Relatório do BNDES com as perspectivas para o crescimento da economia brasileira entre 2018/2023

Publicado em 17/05/2018 17:26

O presente trabalho teve como objetivo apresentar um panorama atual sobre a economia brasileira, destacando a evolução recente e os principais desafios e, sobretudo, apresentando possíveis cenários de crescimento para o período de 2018 a 2023. Em relação ao cenário prospectivo, propôs-se um exercício simples, levando em conta as possibilidades do crescimento potencial e o hiato existente hoje, para analisar as possibilidades de crescimento efetivo dos próximos anos. O cenário de referência, baseado em diversas premissas apresentadas ao longo do texto, permite fazer as seguintes considerações:

 Uma agenda de reformas, destinada a permitir um aumento da produtividade da economia brasileira, em um contexto de maior competição e abertura da economia, possibilitaria uma recuperação gradual ao longo dos próximos cinco anos.

 Em razão da perda de dinamismo do produto potencial, cenários de crescimento sustentado a taxas da ordem de 4% a 5% são irrealistas no horizonte contemplado neste estudo.

 No cenário traçado, o crescimento médio anual seria de 2,9%, com deslocamento gradual do crescimento de aproximadamente 2,5% no início do processo para taxas ligeiramente superiores a 3% no fim do horizonte do cenário de referência, em 2023.

 Nesse cenário, a taxa de investimento aumentaria gradualmente, de 15,6% do PIB em 2017 para perto de 20% do PIB em 2023.  Pode-se concluir que, no período considerado, os números apresentados sugerem que a economia brasileira encontra-se em condições de crescer a um ritmo da ordem de 2,5% a 3,0% sem o surgimento de maiores pressões inflacionárias.

 Em tais circunstâncias, a demanda por recursos do BNDES seria negativamente afetada pela mudança das condições concorrenciais resultantes da maior aproximação da TLP em relação às taxas de mercado, mas se beneficiaria da maior necessidade de investimentos da economia.

 Alternativamente, o texto apresenta um cenário com trajetória diferente para o PIB. Nele, o crescimento é inicialmente maior, seguindo as expectativas do Boletim Focus, mas depois cede ligeiramente. Ao fim do período contemplado, o hiato não se fecha completamente. Nesse caso, a economia sofreria menores pressões inflacionárias, que provavelmente demandaria menor resposta da autoridade monetária.

 

Fonte: BNDES

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