Temor de recessão se agrava e empurra Dow Jones à pior sessão desde outubro

Publicado em 14/08/2019 19:31

NOVA YORK (Reuters) - As principais bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram fortes quedas nesta quarta-feira, com o índice Dow Jones registrando a maior baixa diária desde outubro de 2018, após a curva de Treasuries ter temporiamente ficado invertida pela primeira vez em 12 anos, o que é visto como um clássico sinal de recessão próxima.

Dados econômicos sombrios na China e na Alemanha sugeriram uma economia global hesitante, golpeada pela guerra comercial cada vez mais beligerante entre EUA e China, pelos problemas relacionados ao Brexit e pelas tensões geopolíticas.

"Foi tudo negativo hoje", disse Chuck Carlson, diretor executivo da Horizon Investment Services. "É um mercado reativo agora e provavelmente continuará sendo", acrescentou Carlson. "Meu palpite é que provavelmente continuaremos assim até depois do Dia do Trabalho."

A diferença entre os rendimentos dos Treasuries de dez e dois anos ficou negativa nesta quarta-feira pela primeira vez desde junho de 2007, meses antes do início da grande recessão que deprimiu os mercados durante anos.

A curva de rendimentos dos EUA se inverteu antes de cada recessão nos últimos 50 anos.

"Pode ser diferente desta vez", disse Carlson. "Quando você tem 15 trilhões de dólares em dívidas soberanas globais com rendimentos negativos, isso é um novo animal."

O índice de volatilidade da CBOE, um indicador de ansiedade dos investidores, saltou 4,58 pontos, para 22,10.

O índice Dow Jones caiu 3,05%, para 25.479,42 pontos --em baixa de 800,49 pontos. O S&P 500 perdeu 2,93%, para 2.840,60 pontos. E o Nasdaq Composto recuou 3,02%, para 7.773,94 pontos.

Todos os 11 setores principais do S&P 500 fecharam em território negativo, com energia, financeiro, materiais básicos, consumo discricionário e serviços de comunicações perdendo 3% ou mais.

O índice para o setor bancário, sensível às expectativas para as taxas de juros, caiu 4,3%.

Mais de 300 componentes do S&P 500 acumulam queda de pelo menos 10% frente a suas máximas de 52 semanas, de acordo com dados da Refinitiv. Mais de 180 dessas ações caem mais de 20% ante seus picos em 52 semanas, o que as coloca no chamado "bear market" (mercado em baixa).

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Fonte:
Reuters

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