Pós-eleições, empresas brasileiras se mobilizam para vender ações e refinanciar dívidas

Publicado em 02/11/2018 14:30

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Por Tatiana Bautzer e Carolina Mandl

SÃO PAULO (Reuters) - As empresas brasileiras voltaram a avaliar a venda de ações ou o refinanciamento de dívida à medida que as incertezas eleitorais, que paralisaram essas negociações, dão lugar a um otimismo após eleição do candidato preferido do mercado Jair Bolsonaro (PSL) como presidente da República, disseram cinco pessoas familiarizadas com o assunto à Reuters.

Uma das fontes, que pediu anonimato para dar detalhes das negociações sigilosas, disse que até 10 empresas discutem com banqueiros de investimento a venda de ações e outras cinco empresas avaliam transações com bônus até janeiro.

"Os bancos estão aconselhando as empresas a acessar os mercados de capitais até o final do ano ou no primeiro trimestre de 2019, durante a lua de mel dos investidores com o compromisso do Bolsonaro com políticas favoráveis ​​ao mercado", acrescentou a fonte. "É difícil dizer quanto tempo (a lua de mel) vai durar."

Os sinais de ressurgimento do mercado de capitais pós-eleições ressaltam o papel que o risco político e incertezas desempenham nas decisões dos investidores sobre dívida corporativa e ações no Brasil, a maior economia da América Latina.

Algumas das ofertas de ações previstas para os próximos meses já estavam em andamento, mas tiveram que ser suspensas por causa da volatilidade pré-eleitoral.

Entre as empresas que planejam ofertas públicas iniciais até o final do ano estão o banco de porte médio BMG e a empresa de tecnologia da informação Tivit Terceirização de Processos, Serviços e Tecnologia.

A holding de energia Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, também pode tentar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no primeiro trimestre, disseram duas das fontes que pediram anonimato. A oferta da Neoenergia foi suspensa duas vezes nos últimos dois anos porque os acionistas não puderam obter o valor que desejavam.

A distribuidora de eletricidade Light, já listada, também revelou planos para uma oferta de ações.

No ano passado, 34 empresas levantaram 12,8 bilhões de dólares com ofertas de ações, segundo dados da Refinitiv. Até agora neste ano, o montante arrecadado foi apenas metade disso - 6,3 bilhões de dólares em 14 ofertas.

Após a eleição, um número maior de empresas listadas em bolsa no Brasil podem se beneficiar das melhores condições de mercado para levantar capital.

As fontes disseram que empresas de energia, como a Equatorial Energia e Energisa, que precisam de capital para financiar aquisições e licitações em leilões do governo, poderiam vender ações adicionais. Energisa e Equatorial não comentaram o assunto.

REFINANCIAMENTO DE DÍVIDA

A dívida corporativa também pode experimentar um renascimento graças à vitória de Bolsonaro.

As emissões de bônus brasileiros no exterior, incluindo instrumentos soberanos, totalizaram 17 bilhões de dólares até setembro, uma queda de 53 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior.

No último mês, à medida que a eleição de Bolsonaro se tornava mais provável, os credit default swaps (CDS) de cinco anos da dívida soberana brasileira caíram 21 por cento. O CDS é um derivativo financeiro que efetivamente funciona como um seguro contra o não pagamento de títulos e outros instrumentos de crédito.

O spread soberano brasileiro sobre os rendimentos do Tesouro fechou em 228 pontos base na quinta-feira.

As fontes disseram que os maiores emissores de títulos do Brasil devem aproveitar a oportunidade para refinanciar a dívida em condições mais favoráveis.

A primeira companhia a oferecer títulos após a eleição pode ser a empresa de infraestrutura Invepar, que deve colocar 650 milhões de dólares em títulos a partir da próxima semana. A Invepar adiou sua oferta de outubro para este mês e ainda está em negociações com investidores, que exigiram rendimentos de até 10 por cento.

A Invepar não comentou imediatamente sobre o assunto.

A Petrobras anunciou na quarta-feira que refinanciou 1 bilhão de dólares em empréstimos bancários a custos mais baixos.

Até o momento, a Petrobras não anunciou nenhuma nova emissão.

Outra empresa que está reduzindo o custo da dívida é a mineradora Vale, disseram os banqueiros. O vice-presidente financeiro da Vale, Luciano Siani, afirmou em entrevista que a empresa atingiu sua meta de endividamento líquido antes do previsto. A empresa está cautelosa quanto a novas dívidas por causa do aumento das taxas de juros de referência nos Estados Unidos.

“Eleição de Bolsonaro detona onda de investimentos”

Murillo de Aragão, da Arko Advice, publicou no Twitter que a eleição de Jair Bolsonaro “detona onda de investimentos diretos” no país:

“Semana pós eleitoral anúncios ultrapassam 2 bilhões de reais (Dunlop, Nívea, Leroy Merlin, Condor, Havan, etc). Fração da inundação de investimentos que vêm por aí.”

“Com informações adicionais que recebi após meu post sobre investimentos no Brasil, o montante do que vai ser investido no Brasil já chega a 3 bi de reais.” 

Equipe de transição de Bolsonaro foca questão fiscal, quer zerar déficit em 2019

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro pretende mergulhar fundo nos dados e informações da economia, especialmente as questões fiscais, para montar um plano de zerar o déficit fiscal já em 2019, disse à Reuters uma fonte que acompanha de perto a transição.

O objetivo da equipe econômica de Bolsonaro é entrar em 2020 com o problema fiscal superado e com a garantia de um superávit sustentável para os próximos anos, ainda de acordo com a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

No ano que vem está previsto mais um déficit fiscal de aproximadamente 140 bilhões de reais. Esse será o sexto ano seguido de resultado fiscal negativo.

A equipe de transição de Bolsonaro começa a trabalhar na segunda-feira com os técnicos do atual governo de Michel Temer/

Até setembro, o déficit primário acumulado é de 59,3 bilhões de reais, o que abre a possibilidade de o déficit do ano ser menor que os cerca de 160 bilhões estimados pelo governo.

"A grande preocupação da equipe de transição é com equilíbrio fiscal já para 2019" , disse a fonte.

"O que se busca não uma solução para dizer que acabou, e sim que o equilíbrio seja permanente", adicionou.

Caberá à equipe de transição buscar os caminhos que poderão levar ao prometido equilíbrio fiscal no curto prazo.

Um consenso no grupo de Bolsonaro é a necessidade de corte de despesas para se buscar o almejado equilíbrio das contas. A redução no número de ministérios vai nessa direção, segundo a fonte, embora somente a redução de pastas não passe nem perto de ser uma solução para o problema fiscal.

O presidente eleito fala em reduzir para até 17 o total de pastas em seu governo.

"São menos gastos, secretários, comissionados e despesas de custeio...o efeito é muito pequeno, mas ajuda, claro", disse a fonte.

Especialistas avaliam que uma reforma da Previdência seria essencial para o equilíbrio das contas públicas, e Bolsonaro disse em entrevista na quinta-feira que a reforma será apoiada por sua equipe, com o objetivo de aprovação ainda no governo Temer. Ele ressaltou, no entanto, que a meta não seria já chegar a uma reforma ideal, mas "aquela que pode ser aprovada pela Câmara".

Outra alternativa importante para a redução do déficit seria viabilizar o leilão do excedente da cessão onerosa, que poderia obter algo perto de 100 bilhões de reais ao governo em troca de contratos para exploração de petróleo no pré-sal.

A realização do leilão, no entanto, ainda depende da aprovação de um projeto de lei pelo Congresso e de um acordo com a Petrobras.

"Não tem uma proposta definida e ainda vai ser fechado como tentar o equilíbrio", apontou a fonte.

Para economistas, PIB pode passar de 3% em 2019 se novo governo fizer reformas (no ESTADÃO)

A economia brasileira tem potencial de crescer mais de 3% no ano que vem se o novo governo conseguir aprovar as reformas, especialmente a da Previdência, e acelerar as privatizações, segundo economistas ouvidos pelo Estado. A dúvida dos especialistas é quanto à governabilidade do presidente eleito Jair Bolsonaro e sua capacidade de obter o apoio do Congresso e da sociedade para a aprovação das reformas.

“O grande calcanhar de Aquiles do Bolsonaro é a reforma da Previdência. Se ele conseguir passar uma reforma ampla e continuar as micro reformas encaminhadas pelo governo Temer, teríamos chance de um crescimento forte ano que vem, acima de 3%”, afirma o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. Por enquanto, ele trabalha com uma previsão de crescimento de 2,2%. A projeção incorpora a incerteza em relação à reforma da Previdência.

“O ponto mais sensível do cenário do governo Bolsonaro é a questão da governabilidade”, alerta Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria Integrada. Para a economista, que traça um cenário moderadamente otimista por causa da situação ruim das finanças públicas, o mais provável é um crescimento de 2% do PIB para 2019. Nessa estimativa, ela considera uma reforma da Previdência que não será nada extraordinária, nenhum grande pacote de privatizações e concessões e o câmbio apreciando um pouco e fechando 2019 em R$ 3,65. Isso deve permitir que o Banco Central mantenha a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano até o segundo semestre do ano que vem.

Dúvida

Na opinião do ex-diretor do BC, Alexandre Schwartsman, há espaço para crescer rapidamente, se o governo conseguir desatar o nó das contas públicas, encaminhar uma boa reforma da Previdência e reduzir a dívida pública. “Se conseguisse fazer isso, a economia poderia crescer de 3% a 3,5% em 2109. Mas não acho que isso vá acontecer.”

O economista não considera que o País cresça 3,5% porque acredita que dificilmente as reformas serão encaminhadas. Na sua opinião, em algum momento o novo presidente vai perceber que será politicamente custosa qualquer agenda que ele queira passar no Congresso.

Além disso, Schwartsman não aposta num cenário agressivo de privatizações, até porque as joias da coroa – Caixa, Banco do Brasil, Petrobrás e Eletrobrás – foram excluídas do pacote. Diante disso, o cenário mais provável para o PIB de 2019, na projeção do economista, varia entre 2% e 2,5%. O crescimento será um pouco mais forte do que o deste ano por causa da fase de “lua de mel” que marca geralmente o início de governos e do avanço do consumo, puxado pelo juro baixo.

Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra, projeta crescimento de 3% do PIB para 2019, mas admite que será difícil crescer tanto por causa da lenta recuperação do mercado de trabalho, muito apoiado em empregos informais e com de menores salários. “Fazer uma boa reforma da Previdência – não necessariamente a ideal – é imprescindível para melhorarmos as condições financeiras, como queda dos juros, alta da Bolsa, redução do risco Brasil.”

Crescimento do emprego nos EUA salta em outubro; a melhor em 49 anos

Segundo dados do Departamento do Trabalho, salários têm maior ganho anual em quase 10 anos

WASHINGTON — O crescimento do emprego nos Estados Unidos se recuperou com força em outubro e os salários registraram seu maior ganho anual em nove anos e meio, apontando para um aperto no mercado de trabalho que poderia encorajar o Federal Reserve a aumentar as taxas de juros novamente em dezembro.

O relatório mensal do Departamento de Trabalho mostrou que a taxa de desemprego está estável em 3,7%, taxa mais baixa em 49 anos, mesmo com mais pessoas entrando na força de trabalho, em um sinal de confiança no mercado de trabalho.

A força sustentada do mercado de trabalho pode aliviar os temores sobre a saúde da maior economia do mundo, após dados do setor de habitação fracos e uma parada nos gastos empresariais.

O presidente Donald Trump comemorou o sólido resultado, publicado menos de uma semana antes das próximas eleições legislativas intermediárias que decidirão se os republicanos ou os democratas controlarão o Congresso dos EUA.

