Voto envergonhado em Bolsonaro começa a sair do armário (por RODRIGO CONSTANTINO, na GAZETA DO POVO)

Publicado em 16/06/2018 12:01

Conversava com um médico, morador da Tijuca, Rio de Janeiro. Ele, sabendo que sou economista, trouxe à tona o assunto política. Quis saber minhas opiniões sobre o cenário atual. Incorporei o Leandro Karnal e disse apenas platitudes para começar, tateando o ambiente. Falei do concurso de feiura, da necessidade de escolher o menos pior por eliminação, da grave crise nacional.

Ele, então, assumiu o protagonismo, e passou a falar da decepção com os políticos em geral, e mencionou que, perto de sua casa, onde pega o ônibus do condomínio de sua mãe para atender no consultório da Barra, vive tendo assaltos, com pivetes abusados que atormentam os moradores sem qualquer preocupação com as autoridades.

Ali eu já tinha percebido que o médico estava doido para “sair do armário”, mas não estava seguro da minha opinião, e certamente temia meu julgamento. Sair declarando voto em Jair Bolsonaro, em certos meios, pode ser algo perigoso, um atestado de “boçalidade”, um carimbo de “reacionário”.

Por isso ele foi comendo pelas beiradas, colocou o tema da segurança no ar, e quando eu dei a deixa ele pegou o gancho, aliviado: “Vou de Bolsonaro mesmo! Votei com convicção no passado e só me ferrei. Dessa vez voto sem tanta convicção, mas vai que dá certo, não é mesmo?”

Trago essa experiência pois estou certo de que ela se repete aos milhões Brasil afora. Após tanta campanha difamatória da imprensa, e declarações realmente bizarras do próprio candidato, o fato é que muitos potenciais eleitores morrem de medo de assumir seu voto em alguém tido como “extremista”, “tosco”, praticamente um Hitler estuprador de mulheres que espanca gays.

Só que essa gente toda está revoltada com o establishment, esgotada do sistema atual corrupto, indignada com a violência e desconfiada de tudo que sai na imprensa, claramente parcial. Por outro lado, Bolsonaro já virou uma ideia, um símbolo, e o que ele representa – sendo verdade ou não – é o que atrai tanto apoio, ainda que envergonhado em muitos casos.

Ele representa um grito de desespero, um basta, um “outsider” em relação ao establishment, não importa que em seu sétimo mandato como deputado. Representa, também, um protesto contra esses corruptos todos, e uma reação ao esquerdismo que destruiu nosso país. É o anti-Lula por direito, é a mosca na sopa da mídia “progressista”, é a reposta ao desarmamento fracassado.

Tudo isso fala às emoções mais do que à razão, e daí o desespero de quem tenta expor eventuais incoerências do candidato, ou seu passado efetivamente tosco, com declarações estúpidas. Mas há, com Paulo Guedes, também a possibilidade de uma guinada liberal na economia, o que justificaria a adesão dos mais moderados.

O grosso do apoio até aqui, porém, dá-se mais pela questão do simbolismo de sua candidatura em termos de resposta ao caos em que o Brasil mergulhou após décadas de esquerdismo. Só que em ambientes mais “civilizados” e elitistas, não pega bem confessar que vai embarcar nessa “aventura”, que jogou a toalha e chutou o balde, e agora quer uma reação dura e “partir pro pau” contra essa cambada de vagabundos e marginais. Não pega bem dizer, mas é o que cada vez mais gente está pensando…

Sair do armário era sinônimo de se assumir gay, mas isso não exige mais coragem alguma em determinados lugares. No Projaquistão, por exemplo, ser gay assumido conta créditos extras. Mas vai declarar apoio a Bolsonaro para a GNT people! Isso sim, demanda coragem. Daí o silêncio de muitos eleitores.

Fenômeno similar ocorreu nos Estados Unidos com Trump. Como ele é fanfarrão e a imprensa toda, à exceção da Fox News, massacrava o sujeito o dia inteiro, com rótulos extremamente depreciativos, era praticamente suicídio social ou profissional declarar-se um simpatizante do republicano. Guga Chacra chegou a afirmar que Trump seria derrotado pois não conhecia ninguém que votaria nele, confundindo sua bolha com a nação, e ignorando o fator “voto sigiloso e envergonhado”, nada desprezível.

Fazendo análise em vez de torcida, contudo, podemos avaliar que algo parecido deve acontecer nessa eleição brasileira. Muitos estão tímidos, acanhados, receosos de abrir ao público sua escolha pessoal, pois sabem que aquela tia “progressista” vai lançar um olhar no almoço de domingo como quem está diante de um Hannibal que acaba de confessar que pratica canibalismo.

Nem todos têm o perfil de comprar essa briga, e às vezes falta saco mesmo. Melhor ficar quieto e tascar 17 na urna eletrônica, na esperança de ela efetivamente computar essa escolha, já que o voto é secreto. O médico admitiu, mas nem todos têm essa coragem. E esse apoio silencioso não é capturado pelas pesquisas feitas pessoalmente.

Podemos estimar, então, que Bolsonaro, que já lidera as intenções de voto, tem ainda mais do que as pesquisas apontam. E também é razoável supor que cada novo assalto, cada novo crime, produz novos eleitores para ele. É mais gente vítima do caos que passa a enxergar no capitão um brado retumbante contra “tudo isso que está aí”.

Se uma eventual vitória sua vai mesmo resolver o problema é outra história. Eleição não se trava no âmbito da razão pura e das propostas concretas, e sim do imaginário popular e das emoções. Mas, justiça seja feita, àqueles mais exigentes que cobram argumentos sólidos e uma agenda de reformas concretas, Bolsonaro oferece o selo de qualidade Paulo Guedes. Votar nessa agenda liberal não é motivo de vergonha alguma em círculos mais esclarecidos…

Rodrigo Constantino

Bolsonaro bateu no teto e não tem força para se eleger (por  Rogerio Galindo, na GAZETA DO POVO) 

Jair Bolsonaro não será eleito. Não se trata de profecia nem de bola de cristal. Nem se trata de vontade. Os próprios políticos ligados a ele sabem: ele parece ter chegado ao teto cedo demais; e, mesmo que chegue ao segundo turno, dificilmente terá fôlego para derrotar qualquer adversário mais moderado.

O modelo clássico de análise de eleições já mandaria descartar um tipo como Bolsonaro desde o começo. A regra é que candidatos extremistas se elejam para o Congresso, onde precisam de 1% ou 2% dos votos. Para ganhar uma majoritária, é preciso fazer compromissos (por isso Lula só se elegeu depois da Carta aos Brasileiros).

Claro, há exceções, como o caso de Donald Trump nos Estados Unidos. A regra, porém, é o que aconteceu na França. Marine Le Pen, uma radical filha de um doido, levou o primeiro turno presidencial com sobras. No segundo turno, todo mundo se juntou contra ela e Macron levou sem nem precisar se esforçar muito.

No caso da eleição brasileira, só dois candidatos tiveram grande exposição até o momento. Lula por vários motivos, mas principalmente por sua prisão. E Bolsonaro porque a imprensa caiu em sua armadilha: a cada declaração infeliz, dava-lhe uma manchete.

Mas mesmo com um mar de aparições em jornais, revistas, internet, grupos de WhatsApp e o que mais você possa imaginar, Bolsonaro em geral passa muito longe dos índices de Lula. E não consegue passar de um certo patamar: dificilmente chega a um quarto do eleitorado.

Na nova pesquisa divulgada, da XP/Ipespe, fica em primeiro, mas com 22%. Com o detalhe: todo mundo já ouviu falar dele, todo mundo já conhece as, digamos, propostas do candidato, e quem não entrou neste barco dificilmente entrará agora.

Entre os aliados de Bolsonaro, há uma certa torcida para que o adversário no segundo turno seja Ciro ou Haddad. Seriam candidatos que poderiam também, em alguma medida (embora muito diferente), ser tachados de “radicais”. Um moderado seria o prego no caixão do bolsonarismo.

É uma situação muito diferente, por exemplo, da eleição no Rio de Janeiro, onde as chances do filho de Bolsonaro se elegerem parecem muito maiores. Lá, ele pode ganhar com o segundo voto e ficar com a segunda vaga. Seu pai, se ficar com o segundo lugar, não leva nada.

