Bolsonaro diz que Brasil voltará a ser líder global na produção de etanol

Publicado em 29/10/2018 20:18

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que o Brasil voltará a liderar a produção de etanol no mundo, após ter perdido a posição para os Estados Unidos já há algum tempo.

"No passado, fomos líderes nessa área e vamos voltar a ser com toda certeza brevemente", declarou ele, em vídeo gravado antes da eleição e apresentado nesta segunda-feira, em congresso do setor em São Paulo.

"É muito importante, estamos combatendo a emissão de CO2 e trazendo algo nosso para dar energia ao Brasil. Contêm conosco, seremos parceiros nessa questão", acrescentou.

Setor de açúcar do Brasil espera resolver salvaguarda da China sem painel na OMC, diz Unica

SÃO PAULO (Reuters) - O setor de açúcar do Brasil, o maior exportador global do adoçante, está na expectativa por uma reunião ainda neste ano com autoridades chinesas para discutir as “salvaguardas” impostas por Pequim às importações da commodity, sem necessidade de abertura de painel na Organização Mundial do Comércio (OMC), disse um dirigente nesta segunda-feira.

O Brasil lançou no último dia 22 uma denúncia contra a China na OMC para contestar as restrições chinesas às importações de açúcar. O gigante asiático tem 60 dias para tentar resolver o caso via negociações e, caso não o faça, o Brasil poderá lançar mão de um painel na entidade global.

Isso, contudo, não é o desfecho que o setor brasileiro tem em mente, afirmou o diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa.

"Estamos no aguardo de o governo chinês propor uma reunião de consulta ainda neste ano... Temos a perspectiva de que teremos uma negociação favorável, até porque temos argumentos muito fortes contra as ‘salvaguardas’", destacou ele a jornalistas no intervalo de conferência sobre o setor de açúcar e etanol em São Paulo.

Quando recorreu à OMC, o Brasil disse estar questionando a medida de "salvaguarda" da China sobre o açúcar importado, a administração de sua cota tarifária e seu sistema de "licenciamento automático de importação" para o açúcar extra-cota.

O recurso à OMC foi uma resposta à queda nas exportações brasileiras de açúcar desde que a China impôs uma tarifa adicional de 45 por cento no nao passado. A tarifa foi reduzida para 40 por cento em maio e será cortada para 35 por cento em maio de 2019.

Leão de Sousa afirmou ainda que na próxima semana haverá uma reunião em Bangcoc para se discutir as mudanças no setor de açúcar da Tailândia, que também foi alvo de questionamentos pelo Brasil. Em paralelo, o executivo disse que já estão sendo levantados dados para se contestar os subsídios ao segmento produtor do adoçante na Índia.

CNPE propõe mistura do biodiesel em 11% em 2019, aumentos anuais até B15 em 2023

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) propôs nesta segunda-feira elevar a 11 por cento a mistura do biodiesel no diesel vendido nos postos de combustíveis a partir de junho de 2019, ante os atuais 10 por cento, informou o Ministério de Minas e Energia (MME) em nota.

O aumento faz parte de uma proposta mais ampla para que ocorra um aumento gradual da mistura de um ponto percentual por ano, para atingir 15 por cento (B15) até março de 2023, o que dá previsibilidade e deve estimular investimentos no setor nos próximos anos, disseram produtores.

Além disso, uma maior mistura deve elevar a demanda por óleo de soja para a produção do biodiesel no país, o maior exportador global da oleaginosa.

Atualmente, cerca de 80 por cento do biocombustível é fabricado a partir do derivado de soja.

A evolução da mistura, no entanto, está condicionada à conclusão e resultados de testes determinados, disse o MME.

Com a medida, o MME previu em nota que a produção de biodiesel do país poderá crescer 85 por cento, para 10 bilhões de litros anuais, até 2023, "o que deve consolidar o Brasil como um dos maiores produtores de biodiesel no mundo".

Segundo o MME, pela primeira vez, a mistura do biodiesel ao diesel terá um cronograma previsível por vários anos seguidos.

O presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Carlos Battistella, disse em nota que a previsibilidade é uma das principais bandeiras da Aprobio, e por isso é muito bem-vinda a decisão do CNPE.

"Essa medida vai estimular novos investimentos na cadeia produtiva do setor, e tem potencial para transformar o Brasil no maior produtor e consumidor de biodiesel no mundo", afirmou.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior mercado de biodiesel do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Para o diretor-superintendente de outra associação do setor, a Ubrabio, Donizete Tokarski, é preciso levar em consideração também os benefícios sociais e ambientais inerentes à produção e uso do biocombustível.

"Não faz sentido que um país rico em biodiversidade como o nosso continue exportando soja... sem agregação de valor, quando poderia estar diversificando matérias-primas, ampliando a industrialização interna, gerando empregos, renda, investimentos e qualidade de vida", disse ele, em nota.

PRÉ-SAL

Nesta segunda-feira, o CNPE também estabeleceu nova resolução com revisões de regras e diretrizes para venda dos volumes de petróleo da União nos contratos de partilha de produção pela empresa Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).

"A medida viabiliza a contratação do agente comercializador e incentiva a venda preferencialmente por leilão com objetivo de maximizar os benefícios arrecadatórios para sociedade brasileira", disse o Ministério de Minas e Energia na nota.

Os recursos obtidos pela comercialização do petróleo e gás da União serão destinados ao Fundo Social, para fins de desenvolvimento social e regional.

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Fonte:
Reuters

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