S&P mantém nota e perspectiva para Brasil, prevê lenta melhora fiscal durante governo Bolsonaro

Publicado em 07/02/2019 23:43 e atualizado em 08/02/2019 00:44

(Reuters) - A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's manteve nesta quinta-feira a nota atribuída ao título soberano do Brasil em BB-, com perspectiva estável, apontando expectativa de lenta melhora dos números fiscais e do crescimento econômico do país durante o governo de Jair Bolsonaro.

"A perspectiva estável reflete nossa visão de que o governo Bolsonaro avançará, com o apoio do Congresso, para melhorar lentamente os déficits fiscais, embora a dívida do governo no geral continue a subir", afirmou a S&P em nota.

"Também esperamos moderada aceleração do crescimento econômico e melhoria da confiança dos investidores após uma espera antes das eleições, sustentado por alguma melhoria do perfil fiscal e recuperação das operações de crédito", acrescentou a S&P.

A S&P afirmou que pode elevar o rating do país nos próximos dois anos se a amplitude e a profundidade dos avanços da política apontarem uma recuperação mais rápida nas trajetórias fiscais e de crescimento do Brasil do que esperado atualmente, mas que isso exigiria a implementação de uma bem-sucedida política fiscal estrutural corretivas e perspectivas mais fortes de crescimento do PIB.

Em contrapartida, a S&P alertou que pode rebaixar os ratings no próximo ano caso surja uma fraqueza inesperada no balanço de pagamentos do Brasil que prejudique o acesso ao mercado ou gere um forte aumento na dívida externa.

A agência citou ainda que a nota atual atribuída ao título soberano do Brasil reflete o progresso lento do país e o baixo apoio político para aprovar uma legislação significativa para corrigir a fragilidade fiscal estrutural em tempo hábil ao longo dos últimos anos.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha em alta com dados de inflação no Brasil e nos EUA
Wall Street fecha em alta com avanço de ações de megacapitalização de tecnologia
Dólar fecha em queda de 0,94%, a R$5,1168 na venda; moeda perde 1,58% na semana
Taxas futuras de juros recuam após dados de inflação de Brasil e EUA
Petróleo sobe com tensões no Oriente Médio, problemas econômicos restringem ganhos