A pesquisa XP/Ipespe foi feita por telefone. Entrevistadores ouviram 1.000 pessoas de todo o país entre 11 e 13 de junho. O intervalo de confiança é de 95,45% e a margem de erro, de 3,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o código BR-07273/2018 e custou R$ 30 mil.

Marco Antôno Villa e a distorção "nacionalisteira" do patriotismo

Por Lucas Berlanza, publicado pelo Instituto Liberal

O historiador Marco Antônio Villa tem feito um desserviço ao debate público e aos ouvintes da Jovem Pan, com seu tratamento profundamente mal-educado dos pré-candidatos à presidência. Pressionar e suscitar perguntas incômodas e desafiadoras não precisa significar agir como uma fera desgovernada a distribuir coices gratuitos.

A favor de Villa, pode-se dizer que ele tem agido assim com praticamente todos os candidatos. Se já tinha tentado provocar um “bate-boca” com Bolsonaro na mesma rádio, incorrendo em algumas contradições, o historiador agora teve o desplante “antijornalístico” de, entrevistando Álvaro Dias, do Podemos, já começar dizendo que ele não teria a menor chance de se eleger – uma falta de educação biltre não apenas com o político paranaense, mas com os ouvintes que porventura desejem votar nele.

Queremos chamar a atenção, porém, para o seu comportamento na sabatina de João Amoêdo, do Partido Novo. Em primeiro lugar, Villa quis atacar a plataforma liberal de Amoêdo citando a presença do Estado em empreendimentos no Brasil que não foram tocados pela iniciativa privada, e dizendo que o capitalista brasileiro “queria investimento de curta duração e altas taxas de lucro e não queria investir naquilo que significa investimento de longa maturação e taxa de lucro baixa”, o que seria “tradição da economia brasileira”.

Amoêdo respondeu que “inclusive nessa área de infraestrutura, como você tem uma incerteza muito grande no futuro da economia brasileira, você não consegue precificar quanto vale esse investimento”. Longe de nós aureolar nossos grandes empresários, em boa medida responsáveis pela realidade atual, mas não há dúvida de que, num país com tantas regulações, tanta presença do Estado na economia e, ao longo do século XX, tantas instabilidades políticas e institucionais, cumpre dar valor à assertiva do candidato do NOVO.

O engenheiro inverteu então, questionando se devemos deixar nossas empresas nas mãos de políticos, apostando no Estado-empresário, tudo que nos trouxe até esta situação. Villa rebateu: “por que não por técnicos?”. O historiador parece ecoar a frágil fé na tecnocracia que acomete certas mentalidades na elite pensante brasileira. Não entende, como corretamente Amoêdo responde, que os políticos têm poucas motivações para colocar técnicos, porque os lucros não estão diretamente implicados em seus objetivos. A falta de resistência à demissão de Pedro Parente na Petrobrás e a lamentável reorientação do governo Temer diante da greve dos caminhoneiros são provas disso.

O ponto mais interessante, porém, veio depois. Acompanhemos os comentários de Villa, quando perguntou sobre política externa, que agora nos interessam mais que as respostas de Amoêdo:

“Antigamente, cinquenta anos atrás, quarenta, as pessoas tinham muita preocupação em discutir o Brasil e elaborar um projeto para o Brasil. (…) Há muito se pensava em um Brasil potência durante certa época, durante o regime militar. Agora, muitos, o atual governo não tem política externa, o anterior tinha uma política pré-queda do muro. (…) Um projeto nacional tem contradições. Por exemplo, o Brasil tem contradições com os Estados Unidos. Nós não podemos estar no mesmo barco que os EUA, porque historicamente nós temos problemas. Nós não podemos ficar de joelhos. Eu sei porque há uma elite brasileira que adora os EUA, tudo lá é melhor, na verdade são macacos, não pensam. Para eles não existe ‘nação’… (…) Eles habitam o Brasil, eles não são brasileiros, são traidores da pátria. (…) Durante o regime militar, tínhamos a política do Azeredo da Silveira, ‘o interesse nacional acima de tudo’. Agora, no seu governo, vamos ficar de joelhos para EUA, China, Europa, ou o Brasil vai cantar de galo? (…) Tem empresário brasileiro que transfere as suas indústrias para lá (Paraguai) sendo traidor. Porque empresário nacionalista não transfere, finca suas empresas no Brasil. Porque (pensar na) tributação é ele pensar nele, não no país. (…) Capitalista não tem pátria, tem bolso.”.