"São números incríveis", escreveu Trump no Twitter.

Os dados de setembro foram revisados para mostrar mais 118 mil empregos em vez dos 134 mil originalmente reportados.

A geração de postos de trabalho no setor não-agrícola somou 250 mil empregos no mês passado, já que o emprego no setor de lazer e hospitaleiro se recuperou depois de ser pressionado pelo furacão Florence, que inundou a Carolina do Norte e Carolina do Sul em meados de setembro. Também houve ganhos nos setores manufatureiro, de construção e serviços profissionais e de negócios. Os dados de setembro foram revisados para mostrar 118 mil empregos adicionados, em vez dos 134 mil relatados anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 190 mil postos de trabalho em outubro e taxa de desemprego de 3,7%. O Departamento de Trabalho informou que o furacão Michael, que atingiu o enclave da Flórida em meados de outubro, "não teve efeito perceptível nas estimativas nacionais de emprego e desemprego para outubro".

Encomendas à indústria dos EUA sobem mais que o esperado em setembro

Um MV-22 Osprey dos fuzileiros navais é visto sobre o porto de Nova York durante evento. Encomendas de aeronaves militares impulsiona indústria dos EUA em setembro. 23/03/2018. REUTERS/Brendan McDermid

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WASHINGTON (Reuters) - Novas encomendas de produtos fabricados nos Estados Unidos cresceram mais que o esperado em setembro, mas os gastos corporativos menores em equipamentos sugerem que o setor de manufatura pode estar desacelerando.

As encomendas à indústria subiram 0,7 por cento em meio a forte demanda por equipamento de transporte, disse o Departamento do Comércio nesta sexta-feira. Os dados de agosto foram revisados para cima, mostrando que as encomendas às fábricas dispararam 2,6 por cento, em vez dos 2,3 por cento divulgados anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam que as encomendas industriais avançariam 0,5 por cento em setembro. Os pedidos cresceram 8,4 por cento na comparação com setembro do ano passado.

Escassez de trabalhadores, uma crescente e amarga guerra comercial entre os EUA e a China, um dólar forte e um crescimento econômico global em desaceleração estão reduzindo o ímpeto da indústria, que representa cerca de 12 por cento da economia dos Estados Unidos.

Em setembro, as encomendas de equipamento de transporte cresceram 1,9 por cento, refletindo um salto de 118,7 por cento nos pedidos de aeronaves de defesa e suas partes. As encomendas de equipamentos de transporte avançaram 13,3 por cento em agosto.

Pedidos de partes e aeronaves civis despencaram 17,5 por cento em setembro. Encomendas de veículos automotores subiram 0,5 por cento.

Índices europeus têm melhor semana desde dezembro de 2016 com esperanças sobre negociações comerciais

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Por Julien Ponthus e Helen Reid
 

LONDRES (Reuters) - Os mercados acionários europeus tiveram seu terceiro dia de ganhos nesta sexta-feira depois que o presidente Donald Trump alimentou esperanças de investigadores de que um acordo para encerrar a prolongada disputa sobre comércio poderia ser obtido com seu colega chinês Xi Jinping no fim do mês.

O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,19 por cento, a 1.430 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,28 por cento, a 364 pontos, seu nível mais alto desde 10 de outubro no início do pregão e encerrou sua melhor semana desde dezembro de 2016, com alta de 3,4 por cento na semana.

"Com o sentimento tanto na China e nos Estados Unidos prejudicado por tensões comerciais, não surpreende que apenas uma pista de progresso é suficiente para fazer os mercados subirem", escreveu o UBS, acrescentando, entretanto, que seu cenário básico previa que a disputa comercial iria piorar antes de melhorar.

Se por um lado as ações dispararam no início da sessão, elas fecharam próximas às mínimas do dia, com o peso da queda de ações nos EUA.

