Dólar virou em queda e B3 instável com atenção em Previdência, Bebbiano e alívio de ChinaxEUA

Publicado em 14/02/2019 09:33
Em despacho da Reuters, a Moody's diz que a economia de R$ 1 tri, esperada por Paulo Guedes, deve ser menor, metade, pelas concessões que deverá fazer

No dia em que o presidente Jair Bolsonaro avisou que baterá o martelo sobre a Previdência, mas não indicando anúncio antes do envio ao Congresso, e sob a tensão política envolvendo o secretário-geral da Presidência, os mercados estão em compasso de ansiedade. Certo alívio vem da disposição manifestada por Donald Trump nas negociações com a China.

O dólar esteve na rabeira alta da véspera, em 1,37%, e virou, perdendo em torno de 0,40%, a R$ 3,7s, nesta quinta (14), às 16 hs.

Os índices da B3 vinham alta moderada, depois dos fechamentos estáveis da quarta. O Ibovespa Futuro esteve em alta desde a abertura dos negócios e oscila na linha d´água e o Ibovespa mais alto desde o sino de abertura, às 10 horas, variando no positivo sempre próximo da estabilidade.

Há alinhamento com os índices americanos de Wall Street e Nasdaq, como também o dólar no comparativo com outras moedas. Todos em alta, seguindo a cautela, com o presidente dos Estados Unidos indicando a possibilidade de prorrogação por mais 60 dias na frente de negociações com os chineses, enquanto uma comitiva de alto nível está em Pequim em uma cúpula.

E o petróleo em Londres sente positivamente esse movimento mais otimista, enquanto tira fôlego do medo de uma desaceleração maior da economia mundial na ausência de um acordo sino-americano. E sinais de que os países produtores deverão continuar cortando a produção após o término da rodada, que começou em 1º de janeiro, em menos 1,2 milhão de barris dia.

O barril do Brent está acima dos US$ 64,00, em movimento de mais de 1,20%, contra a alta de ontem de quase 2%. 

De Brasília, fica a expectativa de que o presidente dê pistas sobre sua dúvida, em entrevista nesta quarta, sobre a idade mínima para homens (62 ou 65) e mulheres (57 ou 60). além do tempo de transição. Parece também que não há mais dúvidas sobre a não inclusão dos militares na primeira fase da reforma da Previdência, segundo disse Bolsonaro.

No entanto, a situação delicada do ministro da secretária-geral da Presidência, Gustavo Bebiano, no caso do supostos candidataods "laranjas" do PSL, ao tempo em que ele foi presidente da sigla, mais a linha de choque com os filhos do presidente, deixa no ar receios de dificuldades na base e que poderiam afetar a apreciação da reforma pelos parlamentares.

Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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