índice, com receios sobre risco de adiamento no processo de renovação da concessão da Malha Paulista. 

Wall St fecha em recordes de alta com reforma tributária à vista

 

NOVA YORK (Reuters) - Os três principais índices de Wall Street subiram para máximas recordes nesta sexta-feira com amplos ganhos, uma vez que uma esperada lei que reduzirá taxas de impostos corporativos aparenta ter apoio suficiente de parlamentares para passar.

O Dow Jones subiu 0,58 por cento, a 24.651 pontos, o S&P 500 ganhou 0,90 por cento, a 2.675 pontos e o Nasdaq avançou 1,17 por cento, a 6.936 pontos.

Era esperado que republicanos do Congresso dos EUA divulgassem os detalhes finais de seu plano no fim desta sexta-feira, com votações decisivas planejadas para a próxima semana após parlamentares que haviam antes criticado a lei começarem a manifestar seu apoio.

O senador republicano Bob Corker se juntou ao senador Marco Rubio ao sinalizar apoio no fim da tarde. Rubio havia criticado a proposta inicial, dizendo que ela não dava alívio fiscal suficiente para famílias trabalhadoras, enquanto Corker havia demonstrado preocupação sobre o impacto da lei no déficit federal.

A lei deverá reduzir as taxas de impostos corporativos a 21 por cento, ante 35 por cento, e alguns investidores estão apostando que companhias colocarão a maior parte de suas economias na direção de um aumento no pagamento de acionistas.

"É significativo em termos de seu impacto em acionistas. Você verá um aumento nas recompras de ações, talvez alguns pagamentos de dividendos", disse David Joy, estrategista-chefe de mercado da Ameriprise Financial em Boston.

No entanto, ao passo que o pacote tem se desenvolvido, ele tem se inclinado cada vez mais a beneficiar negócios e os ricos, uma tendência que tem preocupado alguns parlamentares.

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Fonte:
Reuters

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