China está confiante de que pode fechar acordo comercial com EUA; Trump exige "acordo concreto"

Publicado em 05/12/2018 07:53

Por John Ruwitch

XANGAI (Reuters) - A China manifestou confiança nesta quarta-feira de que pode chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos, apesar das novas advertências do presidente Donald Trump de que pode impor mais tarifas se os dois lados não resolverem suas diferenças.

As declarações do Ministério do Comércio da China seguem um período de relativa calma de Pequim depois que Trump e o líder chinês Xi Jinping chegaram a uma trégua temporária em sua guerra comercial em uma reunião durante um jantar na Argentina no sábado.

Em uma breve declaração em seu site, o ministério disse que a China vai tentar trabalhar rapidamente para implementar questões específicas já acordadas, já que os dois lados "promovem ativamente o trabalho das negociações dentro de 90 dias, de acordo com um cronograma e roteiro claros".

"Estamos confiantes na implementação", disse, chamando as últimas negociações bilaterais de "muito bem-sucedidas".

Trump, via Twitter, ofereceu a possibilidade de uma extensão da trégua, mas advertiu que as tarifas podem voltar à mesa se as negociações não renderem frutos.

"As negociações com a China já começaram. A menos que sejam prorrogadas, elas terminarão em 90 dias a partir da data de nosso jantar com o presidente Xi na Argentina", publicou Trump em sua conta no Twitter.

Ele disse que vai impor "grandes tarifas" sobre produtos chineses importados para os Estados Unidos se seu governo não conseguir chegar a um acordo comercial efetivo com Pequim.

O Ministério das Relações Exteriores da China encaminhou perguntas específicas ao Ministério do Comércio, que deve realizar sua coletiva de imprensa semanal na quinta-feira em Pequim.

"Esperamos que as duas equipes de trabalho de ambos os lados possam, com base no consenso alcançado entre os líderes dos dois países, fortalecer as consultas e chegar a um acordo mutuamente benéfico em breve", disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

Fonte: Reuters

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