Barbosa, Ciro e Alckmin empatam abaixo, e Marina se aproxima de Bolsonaro, destaca Poder360

Publicado em 15/04/2018 11:12
Mesmo preso, Lula lidera nos 3 cenários (Datafolha)

Com Lula preso e considerado fora das eleições de outubro, Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) lideram em intenções de voto, indica pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (15.abr.2018). O ex-capitão do Exército varia de 15% a 17%, empatado na margem de erro com a candidata da Rede, que registra 16% das intenções de voto nos cenários sem Lula.

Nos cenários em que é testado, o petista continua à frente. Lula oscila de 30% a 31%. Ainda que continue liderando, sua prisão, em 7 de abril, reduziu seu apoio em relação a janeiro, quando pontuava de 34% a 37% nos cenários testados. 

Agora filiado ao PSB, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa cresceu nas pesquisas e aparece empatado na margem de erro com Geraldo Alckmin (PSDB) e com Ciro Gomes (PDT). Nem o tucano, nem o pedetista se beneficiaram da situação de Lula e tiveram desempenho igual ou pior do que na medição de janeiro

Como os cenários de abril diferem dos testados em janeiro, não é possível comparar a evolução individual, mas as marcas de máximo e mínimo em intenções de voto de cada candidato em todos os cenários fornecem 1 panorama da situação.

Eis 1 quadro com os percentuais máximos e mínimos alcançados por todos os candidato testados pelo Datafolha. Os nomes estão ordenados pelo máximo de intenções de voto em abril:

O levantamento teve 4.194 entrevistas realizadas em 227 municípios de 11 a 13 de abril. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Testou 9 cenários com 3 candidatos diferentes do PT: foram 3 cenários com Lula, 3 com Fernando Haddad (PT) e 3 com Jaques Wagner (PT).

A pesquisa colocou em números o tamanho do baque sofrido pelo PT sem Lula no páreo. Os outros representantes da sigla tiveram desempenho pífio. Fernando Haddad não pontua acima de 2% e Jaques Wagner fica com 1% das intenções de voto. Os 2 empatam com outros 2 candidatos da esquerda que poderiam herdar parte dos votos de Lula: Manuela D’Ávila (PC do B) marca no máximo 2% e Guilherme Boulos (Psol), 1%.

A estratégia de Michel Temer de filiar Henrique Meirelles ao MDB para, eventualmente, compor uma chapa que defendesse o legado de seu governo e a agenda de reformas não conquistou ainda nenhuma aderência junto ao eleitorado. Temer registra no máximo 2% das intenções de voto. Meirelles não passa de 1%.

PARA ONDE VÃO OS VOTOS DE LULA

Se confirmado o cenário quase certo de que Lula não poderá disputar o Planalto, o capital de 30% das intenções de voto serão decisivos na definição dos candidatos que vão a 1 eventual 2º turno. O Datafolha questionou aos eleitores lulistas o que eles farão se o ex-presidente não tiver seu nome inscrito nas urnas.

Dois terços dos eleitores se dispõe a votar em 1 candidato indicado por Lula e 1/3 diz não ter candidato. Entre os candidatos que continuam no pleito, os maiores beneficiados seriam Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Receberiam uma porcentagem de votos maior que a dos próprios candidatos petistas testados: Fernando Haddad e Jaques Wagner.

Marina receberia de 19% a 21% dos votos lulistas. Ciro, de 14% a 15%. Haddad e Wagner receberiam 3% –metade dos eleitores de Lula que migrariam seu voto para Jair Bolsonaro (PSL), percentual que varia de 5 a 6%.

GERALDO ALCKMIN

O candidato tucano ainda patina nas pesquisas. Registrou agora em abril resultado até pior do que em janeiro, quando variava de 6% a 11% nos diferentes cenários. Agora, seu melhor resultado é 8% das intenções de voto, nos cenários sem Lula e sem o presidente Michel Temer.

O tucano deixou o governo de São Paulo na última semana para obedecer a regra da desincompatibilização. Encerra o período de mais de 7 anos de governo no maior eleitorado do país com 36% de aprovação, segundo o Datafolha.

O cenário é desfavorável. Em 2006, 1ª vez em que Alckmin deixou o governo para se candidatar ao Planalto, saiu com 66% de aprovação da população paulista. Perdeu no 2º turno para Lula.

Na corrida presidencial deste ano, o tucano não lidera sozinho entre os eleitores paulistas. Tem 16% das intenções de voto. Empata dentro da margem de erro com Jair Bolsonaro (16%) e Marina Silva (13%) no Estado. Ficam à frente de Joaquim Barbosa (11%) e Ciro Gomes (8%).

