"E o mercado abraça Bolsonaro de vez...", por ANDRÉ PERFEITO (Flash Econômico - Spinelli)

Publicado em 17/09/2018 16:20
André Perfeito, Análise

A incapacidade do candidato Geraldo Alckmin do PSDB em avançar nas pesquisas despeito do seu tempo generoso na TV de um lado e a força do candidato Jair Bolsonaro em arregimentar o “voto útil” de direita do outro fez que o mercado abandonasse seu favorito em nome do segundo melhor.

Não restam dúvidas que o mercado financeiro acolhe hoje com mais entusiasmo o candidato do PSL mesmo que pairem dúvidas sobre a capacidade dele articular os acordos necessários as reformas que garante que vai fazer e a pesquisa desta manhã (CNT/MDA que pode ser vista em nosso Acompanhamento Sistemático das Pesquisas Eleitorais no slide 23) aponta avanço inquestionável hoje de Jair Bolsonaro contra os adversários no segundo turno; na verdade o único que mostra alguma força contra ele após dia 7 de outubro é o pedetista Ciro Gomes, mas levando em conta que o nome de Haddad vem subindo de maneira rápida e consistente muito provavelmente o petista irá disputar no segundo turno.

Se isto for verdade – que teremos uma disputa Jair X Haddad – nos parece que o candidato do PSL irá se eleger na esteira da elevada rejeição do PT por parte relevante da população.

Hoje o Ibovespa reage de maneira abertamente “comprada” em Bolsonaro e este deve ser o tom ao longo da semana onde ainda teremos algumas pesquisas a serem divulgadas onde destacamos o levantamento IBOPE amanhã e quinta-feira mais um Datafolha.

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(POR ANDRÉ PERFEITO - SPINELLI)

Rejeição CNT/MDA: Bolsonaro e Haddad tecnicamente empatados

Na pesquisa CNT/MDA, 57,5% dos entrevistados disseram que não votariam em Marina Silva de jeito nenhum.

Geraldo Alckmin aparece em segundo, com 53,4% de rejeição.

Jair Bolsonaro tem 51%.

Henrique Meirelles: 49%.

Fernando Haddad: 47,1% (ainda desconhecido por 8,7% dos eleitores).

Ciro Gomes: 38,1%.

João Amoêdo: 34,5%.

Alvaro Dias: 32,2%.

Com 3,9 pontos de diferença, Bolsonaro e Haddad, portanto, estão tecnicamente empatados em rejeição, considerando a margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

CNT/MDA: Bolsonaro e Haddad também lideram em voto definitivo

Na pesquisa CNT/MDA, Jair Bolsonaro também lidera o índice de voto definitivo, ou seja, o percentual do próprio eleitorado que não pretende mudar de voto até o dia da eleição.

O deputado é seguido de perto por Fernando Haddad.

Eis os números:

Jair Bolsonaro – 78,2%

Fernando Haddad – 75,4%

Ciro Gomes – 49,1%

Geraldo Alckmin – 48,4%

João Amoêdo – 48,2%

Marina Silva – 44,4%

Ibope só testará cenários de 2º turno com Bolsonaro

O Ibope divulgará amanhã (terça, 18) uma nova pesquisa de intenção de voto para os candidatos à Presidência.

Segundo a Época, o instituto decidiu testar apenas quatro cenários de segundo turno, todos com um candidato em comum: Jair Bolsonaro.

Eleitores de Bolsonaro fazem panelaço

Eleitores de Jair Bolsonaro fizeram uma manifestação em apoio a ele hoje, dia 17, às 17h –alusão ao número do partido dele, o PSL, registra O Globo.

No Rio, foram registradas manifestações isoladas pró-Bolsonaro em bairros como Copacabana, Leblon, Barra da Tijuca, Vila Valqueire e Maracanã.

Em São Paulo, as redes sociais relatam panelaços em bairros como Santa Cecília e Santana. Houve manifestações também em Brasília e em estados como Espírito Santo e Rio Grande do Norte.

Centrão deve trocar Alckmin por Bolsonaro (O Antagonista)

O Centrão deve formalizar em breve seu apoio a Jair Bolsonaro, disse o presidente do PSL, Major Olímpio.

Ele acrescentou ao Valor que há dezenas de filiados do DEM, do Solidariedade e do PR que “já estão fazendo missa de corpo presente” para Geraldo Alckmin.

“Se for contra a esquerda, Bolsonaro leva tranquilo”

O deputado Éder Mauro, candidato à reeleição no Pará, disse a O Antagonista que “torce” para que Jair Bolsonaro enfrente Fernando Haddad ou Ciro Gomes em eventual segundo turno.

“Torço para que seja contra alguém bem de esquerda, porque sei que, se for assim, ele [Bolsonaro] leva tranquilo.”

