Friboi lança plataforma digital para compra de gado no Brasil (Reuters)

Publicado em 09/05/2019 00:59

SÃO PAULO (Reuters) - A Friboi, marca de carne bovina do grupo JBS no Brasil, anunciou nesta quarta-feira o lançamento de plataforma digital para compra de gado no país, acelerando a comunicação com seus fornecedores.

Segundo a empresa, a plataforma disponibilizada por meio de um aplicativo para celulares deve representar 40 por cento do volume de negócios da Friboi em até três anos.

Atualmente, a maior empresa de carne bovina do país faz suas compras de animais para abate em balcão "spot" e por meio de contratos de "boi a termo".

O novo sistema permite que o pecuarista tenha acesso aos preços de mercado sugeridos pela Friboi especificamente para a sua fazenda e região, e pode fazer sua oferta de gado diretamente para a companhia.

Questionada, a empresa afirmou que não planeja transformar o sistema em uma espécie de "marketplace" online de gado e que a plataforma é exclusiva para negócios entre a companhia e pecuaristas interessados em fornecer animais para o grupo.

A plataforma também permite que pecuaristas que não sejam fornecedores da Friboi possam negociar lotes a partir de 18 animais com o grupo.

STF valida uso de aplicativos de transporte de passageiros no país

BRASÍLIA (Reuters) - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira validar o uso de aplicativos de transporte para passageiros no país, como o Uber, o Cabify e o 99, ao barrar leis municipais que impunham restrições à utilização desse tipo de serviço.

Por unanimidade, os ministros do STF consideraram inconstitucionais leis de Fortaleza (CE) e São Paulo (SP) que pretendiam limitar a atuação dos motoristas particulares de aplicativos.

O Supremo entendeu que o uso dessa modalidade de serviço está de acordo com o princípio da constitucional da livre concorrência. Para o STF, os municípios podem fiscalizar o serviço, mas não podem proibir a circulação ou estabelecer medidas para restringir a atuação dos aplicativos.

O tribunal começou a julgar o assunto em dezembro do ano, quando o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski.

Apesar da decisão em favor do uso dos aplicativos já estar consolidada, nesta quinta-feira o julgamento deverá ser concluído com a definição da tese. Devem analisar, por exemplo, sobre se a fiscalização poderá avançar sobre questões referentes a preço e à frota dos carros que fazem esse tipo de transporte.

A decisão foi tomada na mesma semana em que a Uber se prepara para uma bilionária oferta pública inicial de ações, que pode avaliar a companhia como valendo 90 bilhões de dólares. A operação está prevista para sexta-feira.

Motoristas de várias cidades ao redor do mundo, incluindo no Brasil, promoveram paralisações nesta quarta-feira, em protestos contra a disparidade entre as condições de trabalho e as somas que os investidores provavelmente ganharão na estréia da empresa no mercado de ações.

Motoristas da Uber protestando em Nova York
 

Na semana do IPO da Uber, motoristas fazem paralisação ao redor do mundo

LONDRES/NOVA YORK (Reuters) - Os motoristas da Uber em Londres e Nova York começaram um dia de greves nesta quarta-feira para protestar contra a disparidade entre as condições de trabalho e as somas que os investidores provavelmente ganharão na estréia da empresa no mercado de ações.

Motoristas e reguladores de todo o mundo há muito tempo criticam as táticas de negócios da Uber, e a valorização esperada de 90 bilhões de dólares que deve ser atribuída à empresa pela oferta pública inicial de ações na sexta-feira está provando ser o mais recente ponto de discórdia.

Sindicatos no Reino Unido disseram que o apoio à greve era forte, com motoristas ficando em casa e passageiros usando a hashtag #UberShutDown para prometer solidariedade nas mídias sociais.

Além de Londres, motoristas em Nova York, Chicago, Los Angeles, São Francisco e em outras grandes cidades dos Estados Unidos prometiam adesão ao movimento. No Brasil, parte dos motoristas da plataforma se organizou pelas redes sociais para aderir à paralisação. Atos de protesto em frente à sede da Uber e no Vale do Anhangabaú, em São Paulo eram planejados. Pelo menos outras três capitais brasileiras - Curitiba, Campo Grande e Salvador - também registravam protestos segundo veículos locais de imprensa. Procurada no Brasil, a Uber não comentou o assunto.

A companhia tem 3 milhões de motoristas cadastrados em seu aplicativo no mundo e não ficou claro se os protestos diminuirão significativamente o serviço.

O presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, contratado para ajudar a empresa a superar uma série de escândalos e realizar o IPO, prometeu tratar melhor os motoristas.

A Uber está pagando a mais de 1 milhão de motoristas cerca de 300 milhões de dólares em bônus únicos, por exemplo, e mudou suas políticas, incluindo possibilidade dos usuários do aplicativo darem gorjetas aos motoristas.

"São os motoristas que criaram esta riqueza extrordinária, mas eles continuam a negar mesmo os mais básicos direitos trabalhistas", disse James Farrar, presidente da entidade britânica United Private Hire Drivers.

"Eles cresceram e cresceram e ficaram cada vez mais ricos, mas eu não cresci com a empresa. Minha condição como motorista Uber piorou", disse Syed Ali, motorista da Uber e integrante da Aliança de Motoristas de Táxi de Nova York.

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Fonte:
Reuters

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