O caminho ainda é longo, mas os números são pouco animadores. Podem inclusive reacender os desejos de João Doria, desincompatibilizado da prefeitura de São Paulo e pré-candidato ao governo estadual, de ser o representante do PSDB na disputa presidencial.

CENÁRIOS PARA O 2º TURNO

O Datafolha testou 7 cenários de 2º turno. Todos contêm candidatos do PT, isto é –seja pela improbabilidade de Lula concorrer, seja pelo mau desempenho dos outros 2 candidatos– todos são muito improváveis se avaliarmos as intenções de voto em 1º turno. São eles:

  • Lula 48% x 31% Bolsonaro
  • Lula 48% x 27% Alckmin
  • Lula 46% x 32% Marina
  • Bolsonaro 37% x Haddad 26%
  • Alckmin 37% x Haddad 21%
  • Bolsonaro 39% x 23% Jaques Wagner
  • Alckmin 41% x 17 Jaques Wagner

​​Candidatos de centro iniciam campanha com dificuldades nos maiores eleitorados

SP, RJ, MG e BA têm 48% do eleitorado; PSDB, DEM e MDB não se entendem aí. Cenário também não é fácil para o PT

Sérgio Lima/Poder360

TALES FARIA 

A menos de 6 meses do 1º turno das eleições presidenciais, os principais nomes do chamado centro-liberal ainda não conseguiram garantir alianças fortes nos 4 maiores eleitorados do país: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

Pelo menos 3 pré-candidaturas disputam entre si o apoio de partidos e de uma mesma faixa da população para ver quem será capaz de se viabilizar para disputar o Planalto: o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e 1 dos 2 pré-candidatos do MDB, Michel Temer e Henrique Meirelles.

Somados, os 4 Estados representam praticamente metade (48,62%) do eleitorado. São 71,21 milhões de eleitores. Quem não conseguir garfar apoios expressivos nesses cenários fica inviabilizado na corrida presidencial.

Poder360 resume, a seguir, o cenário nesses Estados e os principais óbices para candidaturas do centro:

SÃO PAULO: 33,06 MILHÕES DE ELEITORES

  • Jair Bolsonaro – o pré-candidato do PSL empata ou fica na frente de Alckmin entre os paulistas;
  • Planalto detona Alckmin – o governo federal trabalha de maneira incessante para minar a candidatura tucana;
  • MDB divide o centro – além de João Doria (PSDB) e Márcio França(PSB), há o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, como candidato a governador paulista. Essa trinca divide o voto do centro liberal;
  • Racha entre iguais – não há no horizonte sinais de que PSDB, DEM e MDB possam se unir em torno de 1 único candidato a presidente em solo paulista;
  • Joaquim Barbosa – a entrada do ex-presidente do STF na disputa presidencial deve dividir ainda mais os votos para presidente no Estado de São Paulo.

Se for candidato à Presidência, Joaquim Barbosa atrapalha tanto Alckmin quanto a esquerda em São PauloFellipe Sampaio/SCO/STF – 18.jun.2016

MINAS GERAIS: 15,7 MILHÕES DE ELEITORES

  • Antônio Anastasia só – o senador do PSDB é candidato a governador, contra a reeleição de Fernando Pimentel (PT), mas não consegue replicar as antigas alianças formadas em torno dos tucanos;
  • DEM contra o PSDB – o Democratas lançou o deputado Rodrigo Pacheco, ex-presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, como candidato a governador;
  • MDB rachado – parte desse partido está aliada ao PT e outra parte, revoltada com a anunciada candidatura de Dilma Rousseff ao Senado;
  • Aécio Neves encrencado – quantos votos tem hoje o ainda principal cacique tucano em Minas Gerais? Ninguém sabe. O que é certo: ele fará de tudo para que Alckmin não vença por lá;
  • Fernando Pimentel vai ao centro – o candidato a vice dos sonhos na chapa do petista é o empresário Josué Gomes da Silva (Coteminas), que acaba de sair do MDB e se filiar ao PR.

