Pentágono está pronto para enviar 300 militares para fronteira com México, alguns em contato com migrantes

Publicado em 26/04/2019 16:55

Por Idrees Ali

WASHINGTON (Reuters) - O Pentágono informou nesta sexta-feira que espera enviar cerca de 300 militares adicionais à fronteira com o México, incluindo cerca de 100 cozinheiros que distribuiriam refeições, o que rompe a política anterior de evitar que as tropas entrem em contato com os migrantes.

A medida é o sinal mais recente de um crescente papel dos militares em auxiliar as políticas de imigração do presidente Donald Trump.

O Pentágono informou anteriormente que não havia planos para militares interagirem com migrantes, uma vez que seria papel dos agentes de fronteira lidarem com a imigração ilegal.

Além dos cozinheiros, o Pentágono deve enviar 160 motoristas e 20 advogados, disse o porta-voz Charlie Summers.

"Nós teremos algumas de nosso pessoal entregando refeições, então entrariam em contato com os migrantes", disse Summers. Ele afirmou que era uma "emenda à política atual".

Atualmente há cerca de 5 mil militares da ativa e membros da Guarda Nacional perto da fronteira, embora o número oscile.

A preocupação com o aumento da participação dos militares na fronteira com o México é crescente.

O "Posse Comitatus Act", uma lei federal registrada desde a década de 1870, restringe o uso do Exército dos EUA e de outras principais forças militares para aplicação de leis civis em solo norte-americano, a menos que seja especificamente autorizado pelo Congresso.

Na quarta-feira, Trump reiterou ameaças de fechar parte da fronteira se o México não impedir o que foi chamado de nova caravana de migrantes em direção ao norte.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha em alta com dados de inflação no Brasil e nos EUA
Wall Street fecha em alta com avanço de ações de megacapitalização de tecnologia
Dólar fecha em queda de 0,94%, a R$5,1168 na venda; moeda perde 1,58% na semana
Taxas futuras de juros recuam após dados de inflação de Brasil e EUA
Petróleo sobe com tensões no Oriente Médio, problemas econômicos restringem ganhos