O Antagonista: O golpe do WhatsApp

Publicado em 19/10/2018 07:38

O TSE pode usar a denúncia de caixa dois na campanha de Jair Bolsonaro para cercear seu governo.

É o que diz a Folha de S. Paulo:

“Casos como esse, avaliam ministros de cortes superiores, pairam como uma espada sobre a cabeça de seus alvos e, num jogo político complexo como o que se desenha para 2019, podem ser usados como instrumento ‘de incentivo à moderação’ do presidenciável e de seu companheiro, o general Hamilton Mourão, favoritos na disputa.”

“Há muito pouco na reportagem da Folha de S. Paulo”

A denúncia da Folha de S. Paulo de que Jair Bolsonaro cometeu crime eleitoral no WhatsApp vai ser usada apenas para desgastar seu governo.

Diz Merval Pereira:

“A proximidade da derrota fez com que o PT ontem tentasse armar um escândalo com a suposta guerra de WhatsApp que seu adversário estaria comandando na clandestinidade.

Há muito pouco, porém, na reportagem de denúncia da Folha de S. Paulo para basear o pedido, feito ontem ao TSE, de anulação da eleição e convocação do terceiro colocado, no caso Ciro Gomes, para a disputa do segundo turno.

É interessante ver que o PT que quer anular a eleição devido a abuso de poder econômico é o mesmo que foi acusado de crime semelhante na eleição de Dilma em 2014. Apesar do ‘excesso de provas’, como definiu o relator Herman Benjamin, a chapa Dilma/Temer foi absolvida no TSE, e é difícil imaginar que agora, a poucos dias da eleição, o tribunal vá tomar alguma decisão que altere a disputa presidencial.

O que vai acontecer é que o PT fará a mesma coisa que o PSDB fez, isto é, continuar com o processo no TSE pedindo a anulação do pleito depois das eleições. Quando o PSDB fez isso, foi acusado de não ter aceitado o resultado, uma atitude antidemocrática. Agora, que está se aproximando a hora das urnas, e as pesquisas mostram uma grande vantagem de Bolsonaro, os petistas tentam criar uma onda de indignação sobre um assunto que precisa de uma ampla investigação antes de qualquer atitude do TSE.”

Falta o papelzinho

A expectativa era de que a Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira, mostrasse algum papelzinho comprovando a compra clandestina de mensagens de WhatsApp por parte da campanha de Jair Bolsonaro.

Espantosamente, o jornal não publicou nada.

Haddad também quer censurar WhatsApp

Não é só o PSOL que quer restringir o uso do WhatsApp, a campanha de Fernando Haddad também pediu ao TSE que o serviço seja censurado.

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O WhatsApp de Lula

“Lula jogou a toalha”, diz a Veja.

A um interlocutor que foi visitá-lo na cadeia, ele admitiu a derrota de Fernando Haddad e disse que “só um grande escândalo poderia mudar o resultado final”.

E o que fez o PT?

Tentou fabricar um grande escândalo, acusando Jair Bolsonaro de usar caixa dois na propaganda do WhatsApp.

É a prova de que o presidiário continua a comandar a campanha do PT.

PSOL pede ao TSE que suspenda WhatsApp até eleição

O PSOL entrou há pouco com pedido no TSE para tentar suspender o funcionamento do WhatsApp ou restringir funções do aplicativo até a votação do segundo turno.

A justificativa usada é a disseminação de notícias falsas por meio do aplicativo de mensagens.

Censura é censura, nem precisava de justificativa.

Outra curiosidade

O ex-ministro Eugênio Aragão, que assina a representação do PT sobre a matéria da Folha contra Jair Bolsonaro, esteve ontem à tarde na Polícia Federal.

Curioso.

Sócio de empresa suspeita de atuar para Bolsonaro já atuou para Dilma

A Veja conta que a QuickMobile –uma das empresas que, segundo a Folha, teriam sido contratadas por empresários apoiadores de Jair Bolsonaro para disparar mensagens contra o PT– pertence ao ex-sócio da Door2Doors Peterson Quirino.

A Door2Doors —cuja atuação O Antagonista revelou ainda em 2015, em uma série de posts— foi acusada de envolvimento em campanha online similar para impulsionar Dilma Rousseff e atacar Aécio Neves em 2014.

Em fevereiro de 2016, o PSDB protocolou uma petição para que o TSE investigasse as contas da chapa Dilma/Michel Temer sob a alegação de pagamentos irregulares à agência de Peterson.

Segundo as investigações, a Door2Doors fazia disparos em massa de mensagens de celular com informações contra a Aécio. Ela e outras empresas de marketing digital receberam R$ 4,2 milhões da campanha de Dilma.

“As companhias que receberam os valores”, escreve a Veja, “eram de fachada: não se encontravam nos endereços nem prestavam os serviços descritos em seus CNPJs e não possuíam, oficialmente, funcionários.”

A petição do PSDB não deu em nada. A coligação Dilma/Temer foi absolvida, e a Door2Doors virou uma empresa de logística.

Dono da Havan diz que vai processar a Folha

Dono da Havan, Luciano Hang reafirmou, numa ‘live’ há pouco, que processará a Folha de S.Paulo por causa da matéria sobre um suposto esquema de financiamento privado da campanha de Jair Bolsonaro via WhatsApp.

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Fonte:
O Antagonista

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