PGR analisará se investigação sobre aumento patrimonial de Flávio Bolsonaro ficará no STF

Publicado em 06/02/2019 14:20

BRASÍLIA (Reuters) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar se um inquérito que investiga o senador recém-empossado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) por suspeita de aumento irregular de patrimônio ficará no Supremo Tribunal Federal (STF) ou se voltará a ser conduzido por instâncias inferiores, informou nesta quarta-feira a assessoria de imprensa do órgão.

A decisão sobre onde vai tramitar o caso ocorrerá, segundo a PGR, à luz da posição adotada pelo Supremo em maio do ano passado, que decidiu restringir o alcance do foro privilegiado para crimes cometidos no exercício do mandato e em decorrência dele.

O caso, segundo divulgou a edição do jornal O Globo desta quarta, envolve “negociações relâmpago de imóveis” que teriam resultado no “aumento exponencial” do patrimônio do filho do presidente Jair Bolsonaro. As suspeitas são de lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis e a declaração à Justiça Eleitoral do valor de um imóvel abaixo do seu preço real.

A tendência é que essa investigação volte para a primeira instância por ter tido início antes de Flávio ser empossado senador.

Essa investigação corria sob sigilo no Rio desde março do ano passado, segundo O Globo. Ele difere do caso envolvendo as movimentações financeiras atípicas de Flávio e do ex-assessor dele na Assembleia Legislativa do Rio Fabrício Queiroz --na semana passada, o STF derrubou suspensão anterior de investigação criminal dessa apuração, que volta para o Rio. Já há uma investigação cível deste caso.

Em nota oficial, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro criticou a investigação sobre o suposto aumento patrimonial do senador.

"A denúncia desprovida de fundamentação foi feita por um advogado ligado ao PT com o único intuito de provocar desgaste político a seus adversários. No âmbito estadual ela foi arquivada e, com absoluta certeza, também terá o mesmo destino no âmbito federal", disse.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Fonte: Reuters

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