Credit Suisse encerra reestruturação com plano de recomprar até US$3 bi em ações

Publicado em 12/12/2018 12:49

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Por Brenna Hughes Neghaiwi

ZURIQUE (Reuters) - O Credit Suisse planeja recomprar 2 bilhões a 3 bilhões de francos suíços (2 bilhões a 3 bilhões de dólares) em ações nos próximos dois anos e aumentar os dividendos, expressando confiança de que sua estratégia está funcionando depois de uma dolorosa reestruturação de três anos.

O segundo maior banco da Suíça confirmou o compromisso de distribuir metade do lucro líquido aos acionistas, principalmente com recompras ou dividendos especiais, oferecendo um agrado para os investidores que tiveram que suportar fortes quedas no preço das ações durante os três anos e meio de mandato do presidente-executivo Tidjane Thiam.

Concentrando-se na gestão de ativos para os mais abastados do mundo, particularmente os mais ricos empreendedores da Ásia, o Credit Suisse espera aumentar a lucratividade, apesar de desafios como mercados instáveis e aversão ao risco entre os investidores mais afortunados.

"Achamos que a estratégia está funcionando", disse Thiam nesta quarta-feira em encontro com investidores do banco em Londres. "As ações tomadas durante a reestruturação significam que o banco está mais resiliente diante da turbulência do mercado".

O Credit Suisse espera alcançar um lucro antes de impostos de 3,2 bilhões a 3,4 bilhões de francos em 2018, atingindo lucro anual pela primeira vez desde 2015.

O objetivo é aumentar os ganhos no médio prazo, confirmando sua meta de 10 a 11 por cento de retorno sobre o patrimônio tangível para 2019, superando 12 por cento até 2021, ante 6 por cento esperado para este ano.

A empresa planeja aumentar seu dividendo em pelo menos 5 por cento ao ano a partir de 2019.

O banco encerra este mês o programa de reestruturação, que cortou custos ao reduzir as atividades mais arriscadas de banco de investimento, diminuir custos de financiamento, encerrando negócios não estratégicos e cortando milhares de empregos.

As ações perderam quase metade do valor desde que Thiam, ex-presidente-executivo da seguradora Prudente, assumiu a administração do banco em julho de 2015, caindo quase 56 por cento em comparação com a queda de 38 por cento do índice bancário europeu.

(Por Berna Hughes Negai)

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Fonte:
Reuters

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