China precisa liderar reforma da governança global, diz presidente Xi Jinping.

Publicado em 23/06/2018 14:26
Reuters

PEQUIM (Reuters) - A China precisa liderar a reforma da governança global, afirmou o Ministério de Relações Exteriores do país neste sábado, citando o presidente do país, Xi Jinping.

A China tem buscado ter mais voz em organizações globais como o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Nações Unidas, em linha com seu crescimento econômico e influência internacional.

Desde que assumiu o governo em 2012, Xi tem tomado medidas para criar os próprios órgãos globais da China como o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura e lançou um ambicioso projeto para construir uma nova Rota da Seda.

Pequim assumiu papel de ser um membro responsável da comunidade internacional, especialmente em um momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retira o país de acordos sobre mudança climática e do tratado com o Irã e enquanto a Europa enfrenta o Brexit e outras questões.

A China precisa "defender a proteção da soberania do país e seus interesses em segurança e desenvolvimento, participar proativamente e mostrar o caminho na reforma global do sistema de governança, criando uma rede ainda melhor de relacionamentos de parcerias globais" disse Xi segundo comentários citados no fim de um encontro de dois dias entre membros do alto escalão do Partido Comunista.

Isso ajudaria a criar condições para construção de um país socialista moderno e forte, disse o ministério durante o encontro que reuniu autoridades dos ministérios de Relações Exteriores e de Comércio, Exército, do departamento de propaganda e a representantes da embaixada chinesa nos EUA.

Apesar de Xi não ter dado detalhes, o comunicado o cita mencionando a importância da Rota da Seda e outras importantes plataformas diplomáticas como sua "comunidade de destino comum", um conceito que guia as relações da China com o mundo.

O conceito propõe um "novo estilo" de relações internacionais de "ganha-ganha" e "benefício mútuo" para todos, mas muitas nações do Ocidente criticam o comportamento da China sobre questões como áreas contestadas que incluem o Mar do Sul da China.

Xi acrescentou que a China precisa fortalecer suas relações com nações em desenvolvimento, que são descritas como aliados naturais, mas também precisa aprender com outros países.

O presidente chinês não fez menção direta a questões como a guerra comercial aberta pelos EUA contra o país, ou Coreia do Norte e Taiwan.

Europa vai reagir a qualquer sobretaxa dos EUA sobre veículos, diz jornal

PARIS (Reuters) - A União Europeia vai responder a qualquer movimento dos Estados Unidos para impor tarifas de importação sobre veículos produzidos no bloco, afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, ao jornal francês Le Monde.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou na sexta-feira a escalar a guerra comercial com a Europa com a imposição de uma tarifa de 20 por cento sobre todas as importações de veículos produzidos no continente.

"Se eles decidirem aumentar as tarifas de importação, não teremos escolha, que não seja uma reação", disse Katainen ao jornal em entrevista publicada neste sábado.

"Não queremos brigar em público (sobre comércio) pelo Twitter. Deveríamos encerrar a escalada."

EUA fazem nova ameaça de veto contra decisões da OMC

Por Tom Miles

GENEBRA (Reuters) - Os Estados Unidos aumentaram seu desafio ao sistema global de comércio na sexta-feira, dizendo à Organização Mundial do Comércio (OMC) que as decisões em disputas comerciais poderiam perder a efetividade se demorassem mais que o prazo permitido de 90 dias.

A declaração do embaixador dos EUA, Dennis Shea, ameaçou desgastar um elemento-chave da fiscalização do comércio na OMC --a solução de controvérsias, que é amplamente vista como uma grande ferramenta contra o protecionismo.

O presidente norte-americano, Donald Trump, que criticou os juízes da OMC no passado, ameaçou impor um imposto de 20 por cento sobre carros importados da União Europeia, no mais recente movimento de uma campanha sem precedentes de ameaças e tarifas para punir os parceiros comerciais dos EUA.

De acordo com uma cópia dos comentários de Shea vista pela Reuters, o embaixador norte-americano disse ao órgão de apelação da OMC, efetivamente a suprema corte do comércio mundial, que suas decisões seriam inválidas se demorassem demais para serem tomadas. As decisões não seriam mais governadas por "consenso reverso", pelo qual elas seriam invalidadas somente se todos os membros da OMC se opusessem a elas.

Um funcionário que assistiu à reunião disse que outros membros da OMC concordaram que o Órgão de Apelação deveria cumprir o prazo de 90 dias, mas nenhum apoiou a opinião de Shea de que decisões tardias poderiam ser anuladas, e muitos expressaram preocupação com seus comentários.

As decisões são rotineiramente atrasadas porque, segundo a OMC, as disputas são abundantes e complexas. O andamento dos processos desacelerou ainda mais porque Trump está impedindo novas nomeações, aumentando a carga de trabalho já inchada dos juízes remanescentes.

Os 66 Estados-membros da OMC apoiam uma petição para que os Estados Unidos autorizem a realização de consultas. Na sexta-feira, o Japão, aliado dos EUA, endossou a petição pela primeira vez, o que significa que todos os principais usuários do sistema internacional de disputas comerciais estavam unidos em oposição a Trump.

