Petrobras corta preço médio da gasolina nas refinarias em 6,35% para menor nível desde abril

Publicado em 05/11/2018 19:03

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras <PETR4.SA> reduzirá o preço médio da gasolina nas refinarias em 6,35 por cento a partir de terça-feira, no maior corte já feito pela estatal desde o anúncio de uma política de reajustes até diários do combustível, em vigor desde julho do ano passado.

Com a alteração, o valor médio do combustível cairá para 1,7293 real por litro, o menor valor desde o 1,7199 real visto em 20 de abril, conforme informações do site da petroleira compiladas pela Reuters.

O movimento ocorre após a empresa já ter realizado um amplo corte em 31 de outubro, de 6,2 por cento, o maior que havia acontecido até então.

O corte se dá em meio a uma valorização do real <BRL=> ante o dólar e também a um enfraquecimento das referências internacionais do petróleo <LCOc1>, <CLc1>, parâmetros utilizados pela companhia para a formação de preços dos combustíveis.

O preço médio do diesel, por sua vez, segue congelado devido ao programa de subsídios lançado pelo governo em junho, em resposta à histórica greve de caminhoneiros contra o alto preço do combustível.

Devido ao programa, a petroleira deve praticar o preço do diesel dentro de limite máximo estabelecido pelo governo, contando com ressarcimento de até 30 centavos por litro. O limite máximo é ajustado a cada mês.

Petrobras elevará preço médio do botijão de gás de cozinha em 8,5% nesta terça-feira

Tanques da Petrobras na refinaria President Bernardes em Cubatão, Brasil
anques da Petrobras na refinaria President Bernardes em Cubatão, Brasil 08/06/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras elevará em 8,5 por cento o preço médio do botijão de gás de cozinha de 13 kg, para 25,07 reais, a partir de terça-feira, informou a companhia em comunicado.

O preço às distribuidoras estava congelado desde julho. Segundo a estatal, o aumento ocorre principalmente devido a desvalorização do real frente ao dólar e a elevações nas cotações internacionais do GLP.

Com isso, a empresa explicou que o botijão acumulará alta de 0,69 real, ou 2,8 por cento desde janeiro, quando passou a ter reajustes trimestrais.

A referência para os preços, segundo a Petrobras, continua a ser a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5 por cento.

Em sua metodologia para o gás de cozinha, a Petrobras busca suavizar possíveis impactos de volatilidade externa em seus preços. Embora tenha citado uma alta do dólar, a moeda norte-americana está sendo negociada abaixo das máximas históricas atingidas em setembro, com os desdobramentos eleitorais aliviando preocupações do mercado.

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) afirmou nesta segunda-feira que o ajuste anunciado deixará o preço praticado pela Petrobras, para as embalagens de até 13 quilos, aproximadamente 29 por cento abaixo do preço de paridade internacional.

O valor do GLP empresarial, embalado em botijões de mais de 13 kg, está 52,4 por cento acima do preço do GLP para gás de cozinha.

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Renato Luiz Hannisch Santa Maria - RS

    Bem, se a referência para os preços do GLP, segundo a Petrobras, "continua a ser a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5 por cento", por que o governo brasileiro também não se baseia no salário mínimo dos europeus?

    Tbm poderia utilizar como referência o padrão de vida europeu, onde, no geral, há melhores estradas, segurança, escolas, universidades e tal.

    Por que somente o valor do gás europeu é referência para os reajustes praticados no Brasil?

    Abre o olho pessoal!...

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    • geraldo gentile Ibaiti - PR

      Políticas diferentes. O que veda o aumento do salário mínimo é o deficit Previdenciário, pois seus benefícios não podem - por determinação legal - serem inferiores ao salário mínimo federal.

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