Presidente do BC do Japão descarta chances de afrouxamento monetário adicional

Publicado em 15/03/2019 10:44

Por Leika Kihara e Stanley White

TÓQUIO (Reuters) - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, descartou nesta sexta-feira a chance de afrouxamento monetário adicional, mesmo após a intensificação dos riscos externos ter forçado o Banco do Japão a moderar o otimismo de que as exportações e produção industrial robustas sustentarão o crescimento.

Kuroda também minimizou os crescentes pedidos de políticos e executivos de bancos para elevar os juros ou reduzir a meta de inflação de 2 por cento para aliviar a pressão das taxas ultrabaixas por um período prolongado sobre os lucros das instituições financeiras.

"Não vejo necessidade de mudar a meta, ou acreditar que fazer isso seria desejável", disse Kuroda a repórteres após a esperada decisão do banco central de manter a política monetária.

O Banco do Japão manteve a promessa de guiar os juros de curto prazo em -0,1 por cento, e os rendimentos dos títulos do governo de 10 anos em torno de zero por cento.

Também disse que continuará a comprar títulso do governo japonês.

Em um aceno aos riscos elevados, o banco central piorou sua avaliação sobre economias externas, dizendo que elas mostram sinais de desaceleração. Também revisou para baixo sua visão sobre exportações e produção.

Kuroda reconheceu os desafios que a economia enfrenta, mas não deu indicações de que haverá qualquer estímulo adicional.

"É verdade que as exportações e produção do Japão estão sendo afetadas pela desaceleração do crescimento no exterior", disse Kuroda. "Por outro lado, a demanda doméstica continua a crescer. Assim, mantemos nossa visão básica de que a economia está expandindo moderadamente."

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA
Brasil e Japão assinam acordos em agricultura e segurança cibernética