Wall Street recua com preocupações comerciais, Dow devolve ganhos de 2018

Publicado em 19/06/2018 19:22
Dow Jones caiu 1,15 por cento; Investidores retiram US$ 5,5 bi de mercados emergentes (na Reuters)

NOVA YORK (Reuters) - Os mercados acionários dos Estados Unidos recuaram nesta terça-feira, quando uma forte escalada na disputa comercial com a China abalou os mercados e colocou o Dow Jones novamente em território negativo para o ano.

O índice Dow Jones caiu 1,15 por cento, a 24.700 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,402343 por cento, a 2.763 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,28 por cento, a 7.726 pontos.

O presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou impor uma tarifa de 10 por cento sobre outros 200 bilhões de produtos chineses, e Pequim advertiu que iria retaliar.

"Os investidores estão acordando para a ideia de que toda a retórica sobre o comércio poderia ser mais do que apenas uma tática de negociação", disse Emily Roland, chefe de pesquisa de mercado de capitais da John Hancock Investments.

O índice de volatilidade, conhecido como medidor de medo de Wall Street, rondou uma máxima de três semanas de 14,68 pontos, antes de encerrar em 13,35 pontos.

As ações da Boeing, que têm servido de termômetro para a tensão sobre a guerra comercial com a China, caiu 3,8 por cento e foi um peso a mais no Dow.

A Caterpillar, fabricante de equipamentos de construção, perdeu 3,6 por cento. Ambas as quedas pesaram sobre o índice industrial do S&P, que recuou 2,1 por cento, sua maior queda percentual em um dia em quase dois meses.

BC da China pede a investidores que mantenham a calma após fortes perdas do mercado acionário

HONG KONG (Reuters) - O banco central da China pediu a investidores nesta terça-feira que mantenham a calma uma vez que o país tem capacidade crescente de lidar com choques externos depois que os mercados acionários chineses despencaram diante da intensificação dos atritos comerciais com os Estados Unidos.

"Existem altos e baixos no mercado acionário e por isso os investidores devem permanecer calmos e serem racionais", disse Yi Gang, presidente do Banco do Povo da China, no site do banco central.

"A China está em uma boa posição para lidar com todos os tipos de atritos comerciais", completou ele.

Mais cedo, as ações de Xangai despencaram quase 4 por cento, para a mínima de dois anos, depois de novas ameaças tarifárias pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a China.

Investidores retiram US$ 5,5 bi de mercados emergentes na semana passada, diz IIF

NOVA YORK (Reuters) - Investidores estrangeiros tiraram cerca de 5,5 bilhões de dólares de mercado emergentes desde o aumento da taxa de juros do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, na semana passada, mostraram dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) nesta terça-feira.

Os resgates nos mercados emergentes somaram cerca de 4,2 bilhões de dólares desde a reunião de política monetária do Fed, enquanto cerca de 1,3 bilhão de dólares vieram de bônus.

Os investidores estrangeiros venderam mais de 320 milhões de dólares em ações chinesas nesta terça-feira, a primeira saída líquida diária de estrangeiros desde 4 de maio, disse o IIF.

A China permaneceu resiliente em meio a fortes saídas dos mercados emergentes, mas "a preocupação com o impacto das tarifas adicionais dos EUA sobre as importações chinesas provocou uma forte reversão nos fluxos para a China", disse o IIF em comunicado.

A China acusou os Estados Unidos de "extrema pressão e chantagem" e prometeu retaliar após Trump ameaçar impor tarifa de 10 por cento a 200 bilhões de dólares em produtos chineses, além das tarifas de importação já anunciadas sobre 50 bilhões de dólares em produtos da China.

A saída de investimento dos mercados emergentes na última semana foram concentradas na Ásia, disse o IIF, sinalizando uma preocupação crescente com a disputa comercial entre EUA e China.

Economias de mercados emergentes têm estado em foco desde meados de abril, após um salto inesperado no dólar, enquanto as expectativas de aumento dos juros norte-americanos têm impulsionado os fluxos de dinheiro para longe dos mercados emergentes desde meados de abril.

Agravamento da guerra tarifária afeta ações de automóveis pressiona principais índices acionários europeus

Por Helen Reid

LONDRES (Reuters) - A intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China ampliou as vendas generalizadas no mercado acionário europeu nesta terça-feira, com as ações de automóveis, mineração e tecnologia sofrendo o impacto.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,72 por cento, a 1.498 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,7 por cento, a 383 pontos.

