Ibovespa retoma viés positivo com exterior, sem tirar balanços e transição de governo do radar

Publicado em 07/11/2018 10:30

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista retomava sua trajetória positiva nesta quarta-feira, alinhada ao viés benigno em praças financeiras no exterior, onde agentes financeiros repercutiam resultado da eleição parlamentar nos Estados Unidos, enquanto no cenário doméstico as atenções continuam voltadas para a temporada de balanços e a transição de governo.

Às 11:15, o Ibovespa subia 0,39 por cento, a 89.015,67 pontos. O volume financeiro somava 2 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa caiu 1,04 por cento, para 88.668,92 pontos, em sessão marcada por realização de lucros após quatro altas seguidas, sendo que na segunda-feira o índice atingiu a máxima histórica de fechamento de 89.598,16 pontos.

Nos EUA, o Partido Democrata conquistou o controle da Câmara dos Deputados, enquanto o Partido Republicano continuou na liderança do Senado, em linha com as expectativas.

A equipe da XP Investimentos, contudo, não descarta alguma volatilidade no mercado em razão do resultado, uma vez que, com as casas divididas, os democratas devem bloquear a agenda doméstica de Donald Trump, como cortes de imposto e planos de infraestrutura, e assim o presidente norte-americano deve dar enfoque na política externa.

Por ora, contudo, a repercussão era benigna, com agentes financeiros avaliando que o resultado tende a diminuir estímulos fiscais nos EUA e, consequentemente, a chance de uma aceleração no aperto monetário pelo banco central norte-americano.

No Brasil, além da temporada de balanços, o foco permanece voltado para os planos do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, que se reúne com o presidente Michel Temer na tarde desta quarta-feira. Há expectativa de que eles discutam sobre a reforma da Previdência, considerada crucial por investidores para a melhora da perspectiva do país.

Durante encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, nesta manhã, Bolsonaro prometeu tratar com velocidade as reformas da Previdência e tributária, além da questão da segurança pública, para lidar com desafios que o país enfrenta, afirmando que o Brasil atravessou "gravíssimas" crises ética e econômica. [nE5N1SW02R

DESTAQUES

- ULTRAPAR subia 2,25 por cento, antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre, após o fechamento do pregão. No começo da semana, o Credit Suisse disse esperar resultado fraco, afetado principalmente pelas margens fracas da divisão Ipiranga. Os papéis tiveram forte recuperação em outubro (+18,5 por cento), mas ainda acumulam queda de 40 por cento em 2018.

- JBS valorizava-se 2,04 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, tendo de pano de fundo anúncio na véspera de que assinou memorando de entendimentos com a gigante chinesa de e-commerce Alibaba para vender carnes na China, um acordo que pode movimentar até 1,5 bilhão de dólares em três anos.

- CEMIG PN tinha elevação de 1,99 por cento, ainda apoiada nas expectativas em relação a uma eventual privatização da elétrica mineira, após comentários nessa direção do governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema.

- GERDAU PN avançava 0,65 por cento, após balanço do terceiro trimestre, com um salto de 445,5 por cento no lucro líquido, para 791 milhões de reais, enquanto o Ebitda ajustado atingiu 2,013 bilhões de reais, configurando o melhor resultado desde 2008. A siderúrgica também anunciou a distribuição de 221 milhões de dividendos a acionistas.

- TIM subia 1,11 por cento, após anunciar lucro líquido de 1,338 bilhão de reais no terceiro trimestre, montante 379,3 por cento superior ao do mesmo período do ano passado, refletindo um crédito fiscal de 950 milhões de reais. O Ebitda foi de 1,66 bilhão de reais, um avanço de 8,6 por cento. A rival TELEFÔNICA BRASIL caía 0,9 por cento.

- MAGAZINE LUIZA perdia 3,15 por cento, ainda afetada por movimentos de realização de lucros após resultado do terceiro trimestre com queda em margem, eenquantoa varejista sinalizou que seguirá focando em crescimento e não em margem. No setor B2W recuava 1,85 por cento.

- PETROBRAS PN ganhava 0,66 por cento, favorecida pelo avanço dos preços do petróleo no exterior.

- VALE tinha acréscimo de 1,12 por cento, alinhada ao avanço de mineradoras no exterior.

- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 0,53 por cento, enquanto BRADESCO PN cedia 0,33 por cento. BANCO DO BRASIL subia 0,64 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT avançava 1,16 por cento.

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Fonte:
Reuters

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