Possível chapa com Fernando Pimentel (PT) e o empresário Josué Gomes (PR) interdita caminho do centro em Minas GeraisRicardo Stuckert/ Instituto Lula – Sinditêxtil-SP

RIO DE JANEIRO: 12,38 MILHÕES DE ELEITORES

  • MDB destroçado – o partido do ex-governador Sérgio Cabral e do atual, Luiz Fernando Pezão, desmoralizou-se;
  • Eduardo Paes no DEM – ainda impedido de disputar a eleição (por enquanto, é ficha suja), o ex-prefeito do Rio saiu do MDB. Ensaiou ir para o PSDB, mas não deu certo: nenhum dos 2 lados sentiu atração suficiente;
  • Cesar Maia – o vereador carioca pelo DEM e pai do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que não disputa cargos em 2018. Irritou-se com a entrada de Eduardo Paes no DEM. Racha o partido. Cesar Maia é contra a candidatura do próprio filho a presidente;
  • Geraldo Alckmin – sem as alianças que previa com Cesar Maia ou Eduardo Paes, o tucano busca agora 1 candidato com palanque de menor expressão no Estado, Índio da Costa (PSD).

Nem o pai, Cesar Maia (DEM) apoia a candidatura de Rodrigo Maia ao PlanaltoRenan Olaz/CMRJ – 10.abr.2017

BAHIA: 10,02 MILHÕES DE ELEITORES

  • PT no comando – o governador Rui Costa (PT) é o fortíssimo candidato à reeleição. O centro liberal não tem candidato relevante ao governo da Bahia;
  • ACM Neto desistiu – o prefeito de Salvador e maior cacique do DEM preferiu ficar na cadeira e não vai disputar contra Rui Costa;
  • Centro sem palanque – Alckmin, Rodrigo Maia, Temer e Meirelles contavam com ACM Neto como possível vice da chapa. Ou como 1 forte candidato a governador. Ficaram sem uma coisa nem outra;
  • Jaques Wagner – o ex-ministro de Lula e de Dilma ainda pode virar candidato a presidente pelo PT. Só vai tomar esse rumo se houver chance de vitória, interditando ainda mais o caminho do centro liberal.

Desistência de ACM Neto de concorrer ao governo da Bahia abriu caminho para reeleição de Rui Costa (PT)Manu Dias/Governo da Bahia – 28.abr.2015

QUANTO SE BENEFICIA O PT?

O partido pode ficar com os governos de Minas Gerais e da Bahia. Não é pouca coisa, pelo contrário. Mas há obstáculos para os petistas:

  • Lula – está preso;
  • Rio – o petismo continua não existindo nesse Estado;
  • São Paulo – é o maior foco do antipetismo no país;
  • Brasil – uma ala dos tucanos defende que Alckmin tente trazer Álvaro Dias, do Podemos, como candidato a vice-presidente. Se isso vingar, o PSDB pode lacrar de 15% a 20% dos votos com a ajuda do Sul e do Sudeste e colocar Alckmin no 2º turno.

A queda de Lula no Datafolha (em O Antagonista)


Lula tinha 37% dos votos no Datafolha.

Agora caiu para 30% ou 31%, dependendo do cenário pesquisado.

O presidiário, de uma hora para a outra, perdeu um quinto de seu eleitorado.

A queda vai aumentar nas próximas semanas, porque ele está na cadeia, incomunicável, e porque seus crimes vão se tornar mais conhecidos entre aqueles que ainda o apoiam.

O Brasil apoia (e festeja) a prisão de Lula

A prisão de Lula é justa para 54% dos eleitores. Só 40% a consideram injusta.

O maior problema para o presidiário é que aqueles 40% estão concentrados na camada mais mal informada do eleitorado, que recebe as notícias com atraso.

Diz a Folha de S. Paulo: 

“O Datafolha aponta que as pessoas que consideram a prisão de Lula justa são, em sua maioria, homens, com maior taxa de escolaridade, maior média de salário e morador das regiões Sudeste, Sul ou Centro-Oeste. Entre os mais escolarizados essa porcentagem chega aos 71%.

A opinião de que a prisão foi injusta prevalece entre menos escolarizados, com 51%. Chega a porcentagens próximas entre os mais pobres e regiões Norte e Nordeste.”

Para 62% dos brasileiros, Lula estará fora das urnas em outubro.

Por mais que o PT e os institutos de pesquisa insistam em manter sua candidatura, o eleitorado sabe que presidiário não pode se eleger presidente da República.

Lula já tem uma cela em Pinhais

Lula já tem uma cela pronta em Pinhais.

O diretor do presídio, Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse para a Folha de S. Paulo:

“O espaço para ele está pronto. Ele pode optar pelo convívio ou pelo não convívio com outros presos, porque não sabemos as consequências das inimizades que ele possa ter lá dentro.”

