Nova Previdência pode ser última chance para evitar perda de direitos adquiridos, diz Marinho

Publicado em 28/02/2019 14:13

LOGO REUTERS

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O secretario de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou nessa quinta-feira que a aprovação da reforma da Previdência é a última oportunidade que o país tem para reestruturar seu sistema de aposentadorias e pensões sem ter que avançar sobre direitos adquiridos pelos brasileiros.

Para Marinho, dada a complexidade e a abrangência da reforma, um dos grandes desafios do governo será fazer uma boa comunicação das propostas e suas vantagens. A idéia, segundo ele, é que após o Carnaval, o governo disponibilize um site, um call center e um aplicativo com simuladores para a população tirar suas dúvidas.

"O primeiro passo para atingir que o conjunto da sociedade, do mercado e da economia cresça de forma sustentável e pujante é a reforma", disse ele em evento promovido pelo Jornal O Globo, no Rio de Janeiro.

"Temos a convicção que essa é a última oportunidade que a sociedade terá de fazer uma reestruturação no sistema previdenciário sem que avancemos em direitos adquiridos e sem que o Brasil entre numa recessão ou dificuldade econômica que vai vitimar o conjunto da sociedade", acrescentou Marinho.

Por outro lado, ressaltou, se a reforma for aprovada, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tem um potencial de crescimento de cerca de 3 por cento nos 12 meses seguintes.

Marinho admitiu que pontos da reforma que mexem com vencimentos das camadas mais pobres, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural, estão entre os mais sensíveis, mas frisou que a proposta feita pelo governo fará com que os mais ricos paguem mais e os mais pobres paguem menos para poderem se aposentar.

Sobre o pleito de governadores estaduais receberem apoio financeiro do governo federal para apoiar a reforma, Marinho disse que a área econômica montou um grupo de trabalho para estudar o apoio, mas frisou que sem a aprovação das mudanças na Previdência essa ajuda não tem como se viabilizar diante da fragilidade fiscal do país.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário