May voltará ao Parlamento para pedir apoio ao Brexit

Publicado em 13/02/2019 14:52

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Por Elizabeth Piper e Kylie MacLellan

LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, voltará ao Parlamento na quinta-feira para pedir um apoio renovado ao seu plano de renegociar a saída britânica da União Europeia com Bruxelas semanas antes do prazo de 29 de março e em meio a alertas sobre o risco de um Brexit caótico.

Embora a votação de quinta-feira seja simbólica, pode se tornar um novo foco da frustração crescente do Parlamento com sua estratégia de desfiliação da UE, já que muitos acusam May de perder tempo.

Se os parlamentares não aprovarem um pacto, pela legislação atual o país deixará o bloco sem um acordo, um desfecho que muitos empresários dizem que será catastrófico para a quinta maior economia do mundo por causar grandes atrasos nos portos, fragmentar as cadeias internacionais de suprimento e frear os investimentos.

Até agora o Parlamento vem cedendo aos pedidos de tempo adicional de May e apoiou sua tentativa de obter concessões no acordo de separação, especificamente no arranjo do chamado backstop para evitar a volta de controles na fronteira entre a província britânica da Irlanda do Norte e a Irlanda.

Mas os parlamentares estão cada vez mais receosos de que, à medida que a data do rompimento se aproxima, o Reino Unido corra o risco de sair sem um acordo ou ser confrontado com uma escolha difícil: apoiar o pacto de May, forçar um Brexit sem acordo ou desistir da separação.  

Comentários do negociador-chefe do Brexit britânico, Olly Robbins, ouvidos por um correspondente da ITV no bar de um hotel de Bruxelas não ajudaram a instilar confiança nos parlamentares --ele teria dito que estes terão que decidir se aceitam um acordo do Brexit retrabalhado ou um atraso potencialmente significativo.

No Parlamento nesta quarta-feira, May procurou minimizar o significado de tais comentários quando indagada a seu respeito por um de seus correligionários, dizendo que a estratégia do governo de sair com um acordo em 29 de março não mudou.

"Sou grata por ele ter me feito esta pergunta, ao invés de confiar no que alguém disse a alguém como algo ouvido por alguém em um bar, está muito claro que a posição do governo é a mesma", disse.

"Acionamos o Artigo 50 (o processo de desfiliação da UE)... que tinha um cronograma de dois anos, que termina em 29 de março. Queremos sair com um acordo, e é para isso que estamos trabalhando".

Mas a confiança na líder está em baixa, e os parlamentares estão buscando maneiras de reduzir o perigo de não haver acordo.

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Fonte:
Reuters

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