Autonomia do BC é princípio importante para crescimento, diz Bolsonaro

Publicado em 11/04/2019 18:40 e atualizado em 11/04/2019 21:04

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira em sua conta no Twitter que a autonomia do Banco Central é um princípio inportante para o crescimento econômico e comemorou o envio pelo governo ao Congresso de uma proposta que dá autonomia à autoridade monetária.

"A exemplo das economias mais avançadas, oficializamos hoje a proposta que consolida a autonomia do Banco Central, princípio importante que ajuda a fornecer estabilidade, eficiência e crescimento econômico. É mais um compromisso sendo cumprido!", escreveu o presidente na rede social.

Mais cedo, em cerimônia alusiva aos 100 dias de governo Bolsonaro, o presidente assinou projeto de lei complementar que institui a autonomia do Banco Central e prevê mandato de quatro anos para os diretores, com possibilidade de uma recondução, descasado do mandato presidencial.

Bolsonaro atribui eleição a milagre e diz que recebeu missão de Deus

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira em evento com evangélicos que considera um milagre ter sido eleito presidente no ano passado e afirmou que considera sua eleição uma missão recebida de Deus.

Em rápido discurso para um grupo de ao menos 100 líderes evangélicos do Brasil e do exterior, liderado pelo pastor Silas Malafaia, em um hotel na zona oeste do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que até em sua casa havia dúvidas sobre se ele poderia vencer a eleição. Também participaram do encontro os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

"Cheguei a essa condição que cheguei, que quase ninguém acreditava --até lá em casa tinha problema... Mas conseguimos chegar quase que por um milagre. Vou dizer: é um milagre, sim, no meu entender, perto do que nós tínhamos e os outros tinham", disse o presidente em discurso.

"Mas esse milagre é o que eu chamo de missão de Deus. Essa missão, com os senhores e com o povo de bem do Brasil, nós a cumpriremos e o Brasil chegará, sim, a um porto seguro", acrescentou.

No discurso aos evangélicos, Bolsonaro lembrou a viagem recente que fez a Israel e voltou a citar o país como um exemplo a ser seguido pelo Brasil. Ele lembrou ainda a visita que fez ao museu do Holocausto e, se referindo ao assassinato de 6 milhões de judeus pelo regime nazista, defendeu que pode-se perdoar, mas jamais esquecer.

"Fui mais uma vez ao museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer", disse. "Quem esquece o passado, está condenado a não ter futuro. Se não queremos repetir a história, que não foi boa, vamos evitar com atos que se repita."

Bolsonaro também voltou a dizer em seu discurso que Israel tem o direito de escolher sua capital. Durante a visita que fez ao país, o presidente anunciou a abertura de um escritório comercial do governo brasileiro em Jerusalém, cidade cuja parte oriental os palestinos querem como capital de seu futuro Estado.

A medida gerou ruídos com israelenses, que esperavam que Bolsonaro cumprisse uma promessa de campanha e mudasse a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém e desagradou países árabes, grandes compradores de produtos brasileiros, especialmente na área agrícola.

No discurso aos evangélicos, Bolsonaro também lembrou que jantou na quarta-feira com embaixadores e lideranças de países islâmicos e afirmou que quer manter boas relações com essas nações.

"Eles mantêm negócios bilionários conosco e, na minha fala, falei para eles que nosso relacionamento comercial seja fortalecido e que se transforme cada vez mais em paz, harmonia e amor", discursou o presidente.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

STF suspende prazos processuais em todas as ações ligadas ao RS
Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA