Wall Street recua antes de anúncio de Trump sobre tarifas

Publicado em 17/09/2018 23:29

NEW YORK (Reuters) - As bolsas dos EUA caíram nesta segunda-feira, lideradas por recuos dos papeis de tecnologia e consumo discricionário, com investidores de olho no anúncio do presidente Donald Trump de tarifas sobre 200 bilhões de dólares em importações chinesas.

Os três maiores índices acionários norte-americanos terminaram em baixa, com o Nasdaq de tecnologia pesada alcançando sua pior perda percentual desde o fim de julho.

O índice Dow Jones caiu 0,35 por cento, a 26.062 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,556975 por cento, a 2.889 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 1,43 por cento, a 7.896 pontos.

Wall Street ampliou as perdas antes do anúncio de tarifas, após Trump afirmar que acredita que o déficit comercial dos EUA com a China era muito grande, começando sua fala com "não podemos mais fazer isso".

Mais cedo, a China prometeu que não irá ficar na defensiva na crescente disputa comercial, colocando mais combustível às tensões.

"Essa é a sexta ou sétima vez que falamos a respeito dessa rodada de discussões sobre tarifas especificamente", disse o gerente de portfólio da Kingsview Asset Management, Paul Nolte. "Enquanto Trump estiver confortável subindo tarifas, ele acreditará que está ganhando."

Na Europa índices terminam estáveis em meio a receios sobre tarifas; H&M registra ganhos

Por Helen Reid

LONDRES (Reuters) - Os principais índices acionários europeus se recuperaram de uma abertura fraca nesta segunda-feira e fecharam em território positivo após uma sessão agitada em meio a notícias de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja impor novas tarifas de 10 por cento sobre 200 bilhões de dólares em importações chinesas.

O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,06 por cento, a 1.479 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,12 por cento, a 378 pontos.

Wall Street iniciou as negociações em queda, mas o movimento não mudou o clima dos mercados europeus.

"Acho que o mercado mais ou menos digeriu toda essa montanha-russa com tarifas", disse Dimitrios Stefanopoulos, gerente de portfólio da AlphaTrust, acrescentando que os investidores acreditam que Trump vai buscar um acordo antes das eleições parlamentares dos Estados Unidos.

Ainda que as notícias de que as potenciais tarifas sobre produtos chineses serão inferiores aos 25 por cento ditos anteriormente pelo governo, os economistas disseram que isso ainda terá um impacto significativo nos mercados.

"Nossos economistas nos EUA esperam que até mesmo uma tarifa de 10 por cento reduza o crescimento no quarto trimestre, o que levará o Fed a pular um aumento da taxa de juros em dezembro", escreveram estrategistas do UBS.

O mercado foi impulsionado por fortes ações defensivas de telecomunicações e de serviços públicos. Os setores cíclicos, que são mais sensíveis ao comércio e ao crescimento econômico, vinham recuando conforme a guerra comercial se intensificava nos últimos meses.

"Se a guerra comercial atingir a economia, os defensivos ficarão melhores", disse Stefanopoulos.

Nesta segunda-feira, várias ações subiam após a divulgação de resultados, ajudando no apetite ao risco.

O aumento das vendas da H&M impulsionou as ações para uma alta de cerca de 16 por cento, um resultado encorajador para a segunda maior varejista de moda do mundo cujas ações caíram 43 por cento em relação ao seu nível de um ano atrás.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,06 por cento, a 1.478 pontos.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,03 por cento, a 7.302 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,30 por cento, a 12.088 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,07 por cento, a 5.348 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,08 por cento, a 21.111 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,42 por cento, a 9.404 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,82 por cento, a 5.328 pontos.

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Fonte:
Reuters

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