Chefe executiva de Hong Kong rejeita demandas de manifestantes

Publicado em 20/08/2019 08:23

Por NHK*  

A chefe executiva de Hong Kong, Carrie Lam, declarou que está disposta a criar uma plataforma de diálogo com os manifestantes, mas não chegou a aceitar as demandas feitas por eles.

As pessoas em Hong Kong vêm protestando contra um projeto de lei que tornaria possível transferir suspeitos para a China Continental para serem julgados.

Organizadores afirmam que 1,7 milhão de pessoas se mobilizaram para as manifestações do último domingo (18), o segundo maior número desde que os protestos tiveram início há mais de dois meses. O evento terminou sem confrontos com a polícia.

Em entrevista nesta terça-feira (20), Lam disse que "espera sinceramente que esse tenha sido o início do retorno da sociedade à paz, e que se afaste da violência."

Segundo Lam, seu governo iniciará imediatamente trabalhos para o estabelecimento de uma plataforma de diálogo. Ela anunciou que, a partir desta semana, começará a receber grupos que haviam pedido negociações.

Ela também deixou claro que seu governo irá convidar especialistas internacionais para analisar se a polícia respondeu de forma correta aos protestos.

No entanto, Lam rejeitou mais uma vez as demandas dos manifestantes para a retirada completa do projeto de lei e para a realização de um inquérito independente sobre as ações da polícia nos protestos.

Redes sociais

As redes sociais nos Estados Unidos, Twitter e Facebook, informaram que suspenderam contas com o objetivo de prejudicar as manifestações que estão ocorrendo em Hong Kong. Elas dizem que confirmaram o envolvimento de autoridades chinesas nessas contas.

Nessa segunda-feira (19), o Twitter informou que suspendeu 936 contas que acredita terem origem na China Continental. A empresa afirma que as contas mostravam conteúdos que afetavam a legitimidade dos protestos em Hong Kong, provocando discórdias políticas na região.

Segundo relatos, muitas das contas usavam VPN, ou serviços de rede privada virtual, para acessar o Twitter, tendo em vista que o governo chinês havia bloqueado o acesso à plataforma.

O Twitter disse que, em sua investigação, descobriu o envolvimento sistemático de autoridades chinesas nas contas.

O Facebook acrescentou que removeu cinco contas e sete páginas, algumas que mostravam os manifestantes como terroristas. Lembrou que as postagens foram carregadas por meio de contas falsas que se apresentavam como veículos de mídia. O Facebook disse ainda que descobriu um possível envolvimento de pessoas ligadas a autoridades chinesas.

*Emissora pública de televisão do Japão

Fonte: Agência Brasil

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Atividade empresarial da zona do euro cresce em abril no ritmo mais rápido em quase um ano, mostra PMI
Expansão da atividade de serviços da China enfraquece em abril, mostra PMI do Caixin
STF suspende prazos processuais em todas as ações ligadas ao RS
Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA