China concorda em importar mais dos EUA, mas não sinaliza número de US$ 200 bi

Publicado em 18/05/2018 17:00 e atualizado em 19/05/2018 18:32

WASHINGTON (Reuters) - A China concordou em adotar medidas para aumentar as importações dos Estados Unidos e reduzir o déficit comercial dos EUA disseram os dois países neste sábado, embora sem mencionar a meta de 200 bilhões de dólares que a Casa Branco havia falado antes.

Pequim e Washington concordaram que continuarão conversando sobre medidas segundo as quais a China importará mais commodities dos EUA para reduzir o déficit comercial anual de 335 bilhões de dólares entre os dois países que ameaçou dar início a uma guerra comercial global.

"Houve consenso sobre adotar medidas efetivas para reduzir substancialmente o déficit comercial dos Estados Unidos em bens com a China", disse comunicado conjunto.

"Para atender às crescentes necessidades de consumo do povo chinês e à necessidade de desenvolvimento econômico de alta qualidade, a China vai aumentar de forma significativa as compras de bens e serviços dos EUA. "

O comunicado conclui negociações conjuntas realizadas na quinta e na sexta-feiras entre os dois países, que incluíram vários secretários de gabinete dos EUA e o vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Liu He.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou adotar tarifas sobre até 150 bilhões de dólares em bens chineses para combater o que ele diz ser apropriação ilegal por Pequim de tecnologia norte-americana. Pequim ameaçou retaliação, incluindo tarifas sobre algumas das maiores importações dos EUA, incluindo aeronaves, soja e automóveis.

Trump fez da redução do déficit comercial entre os EUA e a China uma das principais promessas de sua campanha. Washington exigiu que a China reduzisse seu superávit comercial em 200 bilhões de dólares, número que a maioria dos economistas diz ser impossível de alcançar.

Alcançar uma redução de 200 bilhões de dólares no déficit comercial entre EUA e China de forma sustentável exigirá uma forte mudança na composição do comércio entre os dois países, o que provocou ceticismo entre economistas. O número é maior do que todas as exportações anuais agrícolas e de petróleo dos EUA.

Negociação entre EUA e China foca em reduzir déficit comercial, meta é US$ 200 bi

Por Steve Holland e Michael Martina

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - A China está "atendendo muitas" das exigências da administração Trump para reduzir o superávit comercial com os Estados Unidos, mas um acordo definitivo para resolver as profundas diferenças comerciais pode levar um tempo, afirmou na sexta-feira o assessor comercial da Casa Branca, Larry Kudlow.

"A China tem que vir ao comércio", disse Kudlow a repórteres na Casa Branca, quando autoridades dos EUA se reuniram com uma delegação chinesa pelo segundo dia em Washington.

"Eles estão atendendo muitas de nossas exigências. Ainda não há acordo, e provavelmente levará um tempo para acontecer, mas eles estão se empenhando."

Kudlow disse que os chineses ofereceram um pacote de compras de bens dos EUA e outras medidas para reduzir o superávit comercial anual da China com os EUA em cerca de 200 bilhões de dólares, contradizendo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês que negou que tal redução havia sido oferecida.

"Esse rumor não é verdade. Isso eu posso confirmar para vocês", disse o porta-voz Lu Kang em entrevista à imprensa na sexta-feira, acrescentando que as discussões em Washington "são construtivas".

Kudlow disse que a oferta chinesa inclui compras de commodities energéticas e agrícolas, acrescentando que "o número é um bom número" e que a China também precisará reduzir barreiras não-tarifárias e concordar com um "processo comprovável segundo o qual a transferência de tecnologia e o roubo de propriedade intelectual pare".

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou adotar tarifas sobre até 150 bilhões de dólares em bens chineses para combater o que ele diz ser apropriação ilegal por Pequim de tecnologia norte-americana. Pequim ameaça retaliação, incluindo tarifas sobre algumas das maiores importações dos EUA, incluindo aeronaves, soja e automóveis.

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Fonte:
Reuters

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