“Um terço dos eleitores lulistas se declararam sem candidato”

Dois de cada três apoiadores de Lula dizem que certamente votariam num candidato indicado por ele, segundo o Datafolha.

“Mas um terço dos eleitores lulistas se declararam sem candidato quando se viram diante das opções oferecidas nos cenários em que o petista não participa da eleição. Eles preferem votar em branco, ou anular o voto, em vez de escolher outro nome”, registra a Folha.

Esse terço é de quem pegar.

Sem favoritos

O presidiário Lula está fora da disputa eleitoral.

A Folha de S. Paulo, em editorial, aceita esse fato e mostra que, por enquanto, ninguém está garantido no segundo turno:

“Bolsonaro parece por ora estagnado. Barbosa, um nome alheio ao universo político tradicional, atrai parcela relevante do eleitorado, mesmo sem ter feito campanha. Alckmin continua com dificuldades para se sobressair.

O desastre eleitoral de Alckmin

Geraldo Alckmin é um desastre.

Ele continua em quinto lugar, com 7% no Datafolha.

Mas perde terreno para Álvaro Dias, que tem 5%.

Em seu único reduto eleitoral, o estado de São Paulo, Geraldo Alckmin está empatado com Jair Bolsonaro, com 16% dos votos.

Marina Silva está tecnicamente empatada com eles, com 13%.

Em seguida, aparecem Joaquim Barbosa, com 11%, e Ciro Gomes, com 8%.

PT frustrado com Datafolha

O PT está aprisionado junto com Lula.

Segundo Gerson Camarotti, “a expectativa inicial do partido era que a grande exposição com a prisão reforçasse o capital político do ex-presidente”.

Deu tudo errado, é claro:

“Os dois planos B do PT – Fernando Haddad e Jaques Wagner – aparecem com desempenho sofrível de apenas 2% e 1%, respectivamente.

Mesmo os pré-candidatos da esquerda, que tem a simpatia do PT, e que subiram no palanque da legenda no último discurso do Lula, no sábado, não se beneficiam até o momento do espólio petista. No primeiro cenário sem Lula, Manuela D’Ávila (PC do B) tem 2% e Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 0.”

Lula é 13%

Lula despencou para 13% na pesquisa espontânea do Datafolha.

Ele tinha 17% antes de ir para a cadeia.

13% é um número que ele não tinha desde 2016. Vai cair ainda mais.

Lula também é usurpador

Elio Gaspari faz um apelo no Globo por melhores condições carcerárias a Lula.

“Está sozinho numa sala com cama, mesinha e banheiro. Não pode deixá-la e para se comunicar com os carcereiros deve bater na porta. À primeira vista deram-lhe uma regalia, pois está muito melhor que os detentos do sistema penal brasileiro.

As condições da solitária-light de Lula assemelham-se ao regime imposto na França de 1945 ao marechal Philippe Pétain. Ele traíra seu país e presidira uma ditadura pró-nazista. Foi condenado à morte, teve a sentença comutada e morreu no cárcere, em 1951.

(…) Lula passa os dias só, trancado. Sem muito esforço, a Polícia Federal, o Ministério Público e o juiz Sergio Moro podem redesenhar esse regime carcerário, sem estimular um circo petista.

(…) Lula é um ex-presidente da República, levado ao poder pelo voto popular. Quando ele vive numa rotina semelhante à de um marechal usurpador e colaboracionista, alguma coisa está errada.”

Se algo está errado, é um ex-presidente, que deveria dar exemplo ao país, ter cometido crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, usurpando a Petrobras para receber propina em forma de um triplex no Guarujá.

Bolsonaro tende a estagnar sem Lula

Com Lula fora do páreo, Jair Bolsonaro tende a estagnar nas pesquisas.

O argumento eleitoral do PT para burlar a lei e soltar o condenado é uma falácia.

Mas Bolsonaro sempre poderá dizer que as pesquisas não refletem a realidade, pois muita gente reluta em declarar o voto nele.

“A segurança é importante para explicar o fenômeno Bolsonaro”, diz diretor do Datafolha

Diretor do Datafolha, Mauro Paulino disse ao Globo que o discurso ligado à Segurança Pública é o principal trunfo de Jair Bolsonaro e que o tema virou a marca do candidato do PSL.

“A segurança é importante para explicar o fenômeno Bolsonaro. Há um nível de medo espalhado pela população especialmente nos grandes centros, mas crescendo também no interior. Isso faz com que as propostas dele sejam vistas como soluções mais compreensíveis por determinado segmento da população.”

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Fonte:
Poder360/O Antagonista

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