Fortes dados de empregos nos Estados Unidos diminuíram os ganhos das ações europeias e levaram as ações dos EUA ao vermelho durante a tarde, uma vez que a disparada nos salários contribuiu com sinais de um mercado de trabalho apertado, que poderia encorajar o Fed a elevar os juros novamente em dezembro.

Temor de uma guerra comercial ampla, crescentes rendimentos dos títulos dos EUA, desaceleração no crescimento chinês, risco político sobre a forma do Brexit e o governo populista da Itália foram culpados pelo "outubro vermelho" no mês passado, quando os índices sustentaram algumas de suas piores perdas em todo o mundo desde a crise de 2008.

O alemão DAX subiu 0,6 por cento, elevado por grandes exportadores, como a montadora Volkswagen, que avançou 4 por cento.

O índice europeu de montadoras liderou a alta, subindo 1,7 por cento, à medida que sinais de progresso nas negociações impulsionou o setor, visto como mais vulnerável.

Ações europeias de tecnologia subiram 1 por cento, ignorando os resultados decepcionantes da Apple, que levaram a uma queda de 7 por cento nas ações da fabricante do iPhone.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em alta de 0,19 por cento, a 1.429 pontos.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,29 por cento, a 7.094 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,6 por cento.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,32 por cento, a 5.102 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,07 por cento, a 19.390 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,43 por cento, a 89.993 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,70 por cento, a 4.979 pontos.

Ações chinesas disparam após notícia de que Trump busca acordo comercial com a China

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Por Andrew Galbraith e Noah Sin

XANGAI/HONG KONG (Reuters) - As ações da China dispararam na sexta-feira, impulsionadas pela notícia que de que presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está buscando um acordo comercial com o presidente chinês, Xi Jinping, e com os investidores aplaudindo uma nova promessa de Pequim de apoio a empresas privadas.

O índice de blue-chips CSI300 fechou em alta de 3,56 por cento, a 3.290,25 pontos, levando os ganhos da semana para 3,67 por cento. O índice Shanghai Composite subiu 2,7 por cento no dia, a 2.676,48 pontos, e acumulou avanço de 2,99 por cento na semana.

Apesar dos ganhos consideráveis, ambos os índices permanecem muito abaixo de seus níveis no final de 2017. O CSI300 perdeu 18,37 por cento este ano e o Shanghai Composite caiu 19,07 por cento, ressaltando as preocupações sobre o impacto da disputa comercial entre Pequim e Washington no lucros corporativos e no crescimento econômico global.

As empresas de produtos básicos de consumo registrou ganhos particularmente fortes, subindo 6,23 por cento durante no dia.

O sub-índice do setor financeiro subiu 2,65 por cento, as empresas do setor imobiliário avançaram 0,41 por cento e o sub-índice de saúde subiu 5,28 por cento.

As ações registraram ganhos sólidos em toda a sessão matutina, e se recuperaram ainda mais na segunda parte do pregão, após notícia da Bloomberg afirmar que Trump está interessado em chegar a um acordo comercial com Xi na cúpula do G20 na Argentina no final deste mês, e determinou a autoridades norte-americanas para começarem a redigir os termos potenciais.

A notícia veio depois que os dois líderes expressaram otimismo sobre a resolução de suas disputas comerciais após um telefonema. A incerteza sobre o comércio global tem sido um dos principais fatores por trás da recente derrocada do mercado acionário, com dados econômicos recentes apontando para um aprofundamento do impacto global da guerra comercial.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,56 por cento, a 22.243 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 4,21 por cento, a 26.486 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 2,70 por cento, a 2.676 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 3,56 por cento, a 3.290 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 3,53 por cento, a 2.096 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,63 por cento, a 99.906 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 1,81 por cento, a 3.116 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,14 por cento, a 5.849 pontos.