Vamos principiar pela nossa concordância. Todos que acompanham nossos artigos sabem de nossa crença na “nação” e na importância do patriotismo. Não acreditamos, em matéria de política, no mero racionalismo abstrato. A comunidade política é também estruturada sobre laços de coesão simbólica e emocional, existe uma bagagem de anos e séculos de formações e interações que forjam uma cultura e uma identidade. O liberalismo tem todos os méritos por enaltecer os direitos e prerrogativas do “indivíduo”, mas o “indivíduo” como uma entidade abstrata e totalmente desvinculada de seu meio e das forças culturais e históricas que sobre ele se exercem simplesmente inexiste.

Assim como Villa, também concordo que precisamos renovar as elites, com pessoas mais preparadas, mais interessadas e que valorizem o país em que vivem, queiram fazê-lo crescer. Não cremos, como certos liberais e principalmente libertários, na nulidade e na irrelevância desse aspecto. O sentimento patriótico é a conformação moderna de laços que, no passado, integraram populações; já o defendemos noutras oportunidades e não convém repisar todos os argumentos.

Porém, a “nação” não é e não precisa ser um conceito econômico – vale dizer, anticapitalista. O “interesse nacional” não deve significar “interesse dos burocratas do Estado brasileiro”. “Nação” não é, sequer, sinônimo de “Estado”; quando se fala em “Estado-nação”, tal como defendido por pensadores como Roger Scruton, o “Estado” é apenas um dos elementos associados à nacionalidade – elemento que admitimos, já que pessoalmente não abraçamos o anarquismo -, mas que não deve ser superestimado. A verdadeira “nação” somos todos nós, os brasileiros, os indivíduos que perfazem esse povo, dividem suas conquistas e frustrações e constroem seus destinos.

Essa vinculação só pode ser realmente positiva e alicerçada se for livremente introduzida. Apoiamos todo tipo de iniciativa cultural e intelectual que valorize o Brasil, como as recentes produções cinematográficas que vêm resgatando personalidades de valor de nossa história, capazes de inspirar nossa imaginação moral. Nada disso depende de uma intervenção troglodita nas leis econômicas.

O verdadeiro “interesse nacional” é o de que todos os nossos compatriotas possam ter segurança, moeda equilibrada, contatos enriquecedores com o resto do mundo, prosperidade e todos os motivos para estarem felizes vivendo onde vivem. Desfilar como “grande potência”, como quer Villa, enquanto nossas estatais são mantidas com o erário do Tesouro, convivemos com intranquilidade profunda e sessenta mil homicídios por ano, e até a independência dos poderes da República corre riscos, é o cúmulo do absurdo. Não teremos solidez nessa imagem que o historiador deseja estampar se não fizermos a faxina interna tão necessária.

O caminho para isso, seguramente, não é dar uma de Mussolini e obrigar empresários a esquecerem seus próprios interesses e manterem empresas no Brasil “em nome do interesse do Estado” (?). É adotarmos a razoabilidade, privatizarmos, cortarmos na carne da máquina pública e reduzirmos os impostos e regulações que atravancam a economia e impedem o crescimento. Não é brincar de “pragmatismo responsável do governo Geisel” só para provocar os Estados Unidos, quando precisamos reforçar nossos laços com o Ocidente e o mundo livre e urgentemente deixar de ser um dos países mais fechados do mundo.

É, acima de tudo, reduzir os abismos criados pelos privilégios estatais, que têm sido, desde a formação de nosso Estado patrimonial, os principais entraves para a maior organicidade do entusiasmo e da afeição do brasileiro com seu próprio país. Quanto mais tivermos motivos para celebrar o presente, hoje tão escassos, aí sim mais poderemos dizer que o interesse dos brasileiros está sendo atendido. A China e a Rússia, por exemplo, podem posar de grandes potências para a comunidade internacional, enquanto se mantém reféns de ditaduras. Nós brasileiros não queremos isso. Brasil grande e forte, sim; mas com liberdade, inclusive a econômica.

