Concessões de crédito avançam 8,2% em maio, puxadas por empresas, mas dívida federal sobe para R$ 3,89 trilhões

Publicado em 26/06/2019 11:29

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SÃO PAULO (Reuters) - O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,6% em maio sobre abril, para 3,287 trilhões de reais, divulgou o Banco Central nesta quarta-feira, com alta nas concessões, mas o crescimento do saldo no ano permanece distante da expansão estimada pelo BC para 2019.

Em porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), o estoque total de crédito do Sistema Financeiro subiu para 47,2%, de 47,1% no mês anterior.

As concessões totais de crédito tiveram em maio alta de 8,2%, puxadas pelos financiamentos à pessoa jurídica, com elevação de 11,8%. O crédito às pessoas físicas subiu 5,5% ante abril.

Considerando apenas recursos livres --com taxas de juros livremente acordadas entre as instituições financeiras e o tomador--, o saldo do crédito subiu 1,4%, para 1,811 trilhão de reais. As concessões se elevaram 7,5%, para 327,6 bilhões de reais, novamente com alta mais expressiva nos financiamentos a empresas (+11,1%) do que às famílias (+4,7%).

No acumulado do ano, o saldo de crédito total subiu 0,9%, com queda de 2,7% para pessoas jurídicas e alta de 3,9% para pessoas físicas.

Em março, o BC divulgou projeção de crescimento do estoque de crédito total neste ano de 7,2%, acima dos 6% previstos antes. O número poderá ser revisado já na quinta-feira, quando o BC divulgará o Relatório Trimestral de Inflação.

Considerando apenas recursos livres, o saldo de crédito tem alta de 3,0% em 2019 até maio, com recuo de 0,5% para pessoas jurídicas e alta de 6,0% para as famílias.

Em maio, a inadimplência no segmento de recursos livres avançou para 3,9%, 0,1 ponto percentual acima da taxa de abril.

Já o spread bancário, também nos recursos livres, caiu 0,3 ponto percentual, para 31,1%.

Dívida Pública Federal sobe 0,31% e fecha maio em R$ 3,890 trilhões (por Agencia Brasil)

A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui o endividamento interno e externo do Brasil, teve aumento de 0,31% e passou de R$ 3,878 trilhões em abril para R$ 3,890 trilhões no mês passado. Os dados foram divulgados hoje (26) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia.

A redução ocorreu devido à apropriação positiva de juros (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês) no valor de R$ 28,47 bilhões, compensada, em parte, pelo resgate líquido (mais resgates de títulos por investidores do que emissões), no valor de R$ 16,31 bilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública no mercado interno, teve o estoque ampliado em 0,32% em maio, passando de R$ 3,723 trilhões para R$ 3,735 trilhões. Já o estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), captada do mercado internacional, apresentou aumento de 0,16%, encerrando maio em R$ 155,54 bilhões (US$ 39,47 bilhões).

Detentores da dívida

A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. Além disso, pode ocorrer assinatura de contratos de empréstimo para o Tesouro, tomado de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. A redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.

Os fundos de investimento seguem como principais detentores da Dívida Pública Federal, com 26,58% de participação no estoque. Os fundos de Previdência (24,83%) e as instituições financeiras (22%) aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

Os investidores estrangeiros concentraram 12,74% da dívida. Já o governo possui 4,07% da dívida pública; as seguradoras, 4,06%; e outros, 5,72%.

Neste ano, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá ficar entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública em 2019.

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Fonte:
Reuters

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