Governo está tranquilo com cronograma da Previdência na CCJ, diz Onyx (REUTERS)

Publicado em 16/04/2019 16:44

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta terça-feira que vai dar "tudo certo" sobre o cronograma de votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em meio a impasse no colegiado para a análise da matéria, e reafirmou que a proposta vai ser aprovada pelo Congresso até o recesso parlamentar do meio do ano.

"Vai dar tudo certo... Se for esta semana, ótimo. Se for terça-feira da semana que vem está perfeito", disse Onyx sobre a votação da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência na CCJ, em rápida entrevista ao chegar ao Senado para uma reunião na liderança do PSD.

Segundo o ministro, que falou mais cedo nesta terça-feira com o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), as questões na Câmara estão indo bem.

"Só tem que ter um pouquinho de paciência. Acho que a gente precisa também compreender que o Parlamento tem seu tempo. O governo tem tranquilidade, sabe que apresentou um projeto para o país, que é a nova Previdência, isso é uma necessidade para o Brasil buscar o seu reequilíbrio fiscal e a condição de poder voltar a crescer, gerar empregos, atrair investimentos. Então, tem que ter tranquilidade para que no tempo certo vai dar tudo certo", disse.

Segundo o ministro, a reforma da Previdência vai ser "aprovada com tranquilidade aqui na Casa com ajustes necessários", mas dando condição de o "Brasil voltar no segundo semestre criar os empregos que os brasileiros precisam urgentemente".

Questionado se tem havido diálogo do governo com os parlamentares diante de queixas de necessidade de melhoria da articulação, Onyx disse que tem havido "muito" diálogo.

"Eu sempre ouvi dos parlamentares da base as mesmas reclamações que eu ouço hoje. Isso faz parte da cultura do Parlamento brasileiro. Reclamar do Poder Executivo. O que o Poder Executivo tem que ter? Primeiro, respeito ao parlamento, paciência e diálogo. É o que a gente está fazendo", disse.

Reforma da Previdência: Marinho diz que mais pobres têm pressa (ag Brasil)

Na expectativa de que a reforma da Previdência avance ainda nesta semana na Câmara dos Deputados, o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, um dos fiadores do texto proposto pelo governo, alertou que a sociedade tem pressa e quer a aprovação da mudança legislativa. Depois de explicar detalhes da proposta em um debate com deputados na manhã de hoje(16), Marinho afirmou que todos reconhecem a necessidade da reforma.

Segundo o secretário, mesmo os que não apoiam a proposta do governo têm apresentando sugestões. "Ninguém pode negar a necessidade de reestruturação do sistema previdenciário e o déficit, que é cruel com os mais pobres. Ou nós enfrentamos isso, ou vamos continuar prejudicando quem já sofre mais”, afirmou Marinho.

O texto está em debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e deveria ter sido discutido na reunião de segunda-feira (15), mas a discusão acabou sendo adiada por uma inversão de pauta que priorizou a votação do orçamento impositivo. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu que os parlamentares se concentrem hoje no debate até a madrugada, se necessário, para que a reforma seja votada nesta quarta-feira (17).

“Acredito muito no espírito público do Parlamento. Se acham que é preciso se debruçar mais sobre o tema que o façam, mas quem tem pressa é a sociedade. Hoje, a administração da União, dos estados e de municípios se dá principalmente sobre despesas primárias de manutenção e custeio e do pagamento de dívidas”, dafirmou Rogério Marinho.

Para o secretário, a reforma permitirá que o Estado brasileiro deixe de atuar como “síndico de massa falida”, limitando-se à administração de folhas de pagamento, assistência e previdência. “Não sobram recursos para investirmos em saúde, educação, infraestrutura e na geração de emprego e renda”, lamentou.

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