Com exterior no radar, Ibovespa abandona alta e recua em dia cheio de balanços; JBS sobe

Publicado em 15/08/2019 11:58

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista perdia força nesta quinta-feira e voltava a trabalhar com o Ibovespa abaixo dos 100 mil pontos, em sessão volátil no exterior e com uma pauta doméstica carregada de resultados corporativos no final da temporada de balanços.

Às 11:53, o Ibovespa caía 0,48 %, a 99.771,85 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a subir a 101.014,41 pontos no melhor momento. O volume financeiro era de 6 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de 2,9%, maior declínio desde 27 de março, em meio a preocupação com recessão global.

De acordo com o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, investidores continuam bastante cautelosos com as notícias internacionais, particularmente em relação ao embate comercial EUA-China, o que explica a volatilidade no pregão.

Nesta sessão, o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a afirmar que qualquer acordo comercial com Pequim precisa ser segundo os termos dos EUA.

A declaração ocorre no momento em que o governo chinês se prepara para adotar contramedidas em resposta às mais recentes tarifas norte-americanas sobre 300 bilhões de dólares em produtos chineses, embora negociações permaneça no radar.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,3%.

DESTAQUES

- JBS avançava 8,2%, após lucro líquido de 2,18 bilhões de reais no segundo trimestre, superando as expectativas dos analistas. Na máxima até o momento, as ações subiram a 30,43 reais, recorde intradia.

- NATURA subia 1,4%, um dia depois de divulgar que o lucro do segundo trimestre mais que dobrou sobre um ano antes, apoiado em vendas fortes em todos os segmentos e em esforços de controle de custos.

- ULTRAPAR caía 5,9%, uma vez que viu seu lucro cair praticamente à metade no segundo trimestre, refletindo a queda ou estagnação da receita de todas as suas principais linhas de negócios.

- SABESP recuava 5,9%, tendo como pano de fundo queda de 10,9% no resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no segundo trimestre, para 1,2 bilhão de reais.

- VIA VAREJO cedia 1,5%, após fechar o segundo trimestre com prejuízo líquido de 154 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado positivo de 14 milhões registrado um ano antes.

- VALE perdia 1,5%, tendo de pano de fundo o declínio dos preços do minério de ferro na China, à medida que o aperto na oferta diminui, mas o esperado aumento da demanda pela China continua indefinido.

- PETROBRAS PN recuava 1,6%, na esteira dos preços do petróleo no mercado externo.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha pequenas variações e e BRADESCO PN cedia 0,5%, após fortes quedas na véspera, quando prevaleceu o viés negativo externo sobre as operações locais.

- OI ON, que não está no Ibovespa, caía 9%, após divulgar prejuízo líquido para o segundo trimestre na quarta-feira maior do que o esperado por analistas.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

STF suspende prazos processuais em todas as ações ligadas ao RS
Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA