Ibovespa avança com bancos e Vale, mas tem 1ª queda semanal do ano

Publicado em 08/02/2019 17:12

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em alta nesta sexta-feira, resistindo ao viés negativo no exterior, em meio à reação das ações da Vale e ao avanço de papéis de bancos, mas teve a primeira perda semanal desde dezembro de 2018.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,99 por cento, a 95.343,10 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro da sessão somou 16,16 bilhões de reais.

O Ibovespa acumulou queda semanal de 2,57 por cento, encerrando sequência de seis semanas de alta, período em que contabilizou um ganho de quase 14 por cento.

Para o chefe de renda variável e derivativos da assessoria de investimentos Monte Bravo, Bruno Madruga, após seis semanas de valorização, era de se esperar uma correção, que pode ter acontecido nessa semana.

"Isso não muda nossa expectativa positiva para a bolsa, mas sabemos que o mercado não vai subir em 'linha reta'", afirmou Madruga, chamando a atenção para potenciais ruídos relacionados à reforma da Previdência e embate comercial EUA-China.

No caso da Previdência, agentes financeiros citam que o mercado já sente o desconforto com o tempo que a aprovação da reforma da Previdência tomar no Congresso, abrindo espaço para ruídos e negociações.

Também a saúde do presidente Jair Bolsonaro, que segue internado em São Paulo, é acompanhada no mercado, uma vez que a definição do texto a ser apresentado depende de sua aprovação.

No exterior, o humor nos negócios era minado por algum ceticismo quanto a um acordo comercial entre Estados Unidos e China antes de prazo estabelecido entre os dois países para 1º de março, reforçando preocupações sobre o crescimento global.

Wall Street tinha os principais índices acionários no vermelho nesta tarde, com o Dow Jones em baixa de 0,59 por cento e o S&P 500 perdendo 0,21 por cento.

DESTAQUES

- VALE fechou em alta de 3,77 por cento, após renovar mínima intradia desde abril de 2018 no pior momento da sessão, a 40,51 reais, com operadores atribuindo a reação a apostas positivas para a reabertura do mercado chinês após uma semana fechado por feriado naquele país, além de potenciais compras para cobrir posições vendidas. Na semana, contudo, os papéis acumularam queda de 6,7 por cento, ainda afetados pelos desdobramentos da tragédia em Minas Gerais.

- SABESP encerrou em alta de 6,08 por cento, acelerando os ganhos no final do pregão, em meio a expectativas relacionadas à privatização e capitalização da companhia.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 2,14 por cento, em sessão bastante positiva para bancos. BRADESCO PN encerrando em alta de 1,06 por cento, tendo como pano de fundo proposta de elevar o capital do banco em 8 bilhões de reais com bonificação de ações na proporção de 2 novos papéis para cada 10 detidos pelos investidores. BANCO DO BRASIL avançou 0,14 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT fechou com acréscimo de 2,47 por cento.

- KLABIN UNIT caiu 1,73 por cento, entre as maiores quedas, após teleconferência da empresa sobre o resultado, em que afirmou estar bastante avançada em estudos para novo ciclo de investimentos em crescimento, embora sem cronograma definido. No setor, SUZANO fechou em baixa de 1,36 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 0,16 por cento, acompanhando a melhora dos preços do petróleo no exterior.

- LOJAS RENNER encerrou com acréscimo de 0,35 por cento, depois de divulgar o balanço do quarto trimestre, quando a receita líquida subiu 16,8 por cento, para 2,595 bilhões de reais, além de prever aumento de 15 por cento nos investimentos este ano. Para a Brasil Plural, o resultado mostrou uma combinação muito bem-vinda de crescimento de receitas e ganhos de margem.

Índices das bolsas dos EUA fecham quase estáveis; temor com comércio permanece

NOVA YORK (Reuters) - Os índices S&P 500 e Nasdaq subiram nesta sexta-feira após duas quedas seguidas, ao passo que resultados corporativos positivos compensaram o ceticismo sobre Estados Unidos e China chegarem a um acordo comercial antes do prazo final de 1º de março.

O Dow Jones caiu 0,25 por cento, para 25.106 pontos. O S&P 500 subiu 0,07 por cento, a 2.707 pontos; e o Nasdaq evoluiu 0,14 por cento, para 7.298 pontos.

As ações da Coty, da Mattel e da Motorola saltaram depois que as empresas divulgaram resultados trimestrais melhores do que o esperado.

E as ações da Electronic Arts, que despencaram após os resultados trimestrais da empresa, subiram após a produtora de videogames dizer que seu jogo Apex Legends atraiu 10 milhões de jogadores em três dias.

Mais cedo, as ações dos EUA caíram à medida que preocupações comerciais continuaram a pesar sobre o mercado. O presidente Donald Trump disse na véspera que não planejava se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping antes do prazo estabelecido para chegar a um acordo.

O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, viajarão a Pequim para reuniões de primeiro escalão em 14 e 15 de fevereiro, segundo um comunicado da Casa Branca.

À medida que a sessão avançava, os principais índices recuperaram terreno perdido.

"O que parece, com base na forma como o mercado se comportou, é que existe o risco de uma nova rodada de tarifas, mas esse risco será superado por algum tipo de acordo", disse John Stoltzfus, estrategista da Oppenheimer Asset Management.

Preços do petróleo avançam, mas semana fecha em baixa por temores de retração

NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo subiram nesta sexta-feira, mas fecharam a semana com perdas por conta de novas preocupações a respeito da retração da demanda mundial e após o dólar registrar sua melhor semana em seis meses.

O mercado permaneceu relativamente quieto nesta sexta-feira, com volume de 575 mil contratos, número abaixo da média de 200 dias de 597 mil contratos negociados diariamente.

Os futuros do petróleo bruto dos EUA avançaram 8 centavos, fechando a 52,72 dólares por barril, mas registraram uma queda semanal de mais de 4 por cento, a mais acentuada neste ano.

Futuros do petróleo Brent subiram 39 centavos e fecharam a 62,02 dólares. Na semana, o Brent caiu mais de 1 por cento. O dólar avançou 1,1 por cento ante diversas moedas, sua melhor performance desde agosto, afetando o petróleo, que é precificado em dólar e se torna mais caro para compradores de fora dos EUA quando o valor da moeda norte-americana sobe.

O mercado foi modestamente sustentado nesta sexta-feira por notícias de que os Estados Unidos e a China ainda podem cumprir o prazo de 1º de março para resolver questões específicas de sua disputa comercial.

A Casa Branca declarou nesta sexta-feira que o representante de comércio dos EUA, Robert Lightizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, viajarão a Pequim para negociações de alto nível na próxima semana, reduzindo as preocupações de que o prazo seja perdido e resulte em maiores tarifas sobre bens.

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Fonte:
Reuters

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