O STOXX 600 caiu pela terceira sessão consecutiva depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor uma tarifa de 10 por cento sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses após Pequim decidir elevar tarifas sobre 50 bilhões de dólares em produtos norte-americanos.

"Por enquanto estamos falando de EUA e China, não da Europa diretamente, mas certamente no geral é uma fuga do risco porque o comércio global integra tudo", disse Britta Weidenbach, chefe de ações europeias da DWS.

O STOXX 600 se recuperou ligeiramente após a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, terem concordado com um orçamento da zona do euro, que, segundo operadores, foi uma demonstração de unidade.

O índice alemão DAX, no qual estão listadas algumas das montadoras que são alvo de Trump em sua retórica tarifária, caiu 1,2 por cento. BMW, Daimler e Volkswagen caíram de 0,8 a 2,4 por cento. O setor de automóveis do STOXX 600 atingiu mínimas de sete semanas.

"O setor automotivo é um dos principais setores que poderiam ser impactados pelas tarifas de importação", disse Weidenbach, acrescentando que o impacto sobre diferentes montadoras alemãs pode depender do quanto de sua produção é baseada nos EUA.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,36 por cento, a 7.603 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,22 por cento, a 12.677 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,10 por cento, a 5.390 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,07 por cento, a 22.084 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,14 por cento, a 9.755 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,46 por cento, a 5.544 pontos.

Minério de ferro, aço e outras commodities caem na China diante de tensão comercial


SÃO PAULO (Reuters) - Os preços de commodities na China, de minério de ferro a borracha, caíram nesta terça-feira, com o sentimento dos investidores abalado pela intensificação da guerra comercial entre Pequim e Washington, o que pode prejudicar a segunda maior economia do mundo.

As vendas generalizadas também atingiram o aço, o cobre, o algodão e o óleo de palma, com os investidores chineses retornando do feriado de segunda-feira.

O primeiro contrato da soja em Chicago tocou 8,415 dólares por bushel/bushel, o menor nível desde dezembro de 2008, em meio à imposição de taxa para o produto dos EUA.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ainda ameaçou impor uma tarifa de 10 por cento sobre outros 200 bilhões de dólares de bens chineses, levando o Ministério do Comércio da China a alertar que Pequim tomará medidas abrangentes para "combater com firmeza".

O contrato do vergalhão mais negociado na Bolsa de Xangai, para entrega em outubro, fechou em queda de 2,9 por cento, a 3.769 iuanes (583 dólares) por tonelada, após atingir uma máxima em mais de nove meses na sexta-feira.

O minério de ferro na Bolsa de Dalian caiu 4,6 por cento, para 450,50 iuanes por tonelada.

Índices acionários da China despencam com novas ameaças comerciais de Trump

XANGAI (Reuters) - As ações de Xangai despencaram quase 4 por cento nesta terça-feira, para a mínima de dois anos, enquanto o iuan caiu para o menor nível em mais de cinco meses em relação ao dólar uma vez que as novas ameaças tarifárias de Washington contra a China aumentaram os indícios de uma guerra comercial plena.

As perdas, que acontecem apesar de uma injeção de liquidez inesperada pelo banco central, pode desencadear uma espiral descendente que pode tirar dos trilhos a tentativa de Pequim de atrair grandes listagens internacionais, particularmente de gigantes de alta tecnologia.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 3,55 por cento, enquanto o índice de Xangai teve queda de 3,82 por cento, depois de chegar a cair mais de 5 por cento durante o pregão.

Enquanto isso, o iuan enfraqueceu para uma mínima de 6,4754 por dólar, nível mais fraco desde 12 de janeiro.

"É o momento mais sombria e o momento mais agonizante do primeiro semestre deste ano ... há vítimas de desastres em todos os lugares", escreveu Zhang Yidong, estrategista da Industrial Securities, nesta terça-feira, em nota.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifa de 10 por cento sobre 200 bilhões em bens chineses e Pequim alertou que irá retaliar, em um rápido agravamento do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O restante do mercado asiático também foi pressionado pelas ameaças do presidente dos EUA de novas tarifas e pelo agravamento da disputa comercial entre norte-americanos e chinesas.

O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha queda de 1,99 por cento às 7:57 (horário de Brasília).

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,77 por cento, a 22.278 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,78 por cento, a 29.468 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 3,82 por cento, a 2.906 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 3,55 por cento, a 3.620 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,52 por cento, a 2.340 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,65 por cento, a 10.904 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,68 por cento, a 3.301 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,03 por cento, a 6.102 pontos.

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Fonte:
Reuters

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