“Brasil está saindo de uma gestão socialista para uma economia liberal”, diz Eduardo Bolsonaro à Fox News

Publicado em 01/12/2018 18:33
em O Antagonista

Em entrevista ao jornalista Lou Dobbs, da Fox News, Eduardo Bolsonaro destacou as escolhas de Sergio Moro como ministro da Justiça e de Paulo Guedes para a área econômica.

O deputado disse ainda que o Brasil se prepara para passar por uma série de privatizações e reformas.

“Estamos muito otimistas porque o Brasil está mudando de uma gestão extremamente socialista para uma economia muito mais liberal. O que eu vim fazer aqui nos Estados Unidos é dar os primeiros passos para o resgate da nossa credibilidade e mandar uma mensagem clara de que nunca mais seremos um país socialista.”

Bolsonaro diz que acredita na ciência ao falar de aquecimento global, mas critica países europeus (Reuters)

(Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse neste sábado que acredita na ciência ao ser questionado sobre a existência do aquecimento global, mas criticou a preservação de florestas pelos países europeus, muitos dos quais fazem dura defesa de acordos sobre mudanças climáticas.
 

"Eu acredito na ciência e ponto final. Agora o que que a Europa fez para manter as suas florestas, as suas matas ciliares? O que que eles fizeram? Querem dar palpite aqui?", afirmou Bolsonaro, após participar de cerimônia da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro, que disse no fim de outubro que não retiraria o Brasil do Acordo de Paris após ter ameaçado fazê-lo durante a campanha presidencial, reiterou neste sábado que a fiscalização ambiental em seu governo mudará em relação ao modelo de hoje, que criticou duramente.

Também pontuou que as atuais políticas para indígenas e para o meio ambiente não trabalham em prol do Brasil, mas respondem a interesses de fora do país.

"Sou defensor do meio ambiente, mas dessa forma xiita, como acontece, não. Não vou admitir mais Ibama sair multando a torto e a direito por aí, bem como ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Essa festa vai acabar", disse.

A jornalistas, ele afirmou ter recebido uma multa de 10 mil reais do Ibama por evento registrado "numa hora e dia onde eu tinha botado o dedo no painel de votação em Brasília".

"Estou na iminência de entrar na dívida ativa. Vou pagar essa multa? Vou. Mas eu sou uma prova viva do descaso, da parcialidade e do péssimo trabalho prestado por alguns fiscais do Ibama e ICMBio", afirmou.

Bolsonaro disse ainda que o comando do ministério do Meio Ambiente não foi definido e que está tendo dificuldade para bater o martelo em meio aos nomes "muito bons" que analisa.

Sobre a configuração da Esplanada, destacou que o número atual está em 20 ministérios e que "vai ficar mais ou menos por aí". Antes, chegou a falar em 17 pastas como teto. Neste sábado, apontou que, de qualquer forma, o retrato final será mais enxuto que o de hoje.

MILITARES

O presidente eleito também defendeu a aprovação no Congresso de medida provisória sobre reestruturação da remuneração dos militares das Forças Armadas.

"O parlamento, juntamente com o Senado, tem que votar a Medida Provisória 2.215 de modo que nós tenhamos uma lei de remuneração que nos atenda e reconheça o valor dos integrantes das Forças Armadas", afirmou.

Ele se disse contrário, contudo, à Proposta de Emenda à Constituição 300, que define que o piso salarial dos policiais civis e militares e dos bombeiros seja estabelecido por uma lei federal, com concomitante criação de um fundo para ajudar Estados a arcar com os valores.

Segundo Bolsonaro, essa dinâmica é vedada pela Constituição, já que os Estados é que devem pagar os salários dos servidores estaduais.

(Por Marcela Ayres)

Bolsonaro: “Vamos proporcionar meios para que o índio seja igual a nós”

Depois de participar da formatura dos novos oficiais do Exército em Resende, Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro voltou a criticar neste sábado a Funai.

Segundo o presidente eleito, o órgão indigenista impede que o índio tenha “um tratamento adequado”.

“O índio quer médico, quer dentista, quer televisão, quer internet. Vamos proporcionar meios para que o índio seja igual a nós.”

“Essa festa vai acabar”, diz Bolsonaro sobre multas do Ibama

Depois de participar de solenidade na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que não vai mais admitir que o Ibama saia “multando a torto e a direito”.

“Não haverá mais aquela briga do Ministério da Agricultura e o Meio Ambiente. Eu quero defender, sou defensor do meio ambiente, mas não dessa forma xiita como acontece, não”, afirmou.

“Não vou mais admitir o Ibama sair multando a torto e a direito por aí, bem como o ICMbio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]. Essa festa vai acabar.”

Bolsonaro analisa seis nomes para o Meio Ambiente

Na última sexta-feira, em conversa com jornalistas em Resende, Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro disse que há seis nomes sendo analisados para o Ministério do Meio Ambiente, registra o Valor.