ALTOS GASTOS COM POLÍTICOS E EX-POLÍTICOS: NÃO É ESTE O BRASIL QUE QUEREMOS

 

Por Júlio Cesar Cardoso, publicado pelo Instituto Liberal

Não é este o Brasil de desigualdade que queremos, onde a classe política só quer tirar vantagem e isso que ela é eleita para servir à sociedade e ao país.

Enquanto a sociedade se mantiver em estado de letargia, não se preocupando como o seu dinheiro está sendo usado sorrateiramente pelos políticos, estes continuarão se locupletando e a população carente, cada vez mais, esquecida na pobreza.

Pois bem, muita gente não sabe como o dinheiro do Tesouro Nacional é mal empregado, ou se sabe não se preocupa, mas está sempre reclamando da alta carga tributária do país. Trato aqui de duas situações absurdas de gastos com políticos e ex-políticos, que considero um acinte aos contribuintes e um desrespeito à população necessitada.

1. Plano de Saúde gratuito e vitalício de senadores, ex-senadores e familiares

Em 24/06/2012, o Estadão publicou excelente matéria informando que os senadores têm planos de saúde com mais privilégios entre os Poderes. E que benefício vitalício e sem restrição, pago pela Casa, atende até aos familiares de suplentes que ocuparam cargo por no mínimo seis meses.

A reportagem do Estadão é atualíssima porque persiste a indecência do Plano de Saúde do Senado Federal aos senadores, ex-senadores e familiares, de forma integral, vitalícia e gratuita, cuja concessão afronta os artigos 5º e 37 da Constituição Federal, bem como o respeito aos contribuintes brasileiros.

2. Subsídios Vitalícios de ex-governadores

Como se explica a imoralidade do injusto pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores, não prevista na Constituição Federal e ainda existente em muitos estados da federação? Isso se explica pela deformação de caráter do político que confunde o público com o privado, vota leis em seu favor, e só quer tirar vantagem da coisa pública.

É uma vergonha que um mandato de governador lhe dê direito a uma prebenda vitalícia. E o absurdo é tão enorme que, segundo levantamento do G1, no Mato Grosso, Iraci Araújo Moreira, que foi vice do ex-governador Blairo Maggi, recebe mensalmente R 15.083,79, por ter assumido o cargo por alguns dias, durante as viagens internacionais de Maggi, e Maria Valquíria dos Santos Cruz herdou uma pensão de R$ 15.083,79 mensais. Ela é viúva de Evaristo Roberto Vieira da Cruz, que foi presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso e ganhou direito ao benefício porque exerceu o cargo de governador por 16 dias.

A verdade é que a indecorosidade corrói a dignidade dos políticos nacionais, com raras exceções, pois só querem levar vantagem. Fingem-se de homens públicos dignos, retos, honestos, honrados e responsáveis com a res pública, mas não passam, a maioria, de safadões, parlapatões, escroques e larápios da República.

Esses indecorosos homens públicos são os que votam as leis do país ao sabor dos seus inconfessáveis interesses e sempre estão se apresentando como candidatos nas reeleições, inclusive para presidente do país.

O trabalhador brasileiro honesto e que não vive das benesses políticas, ou é atendido no SUS, ou paga de seu bolso plano de saúde familiar. Mas os espertalhões do Senado Federal não se envergonham de desfrutar, sem terem contribuído com um só centavo, de assistência médica e hospitalar integral, vitalícia e gratuita, inclusive para pagar serviços ocorridos no exterior.

Sobre o autor: Júlio Cesar Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado.

MARCO ANTÔNIO VILLA E A DISTORÇÃO “NACIONALISTEIRA” DO PATRIOTISMO

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Blog Rodrigo Constantino/Gazeta

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

3 comentários

  • Claudia Maria Juiz de Fora - MG

    Tem que ter vergonha mesmo, de uma vez por todas, o povo tem que entender que urna não é privada. Descontentamento e voto de protesto não justificam colocar uma pessoa tão despreparada lá. A hora de tentarmos melhorar é agora, tá nervoso? Vai pescar e pensar! Um candidato preconceituoso, sem nenhum conhecimento do cargo pretendido e usou como argumento ser honesto. Ser honesto é obrigação e nem isso ele é. Nepotismo, propina e funcionária fantasma (soubemos de uma, não temos certeza se tem mais). Já disse pra quem quiser ouvir que é a favor dos privilégios e que não abre mão disso. O que querem? Sinceridade só mostra o grau da imbecilidade, mas não o faz honesto. Não confundam sinceridade com honestidade.

