Bovespa: Cautela prevalece em março com Previdência sob holofotes; exterior segue no radar

Publicado em 01/03/2019 14:14

LOGO REUTERS

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - Março começa com estrategistas mais cautelosos com as ações brasileiras, enquanto aguardam novidades sobre a tramitação da reforma da Previdência no Congresso Nacional, bem como acompanham eventos externos, principalmente as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.

O governo apresentou na penúltima semana de fevereiro proposta que muda as regras de aposentadoria, com previsão de economia de 1 trilhão de reais em dez anos. O texto agradou a investidores, mas há receios sobre a capacidade de articulação do presidente Jair Bolsonaro para aprová-la.

O BTG Pactual fez ajustes em sua carteira recomendada para mês, argumentando que a intenção é dar um tom mais defensivo antecipando um período de mais volatilidade com as discussões da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, de acordo com relatório assinado por Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira.

Ainda assim, afirmam que continuam "confiantes de que o Ibovespa manterá uma tendência de alta no médio/longo prazo, com a aprovação de uma reforma da Previdência social que poderia trazer economias consideráveis para as contas fiscais brasileiras", de acordo com relatório a clientes.

A equipe de análise e estratégia da XP Investimentos comandada por Karel Luketic também afirmou em relatório continuar otimista com a bolsa, avaliando que o caminho para o Ibovespa atingir 125 mil pontos permanece delineado para 2019, mas vê o índice sem direcionamento claro no curto prazo.

"O foco agora está na interlocução do governo com a Câmara, e o tamanho da diluição da reforma", ressaltaram a clientes.

Fevereiro encerrou com o Ibovespa a 95.584,35 pontos, uma queda de 1,86 por cento no acumulado do mês. A performance no ano, contudo, ainda mostra ganho de 8,76 por cento, dada a alta de 10,8 por cento em janeiro.

Do cenário externo, sinais de estímulos econômicos pela China e a possibilidade de acordo comercial entre Washington e Pequim entram como componentes positivos para o mês, assim como o discurso mais brando do banco central norte-americano em relação à normalização da política monetária dos EUA.

A BB Investimentos acrescenta ainda que o Brexit tende a trazer volatilidade aos mercados, com a saída do Reino Unido da União Europeia marcada para o próximo dia 29. "Ainda não estão confirmados como serão os procedimentos ou se haverá postergação", afirmou em relatório a clientes.

Veja abaixo quatro carteiras de ações para fevereiro compiladas pela Reuters:

BB Investimentos Peso

Alupar 10%

Gerdau 10%

IRB 10%

Itaú Unibanco PN 10%

Klabin 10%

Lojas Renner 10%

MRV 10%

Pão de Açúcar PN 10%

Petrobras PN 10%

Via Varejo 10%

BTG Pactual

Petrobras PN 15%

Bradesco PN 10%

Ambev 10%

Lojas Renner 10%

Rumo 10%

Localiza 10%

Cosan 10%

Equatorial 10%

Iguatemi 10%

Oi 5%

Terra Investimentos

Petrobras PN 20%

Gerdau 15%

BRF 15%

Braskem PNA 15%

Via Varejo 10%

Qualicorp 15%

Fleury 10%

XP Investimentos

AES Tiête 5%

Azul 10%

B2W 5%

Banco do Brasil 15%

Itaú Unibanco PN 15%

JBS 10%

Localiza 5%

Petrobras PN 15%

Suzano 5%

Vale 15%

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário