Bolsonaro tem 59% dos votos válidos, contra 41% de Haddad, diz Datafolha

Publicado em 18/10/2018 21:58

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, segue na liderança folgada do segundo turno da eleição presidencial com 59 por cento dos votos válidos, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, que apontou o petista Fernando Haddad com 41 por cento dos votos válidos.

Pesquisa do instituto divulgada na quarta-feira da semana passada mostrou Bolsonaro com 58 por cento dos votos válidos, contra 42 por cento de Haddad.

A margem de erro da pesquisa, encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo e pela TV Globo, é de 2 pontos percentuais.

Ainda de acordo com a pesquisa, Bolsonaro aparece com 50 por cento pelo critério dos votos totais, enquanto Haddad soma 35 por cento. Votos brancos e nulos somam 10 por cento e o percentual dos que não souberam ou não responderam é de 5 por cento.

Na pesquisa da semana passada, Bolsonaro tinha 49 por cento dos votos totais, enquanto Haddad tinha 36 por cento.

REJEIÇÃO

Segundo o levantamento divulgado nesta quinta, não votariam de jeito nenhum no candidato do PSL 41 por cento dos entrevistados e no presidenciável do PT, 54 por cento.

A sondagem trouxe também dados sobre a decisão do voto. Entre os que declararam voto em Bolsonaro, 95 por cento disseram estar totalmente decididos, enquanto 5 por cento admitiram que ainda podem mudar seu voto.

Já em relação a Haddad, a certeza do voto está em 89 por cento, com 10 por cento afirmando que podem ainda mudar.

O Datafolha ouviu 9.137 pessoas entre os dias 17 e 18. O segundo turno está marcado para 28 de outubro.

O WhatsApp de Lula

“Lula jogou a toalha”, diz a Veja.

A um interlocutor que foi visitá-lo na cadeia, ele admitiu a derrota de Fernando Haddad e disse que “só um grande escândalo poderia mudar o resultado final”.

E o que fez o PT?

Tentou fabricar um grande escândalo, acusando Jair Bolsonaro de usar caixa dois na propaganda do WhatsApp.

É a prova de que o presidiário continua a comandar a campanha do PT.

DATAFOLHA: REJEIÇÃO A HADDAD É DE 54%

O Datafolha também pesquisou aceitação e rejeição dos dois candidatos ao segundo turno presidencial.

Dos entrevistados, 54% não votariam de jeito nenhum em Fernando Haddad, e 41% não votariam em Jair Bolsonaro.

No polo oposto, 48% disseram que votariam “com certeza” em Bolsonaro, e 33% que certamente votariam em Haddad.

Chega de PT

Fernando Haddad é rejeitado por 60% dos homens.

Por 62% dos eleitores com ensino superior.

Por 70% daqueles com renda entre 5 e 10 salários mínimos.

Por 60% dos moradores do Sudeste e 64% do Sul.

Chega de PT.

Haddad, o mais rejeitado entre as mulheres

Fernando Haddad é rejeitado por 54% dos eleitores, diz o Datafolha.

Até entre as mulheres ele é mais rejeitado do que Jair Bolsonaro: 49% a 46%.

Até recentemente, os pesquisadores garantiam que o voto feminino acabaria elegendo o poste do presidiário. Eles quebraram a cara: os pesquisadores, o poste e o presidiário.

Eleitores de esquerda engrossam voto em Bolsonaro

A nova pesquisa Datafolha, relata a Folha, constatou que eleitores de partido de esquerda estão ajudando a engrossar a vantagem de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad.

O presidenciável é o favorito de 52% dos que declararam preferência pelo PSB, contra 31% em Haddad. Dos eleitores do PDT, 31% pretendem votar em Bolsonaro, e 52% escolhem o petista.

Por incrível que pareça, Bolsonaro ainda é o escolhido de 15% dos eleitores do PSOL. E de 5% dos petistas.

CRUSOÉ: INVESTIGAÇÃO DA PF SOBRE ATENTADO A BOLSONARO APONTA PARA O PCC

Na Crusoé desta semana, Filipe Coutinho e Rodrigo Rangel revelam que a principal linha de investigação da PF sobre o atentado a Jair Bolsonaro aponta para o PCC. Os advogados de Adélio Bispo de Oliveira agora estão sob escrutínio dos policiais.

Leia:

O que será será, por FERNANDO GABEIRA (no ESTADÃO)

O que será do nosso país? 

Muita gente me pergunta isto, nas ruas e nos aeroportos. Respondo que penso no tema todos os dias e um bom pedaço das noites. Mas não cheguei a uma conclusão que pudesse ser transmitida num diálogo telegráfico. Tudo o que consigo dizer ainda não transcende a sabedoria de um escoteiro: estar alerta.

Não temo pela sobrevivência da democracia brasileira, mas pelos arranhões e pancadas que pode levar no caminho. É um perigo que ronda a democracia em quase todos os lugares onde ela existe.

 

Acabamos de sair do primeiro processo de eleições disputado principalmente no território virtual das redes. Talvez seja mais reveladora do Brasil que as outras, marcadas por comícios, propaganda na TV e reuniões domésticas. Muita gente participou, compartilhando opiniões.

O processo tem alguns perigos, que já rondaram as eleições presidenciais norte-americanas. O principal deles são as fake news, cada vez mais intensas.

Fake news sempre existiram. No passado as chamávamos de boatos. Na década dos 70 o escritor alemão Hans Magnus Enzensberger escreveu um livro de ensaios com o título Política e Crime. Um dos mais interessantes capítulos é dedicado aos boatos e sua capacidade destruidora em certos momentos políticos. A diferença essencial é que o boato hoje não só circula entre milhões de pessoas, mas o faz numa rapidez incomparável com outras fases históricas.

As fake news não seriam tão assustadoras para mim se houvesse uma vontade genuína de filtrá-las. O perigo apresenta-se no fato de que para muitas pessoas a distinção entre fake news e realidade não interessa mais. E essa indiferença diante de boatos espalhados por máquinas eficazes acaba sendo uma porta aberta para o totalitarismo.

Tanto no Brasil como nos Estados Unidos, um presidente não escreve o destino do país como se estivesse diante de uma folha em branco. Há instituições, às vezes precárias, é verdade, mas representam um contraponto ao poder.

Conheço as posições de Bolsonaro e seus aliados em relação ao meio ambiente. Será um osso duro de roer. Mas, ainda assim, creio que há um horizonte para o movimento ambiental. Na minha opinião, ele terá de rever suas alianças preferenciais. Foi mais fácil buscar a esquerda, sempre aberta para absorver lutas contra o sistema.

No entanto, a ciência, a grande aliada estratégica, foi subestimada. O verdadeiro encontro a ser buscado é o da ecologia com a ciência. Não importa a resistência que as ideias encontrem. Apoiadas numa lógica científica têm chance maior de se expandir na sociedade.

Marina teve uma votação muito pequena. No dia seguinte à apuração, dois economistas ganharam o Nobel com trabalhos sobre o desenvolvimento sustentável. O tema continua importante, sobretudo no mundo. A votação de Marina não expressa a irrelevância ambiental na cabeça dos eleitores brasileiros.

O momento histórico, as circunstâncias tornaram a luta contra a corrupção sistemática e a insegurança nas cidades o que realmente importava agora. No campo da segurança pública, outro osso duro de roer. Não só Bolsonaro, mas também parte de seus eleitores, aposta na posse de armas. Vejo isso de uma forma diferente, mas não tão contraditória.

Jair Bolsonaro disse no Rio que gostaria de ver a segurança funcionando como há 50 anos. É compreensível a nostalgia das ruas tranquilas. No entanto, o esforço é fazê-lo olhar para a frente, se não 50, ao menos alguns anos adiante.

As experiências que fortalecem a minha tese estão aí: a tecnologia e a ciência também são aliadas da segurança pública. No Piauí, um aplicativo trouxe mais segurança às mulheres ameaçadas. No momento em que escrevo, estou partindo para a cidade de Guararema, no interior de São Paulo. Ali vou documentar o trabalho de uma verdadeira muralha de câmeras que protegem o lugar. São 96. Há 33 meses não há um homicídio.