O parlamentar do PSD — que é de partido do chamado Centrão, mas apoia o candidato do PSL — acredita que Haddad ou Ciro poderiam até agregar um maior número de legendas na reta final, mas “o povo seguiria com Bolsonaro”.

“Quem vota em [Geraldo] Alckmin, em Alvaro [Dias] e até mesmo na Marina [Silva] vai, em sua grande maioria, acompanhar o Bolsonaro, se tiver segundo turno. Não tenho dúvida disso.”

Vídeo de Bolsonaro com 5,1 mi de visualizações (BR18/ESTADÃO)

vídeo transmitido ao vivo do leito hospitalar pelo presidenciável Jair Bolsonaro no domingo, 16, no qual ele fala sobre possível fraude nas eleições e diz que o petista Fernando Haddad dará indulto a Lula, teve até agora 5,1 milhões de visualizações no Facebook, 475 mil curtidas, 448 mil comentários e 324 mil compartilhamentos. / J.F.

Bolsonaro vira o jogo no 2º turno (BR18/ESTADÃO)

A pesquisa FSB/BTG Pactual traz também outro dado novo: diferentemente de sondagens de outros institutos, mostra Jair Bolsonaro vencendo quase todas as simulações de segundo turno com margem confortável, inclusive contra Fernando Haddad (PT). A exceção é Ciro Gomes, que empata com ele em 42%. Bolsonaro vence Haddad (46% a 38%), Alckmin (43% a 36%) e Marina (48% a 33%).

A rejeição do capitão também deu um salto para baixo: foi de 51% para 45% o contingente dos que não votariam nele de jeito nenhum, enquanto seu potencial de voto (aqueles que poderiam votar) subiu de 40% para 48%. / V.M.

Na Reuters: Bolsonaro vai ter que tomar "algumas medidas impopulares", diz general aliado

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, vai ter que tomar "algumas medidas impopulares" caso seja eleito para o comando do país e já há um diagnóstico na campanha de que será necessário propor reformas para o país sair da atual situação em que se encontra, disse nesta segunda-feira o general da reserva do Exército Augusto Heleno.

"Se Bolsonaro se eleger, vamos ter que adotar algumas medidas impopulares. Qualquer um que se eleja presidente vai ter que fazer reformas", disse Heleno à Reuters.

O general, que chegou a ser cotado para vice do candidato do PSL, atualmente tem ajudado na formulação de propostas para a campanha de Bolsonaro. Ele reuniu-se na manhã desta segunda em Brasília com o economista Paulo Guedes, cotado para ser o ministro da Fazenda do presidenciável do PSL.

Heleno não quis revelar detalhes da conversa com Guedes, mas afirmou que está sendo feito um diagnóstico da situação econômica do país, que acaba por ter impacto em várias outras áreas, como educação e infraestrutura. Disse que o grupo, no momento, tem trabalhado na coleta de números para se chegar a uma verdadeira radiografia da situação, lançando dúvidas sobre os dados atuais.

"O governo todo está aparelhado. Os números que saem do governo não são confiáveis. O PT aparelhou desde o faxineiro até o presidente da República", afirmou.

SEGUNDO TURNO

Heleno disse ser "natural" que a candidatura de Bolsonaro receba apoio de partidos que atualmente estejam coligados com a campanha do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Disse que não sabe se já há conversas nesse sentido, ao destacar que tem cuidado da parte de elaboração de propostas de um eventual governo.

"Isso é natural, é histórico, na hora que se está no segundo turno, cada um cuida para ficar debaixo da árvore", disse ele, numa referência a um eventual apoio de outros partidos à chapa de Bolsonaro, atualmente composta apenas por dois partidos pequenos, o PSL, de Bolsonaro, e o PRTB, do candidato a vice e também general da reserva do Exército, Hamilton Mourão.

Heleno disse também que foi consultado sobre a participação de Mourão no lugar de Bolsonaro em debates televisivos, mas destacou que uma decisão sobre isso depende da condição física do candidato do PSL, que se recupera após duas cirurgias de uma atentado a faca em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

"A recuperação é lenta, apesar de ele ser muito forte", disse o general, ao destacar que não há "nada planejado".

Contido, Heleno não quis falar sobre os resultados de recentes pesquisas de intenção de voto que mostram Bolsonaro ampliando a liderança isolada na corrida presidencial. Ao contrário de outros aliados de Bolsonaro, ele também preferiu não vaticinar uma eventual vitória de Bolsonaro ainda no primeiro turno.

"Difícil prever, se você prevê e erra, vão te sacanear para o resto da vida", brincou.

 

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Fonte:
Spinelli/O ANTAGONISTA/ESTADÃO

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