Panelaço acontece no momento em que Temer discursa na TV

Publicado em 27/05/2018 22:09
no Estadão

Em pronunciamento agora à noite, Michel Temer anunciou uma série de medidas que atendem à pauta de reivindicações dos caminhoneiros autônomos.

Temer prometeu zerar a Cide e o PIS/Cofins incidentes no preço do diesel, o que reduzirá seu valor em 46 centavos. O novo preço será mantido por 60 dias e, a partir daí, os reajustes do combustível serão mensais.

O presidente também vai editar três medidas provisórias: uma para acabar com a cobrança de pedágio sobre eixo suspenso, outra para garantir 30% dos fretes da Conab para esses profissionais e uma terceira para estabelecer a tabela mínima de frete.

Panelaço

Em São Paulo, após o discurso do presidente, ouviu-se panelaços no bairros: Consolação, Bela Vista, Centro, Paraíso, Vila Romana e Perdizes. Já na avenida Paulista, umasalg pessoas gritavam "Lula livre. Volta Dilma!". Também foram registrados batidas em Porto Alegre e em Brasília. Manifestação foi ouvida na região da Bela Vista, no centro de São Paulo 

Petrobras reajusta gasolina

O diesel vai ficar mais barato, mas a gasolina já aumentou.

O combustível que chegou agora à noite a postos do Distrito Federal trazem um aumento de 4%, que será naturalmente revertido ao consumidor final.

Atender reivindicações custará R$ 10 bilhões

O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) estima que atendimento às reivindicações da greve custará em torno de R$ 10 bilhões.

Manifestação foi ouvida na região da Bela Vista, no centro de São Paulo.

Governo cede e aguarda fim da paralisação dos caminhoneiros (Agência Brasil)

Diesel terá redução de R$ 0,46 por litro durante 60 dias

O governo federal cedeu e decidiu congelar por 60 dias a redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro. A proposta foi anunciada há instantes pelo presidente Michel Temer, que fez um pronunciamento depois de um dia inteiro de negociações no Palácio do Planalto. Isso equivale, segundo o presidente, a zerar as alíquotas da Cide e do PIS/Cofins. Os representantes dos caminhoneiros autônomos não aceitaram o congelamento do diesel por apenas 30 dias, como havia sido inicialmente proposto.

O governo federal concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário. Essas determinações deverão constar em medidas provisórias a serem publicadas em edição extra no Diário Oficial da União. A expectativa do Palácio do Planalto é que a paralisação, que já dura sete dias e causa enormes prejuízos e transtornos em todo o país, termine logo.

"Os efeitos dessa paralisação na vida de cada cidadão me dispensam de citar a importância da missão nobre de cada trabalhador no setor de cargas. Durante toda esta semana, o governo sempre esteve aberto ao diálogo e assinamos acordo logo no início. Confirmo a validade de tudo que foi acertado", afirmou o presidente. Temer disse que, nas últimas 48 horas, o governo avançou na negociação dessas novas medidas. "Assumimos sacrifícios sem prejudicar a Petrobras." Ele destacou disse que o congelamento valerá por 60 dias e, a partir daí, só haverá reajustes mensais. "Cada caminhoneiro poderá planejar seus custos. Atendemos todas as reivindicações", ressaltou o presidente.

A equipe econômica foi chamada ao Palácio do Planalto para calcular o impacto das novas vantagens concedidas ao setor. Durante todo o dia, custos, cortes e compensações foram avaliados. Além de restrições orçamentárias, empecilhos legais tiveram de ser examinados. Na primeira rodada de negociações com os caminhoneiros, quando se acordou que a Petrobras baixaria em 10% o preço do diesel nas refinarias durante 30 dias, e os caminhoneiros fariam uma trégua de 15 dias na paralisação, o Ministério da Fazenda estimou em R$ 5 bilhões o valor das compensações do Tesouro Nacional à estatal.

Agora, com a validade do congelamento do preço nos postos – e não na refinaria – pelo dobro do tempo, as despesas serão proporcionalmente elevadas. Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, as reivindicações custarão R$ 10 bilhões ao Tesouro.

Assista à integra do pronunciamento do presidente Michel Temer:

Edição: Juliana Andrade

Michel Temer recua mais uma vez e agora congela preço do diesel por 60 dias (no PODER360)

Diesel tem corte de 46 centavos na bomba; 3 MPs atendem pedidos de caminhoneiros; Brasil terá tabela oficial com preços de fretes; 

Com aspecto de cansaço, o presidente Michel Temer fez 1 pronunciamento às 21h44 deste domingo (27.mai.2018) e cedeu a todos os pedidos feitos até agora por caminhoneiros que paralisam o país há uma semana.

Em sua fala, Temer disse que tomou 5 decisões:

 
  1. redução no preço do diesel na bomba em R$ 0,46. O valor corresponde à soma do PIS/Cofins e da Cide incidente sobre o produto;
  2. manutenção do preço diesel por 60 dias. Ao fim deste período, reajustes passam a ser mensais e não mais diários;
  3. editará Medida Provisória que isenta o caminhoneiro, em todo o território nacional, de pagar a tarifa do pedágio pelo eixo suspenso do veículo;
  4. editará Medida Provisória para garantir aos caminhoneiros autônomos 30% dos fretes da Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento;
  5. editará Medida Provisória estabelecendo a tabela mínima de frete, conforme previsto no projeto de lei 121, que esta sob análise do Senado.
 
 
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Fonte:
Estadão/Ag Brasil /PODER360

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