Deve haver alguns problemas, como de privacidade. Mas isso vou analisar no local. De qualquer maneira, é um exemplo que fortalece a tese de usar o avanço tecnológico e científico como um grande aliado da segurança pública.

Enfim teremos um novo presidente, novo grupo no governo, mas há um caminho para contrabalançar o poder emergente. Uma instituição com a qual se conta sempre, apesar de sua degradação, é o Congresso. Houve uma renovação, cujos contornos qualitativos é difícil avaliar antes de fevereiro.

A base parlamentar do governo, no momento, são as bancadas do boi, da bala e da Bíblia. Não são monolíticas, nem necessariamente concordam em tudo.

Sempre escrevi que a chamada bancada da bala é formada, parcialmente, por policiais experientes, que têm muito a dizer. A repressão armada é a linguagem que melhor entendem. No entanto, uma investigação sofisticada, um método mais científico pode despertá-los também para outro caminho, ainda incipiente no Brasil.

Na bancada ruralista há gente com mais intimidade com a natureza do que muitos ecologistas. Sua diferença é que trabalha com os fatores sobrevivência e, sobretudo, lucro. Mas com a mediação da ciência é possível algum resultado, assim como com a bancada religiosa, em alguns temas, como meio ambiente e direitos humanos - não, porém, no sentido em que os conheceram nos anos de PT.

Enfim, teremos muito trabalho para tocar o barco. Mas não é impossível. Estamos diante de uma realidade, não adianta chorar o leite derramado. O Brasil é assim, temos de nos ajeitar com ele e dar graças a Deus, porque a alternativa do autoexílio é bastante dolorosa, creio eu.

Tenho visto algumas críticas de que esse raciocínio leva a normalizar o fascismo. Na verdade, o que consideram uma aberração é resultado do voto popular. É preciso um pouco de cuidado com a realidade. 

Ainda bem que haverá muito trabalho para todos. E pouco tempo para patrulhar uns aos outros.

Datafolha em SP: Doria 53% x 47% França

Em São Paulo, o Datafolha mostra uma disputa apertada pelo segundo turno entre o tucano João Doria e o pessebista Márcio França.

O ex-prefeito de São Paulo, segundo o instituto, tem 53% dos votos válidos, e o atual governador tem 47%.

Considerando os votos totais, Doria tem 44% e França, 40%. Ainda há 9% que pretendem votar em branco ou nulo e 7% de indecisos.

Datafolha no Rio: Witzel com 61% dos votos válidos

No Rio de Janeiro, o Datafolha mostra vantagem de 22 pontos do ex-juiz Wilson Witzel sobre seu rival no segundo turno, o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes.

Segundo o instituto, Witzel, do PSC, tem 61% dos votos válidos, e Paes, hoje no DEM, tem 39%.

Em votos totais, Witzel tem 50% e Paes, 33%. Brancos e nulos somam 11%, e indecisos, 6%.

Datafolha em Minas: Zema com 71% dos votos válidos

O Datafolha acaba de divulgar sua primeira pesquisa sobre as disputas de segundo turno nos estados.

Em Minas Gerais, a vantagem de Romeu Zema sobre Antonio Anastasia disparou. O candidato do Novo tem 71% dos votos válidos, contra apenas 29% do tucano.

Zema não só herdou mais eleitores de Fernando Pimentel do que Anastasia como lidera –de longe– tanto entre os votantes em Jair Bolsonaro (72% a 28%) como entre os que optam por Fernando Haddad (67% a 33%).

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Fonte:
Reuters/O Antagonista/Estadão

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1 comentário

  • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

    Bom dia Joao batista...então esta pesquisa ta certa??? beleza..pois é, continuo aguardando sua resposta da vaca louca do MT... ainda sem sua resposta... mas que nada, sugiro perguntar aos seus antigos patrões do JBS..

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