Ibovespa firma-se no azul e supera 94 mil pontos; Sabesp salta

Publicado em 14/01/2019 16:58

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SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista buscava se sustentar no azul nesta segunda-feira, com o Ibovespa superando os 94 mil pontos pela primeira vez na história e Sabesp entre as maiores altas, apoiada neste começo de ano por estudos do governo de São Paulo que incluem privatização da companhia.

Às 14:36, o Ibovespa <.BVSP> subia 0,49 por cento, a 94.113,83 pontos. Na máxima, chegou a 94.189,50 pontos, recorde intradia. O volume financeiro somava 6,4 bilhões de reais.

Em 2019, o Ibovespa já acumula alta de quase 7 por cento, apoiado em perspectivas favoráveis para a economia brasileira e na agenda econômica de perfil liberal do novo governo, além da indicação de 'flexibilidade' pelo banco central norte-americano quanto ao ritmo do aperto monetário nos Estados Unidos.

Dados mais fracos sobre a balança comercial da China pressionaram as ações brasileiras nos primeiros negócios, principalmente papéis de siderúrgicas e mineradoras, que ainda acompanhavam o tom mais negativo nos pregões europeus e futuros acionários norte-americanos. Na mínima, mais cedo, o Ibovespa recuou 0,35 por cento.

De acordo com profissionais da área de renda variável, contudo, notícias sobre o andamento de medidas econômicas no Brasil continuam repercutindo nos negócios, em particular aquelas ligadas à reforma da Previdência.

Nesse contexto, chancelava compras reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico de que a proposta de reforma da Previdência que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro deve gerar em 10 anos uma economia superior ao texto original que o ex-presidente Michel Temer apresentou ao Congresso no fim de 2016, podendo chegar a 1 trilhão de reais. [nL1N1ZE07B]

A equipe do BTG Pactual afirma que continua relativamente otimista com a possibilidade de andamento já nas primeiras semanas de fevereiro de uma agenda mais focada nas reformas estruturais, conforme nota distribuída pela equipe da área de gestão de recursos do banco.

No caso específico da bolsa, apesar de toda a valorização recente, neste curtíssimo prazo o Ibovespa pode continuar a subir na busca de um patamar entre 95 mil e 97 mil pontos, avalia a equipe do BTG, que trabalha com uma meta de 120 mil a 130 mil pontos para o ano.

DESTAQUES

- SABESP saltava 7,2 por cento, tendo renovado máxima histórica nesta segunda-feira, a 43,13 reais, ainda favorecida por estudos do governo de São Paulo que incluem privatização da companhia de água e saneamento estadual. O ganho neste ano já supera 35 por cento. [nL1N1ZE0DG]

- ECORODOVIAS subia 3,5 por cento e CCR avançava 2,2 por cento. Analistas do Santander Brasil destacaram em relatório que se trata do momento certo de comprar concessionárias, entre outros fatores pela combinação de preço atrativo e conjunto de novos projetos.

- MRV valorizava-se 2,7 por cento, tendo de pano de fundo perspectivas positivas para a construtora com foco em baixa renda. Analistas do Credit Suisse elevaram a recomendação dos papéis para 'outperform', bem como o preço-alvo para 17,5 reais, enxergando melhores retornos, entre outros fatores.[nL1N1ZE09F]

- USIMINAS PNA cedia 2,7 por cento, em sessão negativa para siderúrgicas, diante de números mais fracos na China. O Itaú BBA também cortou a recomendação de Usiminas PNA para 'market perform', citando entre outros pontos espaço limitado para alta nos preços domésticos de aço.[nL1N1ZE0BC]

- VALE recuava 0,04 por cento, também afetada pelos dados chineses indicando mais fraqueza na segunda maior economia do mundo em 2019 e deterioração da demanda global. [nL1N1ZE065]

- PETROBRAS PN caía 0,5 por cento, em sessão de queda do petróleo no exterior, tendo no radar que vai retomar projetos de desinvestimentos após decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e indicação pelo governo de novos membros do conselho de administração. [nE6N1Y1023][nL1N1ZE09L]

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha variação positiva de 0,2 por cento e BRADESCO PN mostrava oscilação positiva de 0,6 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL subia 0,5 por cento.

Preocupações com crescimento da China pesam e Wall St fecha em queda

NOVA YORK (Reuters) - As ações norte-americanas caíram nesta segunda-feira, com uma inesperada queda nas exportações chinesas reacendendo temores de desaceleração econômica global e ditando cautela de investidores quando a temporada de lucros das empresas que se iniciou.

O índice Dow Jones caiu 0,36 por cento, para 23.909 pontos, o S&P 500 recuou 0,53 por cento, a 2.582 pontos e o Nasdaq caiu 0,94 por cento, a 6.905 pontos.

Os dados mostraram que as exportações da China tiveram a maior queda em dois anos em dezembro e as importações também recuaram. A queda apontou enfraquecimento da segunda maior economia do mundo e para uma demanda global instável.

Os fabricantes de chips, que geram uma parcela considerável de sua receita a partir de China, levaram um golpe, com o índice Philadelphia Semiconductor recuando 1,6 por cento. O setor tecnologia recuou 0,9 por cento, exercendo a maior pressão de queda para o S&P 500.

À medida que crescem preocupações com o crescimento global, as grandes expectativas para os resultados corporativos nos EUA recuaram. Analistas estimam agora que os lucros do índice S&P 500 vão crescer 14,3 por cento no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2017, enquanto que em outubro a previsão era de crescimento de 20,1 segundo dados IBES da Refinitiv.

"Será importante ver se a desaceleração chinesa é real ou se é uma desculpa para algumas empresas não atingirem o alto crescimento visto recentemente", disse Craig Birk, diretor de investimentos da Personal Capital, em San Francisco. "Se as coisas estão realmente desacelerando, você começará a ver isso no trimestre".

A Apple apontou para desaceleração da demanda na China, quando cortou sua previsão de receita em 2 de janeiro.

No entanto, temporada de resultados começou com uma nota positiva, com o Citigroup superando estimativas de lucro. As ações do banco subiram 4,0 por cento e impulsionaram o setor financeiro da S&P , que subiu 0,7 por cento.

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Fonte:
Reuters

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