“O pessoal do meio ambiente, parte deles, vai entender que não é dono do meio ambiente no Brasil. Quero preservar o meio ambiente, mas não da forma que eles vêm fazendo nos últimos anos. A multa no campo, 40% vai para ONG. Isso vai deixar de existir por decreto presidencial. Vai ser diferente, o ambiente vai ser respeitado e não vou perseguir mais o produtor rural.”

‘Nome de Graziano não está descartado’ (ESTADÃO)

Com três nomes na banca de apostas para comandar o Ministério do Meio Ambiente, o presidente eleito afirmou neste sábado, 1, que o nome do agrônomo Xico Graziano “não está descartado”. Os outros dois candidatos são Ricardo Salles e Ricardo Soavinski. Graziano foi chefe de gabinete do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Recentemente, ele saiu do PSDB.

“Coloquei para ele (Graziano) os problemas que temos e ele é extremamente favorável a atender o que eu propus a ele”, disse Bolsonaro, citando como exemplo o grande volume, segundo ele, de multas aplicadas pelo Ibama. “O homem do campo não pode ter gente no governo maltratando quem produz”, acrescentou em evento em Resende (RJ).

O acordo entre Bolsonaro e Moro

Ao ser questionado neste sábado sobre o inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar Paulo Guedes, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse que tem um acordo com Sergio Moro para afastar qualquer integrante de seu governo quando uma denúncia for considerada robusta.

“Nos demais casos, como conversado com o Sergio Moro, qualquer robustez em denúncia, nós afastaremos o respectivo ministro independente de quem ele seja”, acrescentou Bolsonaro.

“Investigação do Paulo Guedes desconheço”, diz Bolsonaro

Jair Bolsonaro foi questionado neste sábado sobre o inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar Paulo Guedes por supostos crimes contra fundos de pensão, relata a Folha.

“Investigação do Paulo Guedes desconheço. Eu integro o Poder Legislativo no momento e integrarei o Executivo. Isso compete ao Judiciário. Eu sou réu e daí. Vão me questionar agora? Sou réu no Supremo Tribunal Federal. Todo mundo que converso diz que é uma coisa que beira ao absurdo por defender uma mulher vítima de estupro. Isso é justo?”, respondeu o presidente eleito.

“Nos demais casos, como conversado com o Sergio Moro, qualquer robustez em denúncia, nós afastaremos o respectivo ministro independente quem ele seja”, acrescentou Bolsonaro.

Onyx diz que base do governo terá mais de 350 parlamentares

Em entrevista concedida a Roberto d’Ávila, na GloboNews, Onyx Lorenzoni disse que o governo terá uma base aliada superior a 350 parlamentares, “sem toma lá, dá cá”.

“Estamos numa fase bem adiantada de diálogo com bancadas. Eu visitei duas bancadas, a do MDB e PR e, da semana que vem até o Natal, o presidente vai receber todas as bancadas do nosso campo político.”

Bolsonaro diz que deseja se aprofundar mais sobre acordo Mercosul-UE antes de definir apoio

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(Reuters) - O Brasil adotará uma postura de prudência sobre as negociações comerciais entre o Mercosul e a União Européia e vai se aprofundar no teor das tratativas entre os dois blocos iniciadas há anos para só então tomar uma posição, disse nesta sexta-feira o presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Ele afirmou que conversou com o futuro Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que pediu para que ele olhasse com mais cautela e detalhes os termos do potencial acordo entre os blocos.

“O Macron (presidente francês) está defendendo a França e esse acordo Mercosul e UE atinge interesses da França que também atua no agronegócio. A partir do momento que querem diminuir os exportáveis nossos como comodities logicamente não pode contar com o nosso apoio“, disse ele a jornalistas em Guaratinguetá.

“Mas não é um não em definitivo; vamos negociar. Conversei com o presidente Macri da Argentina e ele queira que eu apoiasse antecipadamente esse acordo, conversei com o futuro ministro Ernesto e ele recomendou ter um pouco mais de prudência para que o Brasil não perca mercado aí fora”, acrescentou Bolsonaro.

A declaração ocorre um dia depois de o presidente eleito ter recebido em sua casa, no Rio de Janeiro, o assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, em um encontro na direção a uma aproximação maior entre os dois países no campo comercial.

Bolsonaro disse que o Brasil “cansou de eleger gente que odiava os Estados Unidos” e que seu objetivo é governar mais próximo dos norte-americanos.

O presidente eleito informou que nos próximos dias vai anunciar os nomes de mais dois ministros. Nesta sexta, anunciou o almirante Bento Albuquerque para o Ministério de Minas e Energia.

Bolsonaro acrescentou que a conclusão da obra de Angra 3 é uma prioridade do seu governo e não se pode prescindir dessa fonte de energia, além das fontes renováveis

Ele voltou a dizer que a escolha para o Ministério do Meio Ambiente será de uma pessoa que não seja xiita nem favorável à chamada indústria de multas, porque “não se pode atrapalhar o desenvolvimento do nosso país”.

MALTA E PARTIDOS

Ao ser questionado se o senador Magno Malta (PR-ES) teria um cargo em seu governo, Bolsonaro disse que fez campanha sem prometer cargos.