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Fonte:
Reuters

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3 comentários

  • Elói Petry Batista Cerro Largo - RS

    O novo governo começa mal. Não bastasse declarações desastradas com relação a China, nosso maior parceiro comercial. Agora o anúncio de transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Será que a equipe de Bolsonaro desconhece o fato de que em 2017 exportamos 11.6 bilhões para o Oriente Médio e somente 500 milhões para Israel. O alinhamento automático aos EUA vai quebrar o agronegócio brasileiro. Espero que os representantes do setor atuem com urgência junto ao novo governo. Se o agronegócio quebrar, o Brasil quebra junto.

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    • adegildo moreira lima presidente medici - SC

      Elói, sem entrar no mérito, apesar da promessa de levar a embaixada para Jerusalém era de campanha, vc certamente quem são os detentores do dinheiro no mundo!

      4
    • Elói Petry Batista Cerro Largo - RS

      Adeildo, espero de Bolsonaro menos ideologia e mais pragmatismo. Exemplo: Santa Catarina exporta carne suína para Rússia. O alinhamento automático aos EUA irá prejudicar nossos produtores.

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    • ivan ribeiro couto junior rio de janeiro - RJ

      ADEGILDO, e cadê este dinheiro? Ainda não vi ele por aqui......

      0
  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Diz-se que a civilização do Ocidente (em Latim: occidens: pôr do sol, oeste), sofreu influência dos filósofos gregos, Sócrates, Platão e Aristóteles, além de muitos outros, cujas doutrinas filosóficas se baseavam na lógica e, na razão.

    Quando vemos os movimentos financeiros atuais, que são da ordem dos trilhões de dólares, não entendemos o porquê dessas migrações entre os quatro pontos cardeais.

    As notícias econômicas, que falam sobre o setor da economia, do Brasil, trazem no seu bojo um fator que tem um grande peso nas atitudes do ser humano: A esperança.

    Veja que esse sentimento de quem vê como possível a realização do seu desejo e, traz consigo a confiança de boa fé, crença na probidade moral, na sinceridade, lealdade. Isso tudo é o que representa o recém eleito presidente do Brasil, para seus eleitores.

    Mas, voltando ao início. Platão defendia com sua teoria das ideias, na qual a verdadeira realidade estaria no mundo das ideias, sendo acessível apenas à razão.

    Embora essa faculdade intelectual (razão), que distingue o ser humano dos outros animais, ela sofre interferências a priori de sentimentos, como a esperança, que pode não apresentar "razões lógicas".

    Enfim, por isso que o ser humano tem que viver para aprender...

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Complementando.... Isso quer dizer, que se sou portador daquele argumento mais convincente, não quer dizer que estou com a razão. ... .... Se existe um caminho para que o Brasil deixe de ser "O País do Futuro" e se torne "O País do Presente", espero com toda a minha esperança que os governantes desse governo recém eleito e que tomara posse no próximo ano, nos conduza por este caminho.

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  • EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR

    O título desta matéria mostra o resultado do Cara que para o Dalzir nada fez em seus 27 anos de Congresso. Parece que não fecha com o que o Dalzir tem alegado.. Ou as empresas não entendem de nada ou é o Dalzir que realmente não entende nada da porteira para fora ....

    Tenho visto nas mídias um grande número de empresas estrangeiras retomando seus investimentos no Brasil ....

    Explica aí Dalzir, detone suas teses de sabe-tudo e nos explique esses movimentos da economia...

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Mais uma vez da porteira pra fora você escorrega de cegueira... Realmente eles tem que vender as acoes e rápido...pois depois do homi assumir e pelos desmandos e falta de comando e liderança ate agora e passado a onda e alua de mel devem andar de lado e cair...então os caras estão aproveitando...o seu candidato ainda nem assumiu e já baixou as calças para ONGs ambientalista s...que vergonha ...que feio..e nem assumiu...vai longe o capitão..

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    • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS

      A eleição já foi decidida e qualquer brasileiro bem informado sabe que Bolsonaro vai ser muito melhor para o Brasil do que um governo PT... Então senhores agora temos que pensar em melhorar essa nação, não adianta ficar um provocando o outro. E como fala nosso amigo João.....E VAMOS EM FRENTE.

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