#Brazil Security Alert: Brazilian truckers’ association strike disrupting normal fuel and goods distribution throughout Brazil. Consider taking steps to ensure adequate stock of household goods and water and conserve vehicle fuel during this time. https://ow.ly/PWAz30kaChR
Um caminhoneiro setentão furou o sonho de Lula e da CUT: parar o Brasil (Gazeta do Povo)
O sonho de mobilização de Lula e da CUT foi colocado em prática por um outro time de sindicalistas: o da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam). Uma entidade liderada por um sindicalista setentão (assim como o ex-presidente), que botou Congresso, Planalto, e até o tucano que preside a Petrobras para rebolar.
Uma pequena amostra desse poder de fogo do presidente da Abcam, José Fonseca Lopes, atingiu o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Na quarta-feira, em meio à confusão sobre zerar o PIS/Cofins do diesel, Eunício resolveu deixar Brasília. Bastou Lopes insinuar que o senador estava tomando um uisquinho com água de coco em Fortaleza para o emedebista fazer o voo de regresso (com jatinho pago com dinheiro público, obviamente).
Pouco se sabe sobre a trajetória de Lopes e é cedo para tratá-lo como herói ou vilão do país. Aliás, a Abcam é só uma das várias das entidades que, somadas, teriam conseguido mobilizar 350 mil caminhoneiros em todo país. O que de fato impressiona é a capilarização e a capacidade de comunicação do movimento, independente de quem manda.
Enquanto as centrais sindicais e o PT promovem malabarismos retóricos para tentar dialogar com os brasileiros em geral, os caminhoneiros são diretos e retos. Impossível não entender o que eles querem e por que eles querem (se eles estão de fato certos na forma e no conteúdo, é outra história).
O senso de coletividade dos caminhoneiros, da comunicação e companheirismo por rádio às redes sociais e em especial pelo WhatsApp, chega a ser comovente. É fácil se aborrecer com o desabastecimento na cidade, mas as pessoas pensam várias vezes antes de sair xingando os caminhoneiros.
Ninguém está feliz com o preço dos combustíveis e esse descontentamento é muito fácil de ser transferido para a conta das autoridades que mandam no país. Os caminhoneiros, por mais transtorno que possam causar, já venceram essa batalha. Para vencer a guerra, agora, precisam saber a hora certa de sair dela.