“Magno Malta não vai ficar abandonado. Ele pode participar do governo, mas não tem função para ele ainda. Os cargos de ministério estão se esgotando”, afirmou ele

Bolsonaro minimizou ainda os riscos de evitar negociar com partidos a formação de seu governo e dar preferência às bancadas temáticas. Ele disse que a agenda político-partidária começa na semana que vem.

“Atender agremiações deu errado... o Parlamento é responsável e se dermos errado todo mundo perde e os parlamentares sabem da crise ética, moral e econômica. O presidente não faz nada sozinho.”

A consolidação do crescimento (editorial do ESTADÃO)

Consumidores e empresariado estão retomando confiança

Embora modesto, de 0,8% sobre uma base de comparação fortemente deprimida pela greve dos caminhoneiros ocorrida em maio, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre foi impulsionado por fatores que sinalizam a recuperação da confiança dos consumidores e do empresariado. O ambiente econômico, passadas as tensões do período eleitoral, está se tornando mais promissor para a retomada mais segura, embora ainda lenta, do crescimento da economia. São positivas as expectativas com relação ao próximo governo, comprometido com a livre-iniciativa e, pelo menos no discurso, com as reformas necessárias para equilibrar as finanças públicas. Se essas reformas, como a das regras das aposentadorias e pensões, avançarem, 2019 acumulará resultados melhores do que os que vêm sendo registrados.

A greve dos caminhoneiros, que prejudicou o fluxo de mercadorias nos dez últimos dias de maio, afetou duramente a produção e o comércio nos meses seguintes, o que retardou a consolidação do crescimento que se observava até então. Os resultados do terceiro trimestre do ano divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sugerem que esse hiato de crescimento está sendo superado e que vão se criando condições para um desempenho mais firme da economia nos próximos meses.

Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, o PIB vinha crescendo ao ritmo de 0,2% desde o último trimestre do ano passado. O aumento de 0,8% no terceiro trimestre de 2018 é o maior, na comparação com o trimestre anterior, desde o período janeiro-março de 2017. Na comparação com igual período do ano passado, o aumento foi de 1,3%. Aferido em períodos mais longos, o resultado é ainda melhor. No acumulado em quatro trimestres, em relação a igual período do ano anterior, a expansão foi de 1,4%.

Ressalve-se que, em razão da intensidade e da extensão da recessão decorrente do desastre da política econômica do governo Dilma Rousseff, os resultados positivos que vêm sendo acumulados desde o ano passado são insuficientes para compensar o que se perdeu na crise. Mesmo com a alta do terceiro trimestre, o PIB está 5,0% abaixo de seu pico, registrado no primeiro trimestre de 2014 e igual ao nível registrado no primeiro semestre de 2012. Ainda há um longo caminho a percorrer até que se reponha o que o desastre dilmista fez o País perder.

O grande destaque entre os fatores de crescimento do PIB neste ano está sendo o consumo das famílias. Desde o fim da recessão, o PIB registra crescimento acumulado de 3,3%, mas o consumo das famílias aumentou 4,2%. Esse consumo vem crescendo de maneira contínua há seis trimestres, tendo registrado expansão de 1,4% na comparação com o período de julho a setembro do ano passado. A redução da taxa de juros, inclusive para os financiamentos de bens de consumo, o acesso mais facilitado ao crédito e a recuperação do nível de emprego e da renda real média das pessoas ocupadas estão estimulando as compras e reforçando a confiança das famílias.

Do lado da oferta, cresceu a produção da indústria, sobretudo a de transformação (aumento de 2,3% no ano, na comparação com 2017), que compensou o mau resultado da indústria de construção, o único segmento que ainda registra queda. O crescimento de 2,5% do PIB da agropecuária no terceiro trimestre na comparação com igual período do ano passado é mais uma demonstração da pujança desse segmento, que tem assegurado resultados expressivos da balança comercial e contribuído para manter a inflação baixa.

Da mesma forma, investe-se mais, como resultado da maior confiança também do setor empresarial. A expansão de 6,6% na formação bruta de capital fixo no terceiro trimestre em relação ao segundo resulta em boa parte de uma circunstância contábil, o registro como importação de plataformas de exploração de petróleo que já operavam no País. Mas, excluído esse fator, o aumento dos investimentos é expressivo, de 2,7%.

São dados que alimentam a esperança de um 2019 melhor.

 
 
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Fonte:
Reuters/Estadão/O Antagonista

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1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Li num artigo a palavra "desestalinização", cujo significado é desmontar o misticismo criado sobre Stalin.

    Joseph Stalin governou a URSS de 1920 até a sua morte em 1953, foi Secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética.

    Temos aqui no Brasil, um trabalho de "deslulanização". Embora seja outra época e, o demiurgo brasileiro se encontre preso. Há muitos babacas que o veneram. Mas o trabalho hercúleo, vai ser desmontar o "Cavalo de Tróia", montado na máquina estatal, pois se existe uma coisa que os socialistas são extremamente competentes é aparelhar a máquina pública. A máquina está cheia de "cumpanherada".

    Não seria a hora de pensar seriamente na "estabilidade" do servidor público?

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