Vendas de cimento no Brasil devem voltar a subir em 2019 após 4 anos de queda, diz Snic

Publicado em 08/01/2019 20:58

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de cimento no Brasil devem voltar a crescer em 2019 após quatro anos consecutivos de queda, disse nesta terça-feira o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), destacando a melhora da confiança em diversos setores da economia.

A entidade projeta aumento próximo a 3 por cento nas vendas do material em 2019, levando em consideração o impacto positivo da aprovação da nova regra de distrato de imóveis na indústria de construção civil.

No ano passado, houve retração de 1,2 por cento nas vendas sobre 2017, para 52,7 milhões de toneladas. Considerando apenas dezembro, as vendas caíram 0,2 por cento, para 4 milhões de toneladas, na comparação anual.

Produção de veículos no Brasil cresce 6,7% em 2018, Anfavea prevê alta de 9% neste ano

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas e a produção de automóveis no Brasil cresceram no ano passado, consolidando a recuperação após uma profunda recessão, apesar do fraco desempenho do setor nos últimos meses de 2018, disse a associação das montadoras, Anfavea, nesta terça-feira.

Segundo a entidade, as vendas de veículos no Brasil cresceram 14,6 por cento em 2018, enquanto a produção subiu 6,7 por cento, ambas em relação ao ano anterior.

O Brasil foi um dos cinco maiores mercados de automóveis do mundo até uma desaceleração recente e continua a ser uma importante base de operações para montadoras como Fiat Chrysler, Volkswagen, General Motors e Ford.

As vendas de veículos, no entanto, seguem 33 por cento abaixo do pico alcançado em 2012, embora 2018 tenha marcado o terceiro ano consecutivo de crescimento.

O presidente da Anfavea, Antonio Megale, previu alta de 11,4 por cento das vendas e de 9 por cento na produção em 2019.

A queda nas exportações para a Argentina, maior destino estrangeiro de veículos brasileiros, têm sido uma dor de cabeça recorrente. Megale disse que 2019 será um "ano muito complexo" para as exportações, com a Anfavea prevendo queda de 6 por cento nas exportações este ano, após recuo de 18 por cento em 2018.

"Ainda assim, as exportações representam apenas 22 por cento das vendas", disse Megale, "e tivemos alguns resultados positivos no Chile e na Colômbia, que estão crescendo."

Por montadoras no Brasil, o crescimento das vendas de automóveis e comerciais leves foi maior na Volkswagen, com impulso de 38,8 por cento em relação a 2017.

A General Motors foi a líder, respondendo por 18,5 por cento dos 2,1 milhões de carros vendidos no Brasil no ano. Isso representou um aumento de 12 por cento ano a ano para a GM.

Nenhuma das maiores montadoras do Brasil registrou quedas nas vendas em 2018, mostraram dados da Anfavea.

Os números mensais mostraram que as vendas de veículos no Brasil cresceram 1,6 por cento em dezembro ante novembro, enquanto a produção caiu em 27,4 por cento, Anfavea. No geral, as montadoras produziram 177,7 mil veículos novos em dezembro, enquanto as vendas somaram 234,5 mil unidades.

Governo vai ampliar programa Brasil Mais Produtivo e revisar todos os subsídios, diz secretário

BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente Jair Bolsonaro vai ampliar o programa voltado às pequenas e médias empresas Brasil Mais Produtivo e revisar todos os programas de subsídios do país, afirmou nesta terça-feira o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa.

"Evidências são de que (Brasil Mais Produtivo) funcionou muito bem, portanto deve ser ampliado sim", disse ele, sobre o programa que busca elevação da produtividade via melhoria da gestão e otimização da produção no chão de fábrica. Atualmente, o programa contempla cerca de 3 mil empresas, número que Costa já avaliou em outras oportunidades como "muito reduzido".

Em relação revisão dos programas de subsídios, incluindo programa de incentivo à indústria automobilística Rota 2030, ele afirmou que tudo que o governo resolver mudar será feito de maneira gradual, obedecendo à segurança jurídica.

"Nosso foco hoje é em recuperar a produtividade, reduzir tudo aquilo que dificulta, e não colocar muletas para que o setor produtivo continue sobrevivendo", disse ele a jornalistas após evento de apresentação da secretaria, que herdará parte das atividades do extinto Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Após o órgão de apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC) ter mantido algumas condenações contra medidas de incentivos tributários do Brasil, Costa disse que as decisões têm fundamentos que devem ser considerados para construção de um país mais produtivo.

"Talvez seja o momento exatamente de sentar e nós, utilizando todas essas informações, mudemos aquilo que precisa ser alterado", disse.

Segundo Costa, o governo vai convocar empresários para conversas em mesas executivas com o intuito de reduzir entraves à atividade produtiva. Nesse sentido, pontuou que é necessário tirar o peso de regulações excessivas.

"Três coisas vão ser proibidas de ser discutidas: subsídio, proteção e mais gasto público", ressalvou.

Questionado sobre mudança no direcionamento de recursos para o Sistema S, assunto já mencionado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Costa se limitou a dizer que isso ainda está sendo estudado.

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Fonte:
Reuters

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