Com pressão dos bancos, Ibovespa recua após bom início de sessão; Wall ST tem rali de alta

Publicado em 19/08/2019 17:27

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em baixa nesta segunda-feira, com ações de bancos entre as maiores pressões negativas, novamente sem força para se sustentar acima dos 100 mil pontos.

Os ativos perderam força à tarde, quando o dólar ganhou força frente ao real. O Ibovespa <.BVSP> caiu 0,34%, a 99.468,67 pontos. O giro financeiro somou 26,3 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções de ações, de 10,2 bilhões de reais.

Profissionais de renda variável citaram comentários de uma autoridade do Federal Reserve como uma das possíveis razões para o enfraquecimento das ações, uma vez que não sinalizou disposição para apoiar novos cortes de juros.

Em Nova York, o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, disse que as condições econômicas dos EUA ainda são boas e que uma política de estímulo poderia encorajar um endividamento preocupante.

Para o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, o comentário não corrobora o cenário de corte nas taxas de juros norte-americanas, que tende a beneficiar ativos de mercados emergentes como é o caso das ações brasileiras.

"O comentário colocou um ponto de interrogação sobre a continuidade da política de corte", citou. "E com a continuidade sendo posta em dúvida... a chance dos capitais estrangeiros virem para nossa bolsa se torna mais diminuta", acrescentou.

O embate comercial entre EUA e China também segue adicionando volatilidade nos negócios, mantendo os receios com o ritmo da economia global, mesmo com perspectivas de estímulos na China e Alemanha e dados melhores da economia norte-americana.

Em Wall Street prevaleceu a repercussão positiva às expectativas de estímulos, com o S&P 500 <.SPX> encerrando em alta de 1,21%.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,44% e BRADESCO PN cedeu 1,44%. BANCO DO BRASIL perdeu 1,97%.

- VALE perdeu 0,09%, diante da queda dos contratos futuros de minério de ferro na China.

- VIA VAREJO ON despencou 5,48%, na quarta queda consecutiva após a empresa divulgar seu balanço trimestral.

- PETROBRAS PN valorizou-se 0,5%, tendo a alta do petróleo no exterior como pano de fundo, além do vencimento de opções, uma vez que as ações costumam aparecer entre as séries mais líquidas do exercício. PETROBRAS ON subiu 1,36%.

- B3 avançou 2,25%, apoiada em números melhores sobre negociação no segmento Bovespa.

- KROTON subiu 0,65%, após registrar cinco sessões consecutivas de baixa. YDUQS (ex-Estácio) cedeu 0,41%.

- JBS perdeu 0,69%, após atingir cotação recorde de fechamento na última sexta-feira, com o ganho acumulado no mês chegando a 16,9%.

Wall St tem rali com esperanças de estímulos econômicos

NOVA YORK (Reuters) - Os mercados de ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta segunda-feira, com notícias de esforços para estímulos na China e na Alemanha amenizando temores de uma grave desaceleração econômica, que se acumularam na semana passada conforme os rendimentos de bônus recuaram.

O índice Dow Jones subiu 0,96%, a 26.136 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,210588%, a 2.924 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,35%, a 8.003 pontos.

O índice S&P 500 recuperou a maior parte de suas perdas registradas após a breve inversão da curva de rendimentos dos Treasuries na quarta-feira, quando as taxas dos títulos de dez anos caíram abaixo dos "yields" dos papéis de dois anos. A inversão é comumente vista como um indicador de recessão nos próximos dois anos.

Depois de cair quase 3% na quarta-feira, o S&P 500 subiu em cada uma das últimas três sessões.

O banco central da China apresentou no sábado uma importante reforma dos juros para ajudar a reduzir os custos de empréstimo para empresas e sustentar a economia, que vem sendo afetada pela guerra comercial com os Estados Unidos.

No domingo, o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, sugeriu que Berlim poderia disponibilizar até 50 bilhões de euros (55 bilhões de dólares) em gastos adicionais.

"São notícias positivas e incentivaram um ambiente favorável a risco que persistiu ao longo do dia", disse Michael O'Rourke, estrategista-chefe de mercado da JonesTrading em Greenwich, Connecticut. "Os investidores estão satisfeitos em ver que os países estão reconhecendo os riscos."

As ações também receberam um impulso pela notícia de que os EUA prorrogaram por 90 dias o período no qual a chinesa Huawei Technologies pode comprar suprimentos de empresas norte-americanas para atender clientes existentes.

As ações da Apple subiram 1,9%, no maior impulso ao Nasdaq e segundo maior ao S&P 500 e ao Dow.

O presidente Donald Trump disse no domingo que conversou com o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, o qual "apresentou um bom argumento" de que as tarifas poderiam prejudicar a Apple.

O índice S&P para o setor de tecnologia subiu 1,6%, enquanto o índice Philadelphia, que acompanha fabricantes de chips, ganhou 1,9%.

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Fonte:
Reuters

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