    44
    • DALMO HENRIQUE FRANCO SILVA Dourados - MS

      É uma pena que para grande parcela dos brasileiros dizer que é honesto, temente a Deus e patriota seja uma raridade. Em um país onde o jeitinho brasileiro prevalece parece mesmo coisa de imbecil mas no caso de Bolsonaro, prefiro votar nele do que engolir um imitador de Lula como Ciro gomes, um letrado como dizia os antigos, mas totalmente desconhecedor do Brasil como Meireles e Alkimin, ou ainda uma trapalhada como Marina Silva. Tenham a certeza de que coragem não faltará a Bolsonaro, e para aqueles que sempre viveram sem trabalhar as custas do suor dos outros, se preparem para pegarem no cabo da enxada...

      6
    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      O voto envergonhado de que a matéria trata diz respeito a sentir vergonha de ter que se envolver em discussões com pessoas como você Claudia Maria, que pensa poder julgar as pessoas e o mundo. São pessoas que tem vergonha sim, mas vergonha de se expor à patrulheiras como você.

      2
    • Rogério Vicente Martióli Américo de Campos - SP

      Não acredito que um cidadão que tem uma aposentadoria de capitão do exército e recebe um salário de parlamentar, ia se sujar por causa de uma funcionária fantasma com um salário de R$ 1.400,00. Bolsonaro não é o candidato dos meus sonhos, mas é o único com propostas reais para conter a violência, a impunidade e o desencarceramento. É contra o banditismo, a ideologia de gênero nas escolas, é contra as invasões de propriedades públicas e privadas, contra a liberação das drogas e o comunismo. Esses já são motivos suficientes para eu votar nele. Quem deturpa o que ele diz está preocupado com o cumprimento da agenda ideológica sócio-comunista. A maior prova que o socialismo é uma tragédia é o que está acontecendo na Venezuela.

      3
  • Fernando Bordini

    Voto envergonhado é de quem quem vota em bandido condenado em duas instâncias e com outras condenações por vir. Voto envergonhado tem quem vota em candidatos que pregam contra relações sociais bem sucedidas de gênero, família, gênero e raça.

    3
    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Verdade Fernando, ninguém diz que o eleitor do Bolsonaro é o Pai e Mãe de família que quer só trabalhar e viver em paz. Criando os filhos da melhor maneira possível, sem interferência de governo ou de politico autoritário que quer mandar no mundo.

      0
  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP

    A verdade mais verdadeira é que nós, povo brasileiro, não mais queremos e nem mais aceitamos gastarmos rios de dinheiro com funcionarios publicos dos 3 poderes, na ativa e aposentados, como acontece hoje... ex-politicos, ex-juizes, ex-promotores, ex-generais, ou seja, todos esses marajas que vivos ou ja falecidos ainda deixam a pensão vitalicia aos filhos (se estes nao casarem)..., completo absurdo do direito adquirido, que precisa mudar já.... A minha unica esperança nessa mudança é o Bolsonaro, se não acontecer é melhor conseguir a cidadania dos ancentrais e voltarmos às origens!!

    4
    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Elton... o bolsonaro já disse que não vai reformar a previdência... portanto não reduzirá 80% do deficit publico...logo cortará o cafezinho..o chimarrão..a internet e não resolvera o problema e nós continuaremos do mesmo jeito..abram o olho ..o candidato que não tiver uma receita para os 200 bilhões de rombo...dos quais 80% é da previdência, não fará nada é mais um enganador... Mentiroso..safado...

      6
    • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP

      Dalzir, ninguem aqui é inocente para exigir de qualquer candidato que seja lider nas pesquisas (e pode levar no primeiro turno), declaracoes impopulares... ele não é trouxa..., mas acho que fará, sim, a reforma da previdencia (possivel).

      2
    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Elton, o possível não resolve... Posterga a agonia..e que base apoiará o bolsonaro?? compromisso tem que ser claro..e os do bolsonaro e os demais não são..assim fez lula...Dilma..etc

      6
    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Falar a verdade é ser trouxa... Omitir a verdade é ser mentiroso... O atual presidente americano prometeu e esta cumprindo sua plataforma de campanha...

      2