PIB mais fraco em 2018 não deve ter forte impacto na receita, diz fonte

Publicado em 19/07/2018 18:09

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BRASÍLIA (Reuters) - A expressiva queda na projeção da equipe econômica para a atividade em 2018 não deve ter forte impacto na receita, disse uma fonte com conhecimento direto dos cálculos nesta quinta-feira, apontando como fator positivo o comportamento esperado para a indústria ao longo do ano.

"Como a indústria vai crescer mais do que o PIB, a receita vai crescer mais", afirmou a fonte à Reuters, falando em condição de anonimato.

Por esse viés de receitas maiores, "faria sentido" desbloquear mais recursos do Orçamento no relatório de receitas e despesas, acrescentou a fonte, destacando, contudo, que a decisão ainda não havia sido tomada nesse sentido.

Na sexta-feira, o governo publicará no relatório sua nova estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, que deve ficar em 1,6 por cento, contra 2,5 por cento antes, em meio a um cenário de menor confiança dos agentes econômicos e influência negativa da greve dos caminhoneiros.

A fonte também lembrou que a greve dos caminhoneiros teve impacto inflacionário - e que o aumento dos preços eleva a base sobre a qual incidem os impostos, com efeito positivo para as receitas arrecadadas.

Como reflexo da greve dos caminhoneiros, a produção da indústria despencou 10,9 por cento em maio, depois de alta de 0,8 por cento em abril, estabilidade em março e avanço de 0,1 por cento em fevereiro.

"Ali (o desempenho) foi pontual", disse a fonte, apontando que recuperação virá à frente.

A pressão sofrida pela performance da indústria em maio partiu principalmente da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, com queda 29,8 por cento, e de produtos alimentícios, com perdas de 17,1 por cento.

A nova estimativa do PIB do ministério da Fazenda e do Planejamento deve, com a mudança, ficar no mesmo percentual apontado pelo Banco Central e próxima à expansão de 1,5 por cento vista pelo mercado, conforme pesquisa Focus mais recente feita pelo BC junto a uma centena de economistas.

(Por Marcela Ayres)

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Fonte:
Reuters

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