Líderes da UE renovarão sanções contra a Rússia até janeiro de 2019

Por Gabriela Baczynska

BRUXELAS (Reuters) - Líderes da União Europeia renovarão na semana que vem sanções econômicas impostas à Rússia até janeiro de 2019 devido à intervenção do país na Ucrânia, disseram diplomatas e autoridades.

As restrições aos setores de energia, defesa e financeiro russos vêm sendo estendidos a cada seis meses desde que foram adotadas em meados de 2014, após Moscou anexar a península da Crimeia, de Kiev, e apoiar rebeldes que combatem tropas do governo no leste ucraniano.

Os líderes da UE reunidos em Bruxelas em 28 e 29 de junho acertarão mais uma renovação das restrições a negócios com a Rússia, atualmente em vigor até o final de julho.

Moscou promete nunca devolver a Crimeia. O conflito no leste ucraniano, que já matou mais de 10 mil pessoas, está praticamente suspenso, limitando-se a combates esporádicos de baixa intensidade.

A decisão veio na esteira de conversas entre os membros do G7, os sete países mais industrializados do mundo, que se reuniram no Canadá no início de junho. O fórum costumava ser chamado de G8, mas a Rússia foi expulsa em 2014 devido à crise da Crimeia.

Desde então, líderes das maiores potências mundiais usaram suas reuniões anuais de rotina para coordenar uma postura. Neste ano eles instaram Moscou a parar de minar democracias.

Em comunicado, disseram: "Lembramos que a continuação das sanções está claramente ligada à incapacidade da Rússia de demonstrar a implantação completa de seus compromissos com os Acordos (de paz) de Minsk e respeitar a soberania da Ucrânia".

China reduz exigências de reservas de alguns bancos para aumentar liquidez

PEQUIM (Reuters) - O banco central da China disse neste domingo que reduzirá a quantidade de dinheiro que alguns bancos devem manter como reservas em 50 pontos-base, liberando 108 bilhões de dólares em liquidez com objetivo de estimular o crédito a pequenas empresas e encorajar operações de swap para aliviar o fardo financeiro de algumas companhias.

A redução de reservas, a terceira realizada pelo banco central neste ano, tem sido amplamente antecipada por investidores em meio a preocupações com a liquidez do mercado e potencial prejuízo econômico oriundo de uma disputa com os Estados Unidos.

Mas os 700 bilhões de iuanes (107,65 bilhões de dólares) em liquidez que o banco central disse que serão resultado da redução das reservas foram maiores que o esperado.

A expectativa de um corte aumentou após o Conselho de Estado, ou gabinete, dizer na quarta-feira que as ferramentas de política monetária, incluindo cortes nas taxas de reservas exigidas para os bancos, serão implantadas para fortalecer os fluxos de crédito para empresas menores e manter o crescimento econômico em uma faixa razoável.

Economistas não descartam mais reduções de reservas para o resto do ano, com os custos para empréstimos aumentando devido ao combate à alavancagem no sistema financeiro realizado por Pequim, uma campanha que agora está em seu terceiro ano, enquanto perdura a incerteza sobre os laços comerciais entre China e EUA.

O Banco do Povo da China disse neste domingo que o mais recente corte nas taxas de reservas exigidas para alguns bancos – atualmente 16 por cento para grandes bancos e 14 por cento para bancos menores – terão efeito em 5 de julho.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Aí está, a névoa sobre a tal "guerra comercial" se dissipa e vemos sua verdadeira face... a luta pelo poder global... Os chineses através de organismos internacionais, se autodeclara "líder" das reformas econômicas e sociais do mundo.... Quer parecer mais forte do que realmente é... Leiam com atenção, pensem no significado das palavras..."reforma global do sistema de governança" e "comunidade de destino comum".... Não querem nada os chineses, só determinar o destino do mundo.... Mao Tsé tentou isso.. e assassinou um número que estimam em 100 milhões de pessoas. E querem fazer isso utilizando o esforço de americanos e israelenses, roubando suas tecnologias e inovações como se a eles pertencessem. Donald Trump está certo em parar esses totalitários e suas milhares de organizações e ONGs ao redor do mundo... A subordinação do mundo a Pequim é o que querem os chineses, com promessas que não tem condições de cumprir, com as velhas mentiras usadas por nossos políticos socialistas de um futuro que nunca chega... Quando dizem que querem um país forte, significa na verdade um estado totalitário forte e invencível, onde os não adaptáveis serão eliminados. Blocos europeus, blocos asiáticos e blocos islâmicos, todos no delírio de controlar o mundo... Na soja a China corre atrás do prejuízo pois os EUA já vem fazendo o que eles somente agora anunciam, a abertura de outros mercados, diretamente e sem intermédio da China. Basta olhar os dados, os EUA venderam menos grãos para a China, em contrapartida aumentaram para outros países. O Brasil vai decidir isso na próxima eleição.

    2