Maia nega candidatura ao Planalto agora, mas admite planos se alcançar 7% nas pesquisas

Publicado em 17/01/2018 16:51

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que, no momento, não é candidato ao Palácio do Planalto, mas sinalizou que poderá concorrer à Presidência se melhorar seus índices em pesquisas de intenção de voto.

"Olha, hoje não (sou candidato), eu tenho 1 por cento na pesquisa. No dia que eu tiver 7 por cento, as coisas melhoram muito", disse Maia, em evento no Brazil Institute do Wilson Center, em Washington.

O presidente da Câmara destacou que um candidato que defender a agenda de reformas do governo Michel Temer tem todas as condições de ser um "candidato competitivo".

"Não necessariamente ser um candidato do presidente, ser um candidato desse ambiente de reformas do Brasil, com possibilidade de apoio do PMDB", acrescentou.

Em entrevista há um mês, o parlamentar afirmou que não precisa ter uma candidatura com o nome de Temer "tatuado na testa". Em resposta, o presidente disse que qualquer candidato a sucedê-lo que apoiar as atuais reformas terá cravado a gestão dele na campanha eleitoral.

Segundo Maia, o candidato com esse perfil tem que ter a possibilidade defender essa agenda, que precisa ser aprofundada na responsabilidade fiscal, ao mesmo tempo em que pode criticá-la e também avançar na política de geração de empregos, "numa agenda social".

O presidente da Câmara reconheceu que Temer tem uma alta rejeição atualmente, mas avaliou que o governo "tem muitos avanços". Ele disse que é difícil aprovar a reforma da Previdência nos próximos 30 dias, mas que o trabalho que está sendo feito é para votá-la até lá.

Na semana passada, Temer disse acreditar que Maia não disputará o Planalto, ao mesmo tempo em que fez um afago ao pré-candidato do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha em alta com dados de inflação no Brasil e nos EUA
Wall Street fecha em alta com avanço de ações de megacapitalização de tecnologia
Dólar fecha em queda de 0,94%, a R$5,1168 na venda; moeda perde 1,58% na semana
Taxas futuras de juros recuam após dados de inflação de Brasil e EUA
Petróleo sobe com tensões no Oriente Médio, problemas econômicos restringem ganhos