China diz esperar que EUA parem com ações erradas sobre tarifas e promete retaliar

Publicado em 22/08/2019 08:02

PEQUIM (Reuters) - A China afirmou nesta quinta-feira esperar que os Estados Unidos parem com suas ações erradas sobre tarifas, acrescentando que qualquer nova taxa levará a uma intensificação.

Os EUA disseram neste mês que irão adotar tarifas sobre 300 bilhões de dólares em produtos chineses a partir de 1 de setembro, o que efetivamente levaria suas tarifas a todas as exportações da China aos EUA.

Mas o presidente Donald Trump depois voltou atrás de parte do plano, adiando taxas sobre alguns itens como celulares, laptops e outros produtos ao consumidor para meados de dezembro, na expectativa de reduzir o impacto sobre as vendas de Natal.

"Apesar da decisão dos EUA de adiar tarifas sobre alguns produtos chineses...se os EUA se sobrepuserem à oposição da China e adotarem qualquer nova tarifa, a China será forçada a adotar ações retaliatórias", disse o porta-voz do Ministério do Comércio, Gao Feng.

Gao afirmou que equipes comerciais de ambos os lados estão em contato, quando questionado se o vice-premiê chinês, Liu He, viajará a Washington para a próxima rodada de negociações comerciais presenciais.

(Reportagem de Yawen Chen e Se Young Lee)

Índices da China terminam em alta sustentados por empresas de consumo

XANGAI (Reuters) - Os índices acionários chineses encerraram em alta a sessão volátil desta quinta-feira, uma vez que os ganhos em empresas de consumo compensaram as preocupações em torno da guerra comercial com os Estados Unidos.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,31%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,11%.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na quarta-feira que é "o escolhido" para lidar com os desequilíbrios comerciais com a China, mesmo que pesquisadores norte-americanos tenham alertado que suas tarifas irão afetar a economia do país.

O índice de consumo do CSI terminou em alta de 2%, impulsionado pela gigante de bebidas alcoólicas Kweichow Moutai Co Ltd's, cujas ações saltaram 3,4, para outra máxima recorde.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,05%, a 20.628 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,84%, a 26.048 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,11%, a 2.883 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,31%, a 3.793 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,69%, a 1.951 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,04%, a 10.529 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,17%, a 3.127 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,29%, a 6.501 pontos.

Xinhua: China imporá sanções contra empresas dos EUA que vendem armas à Taiwan

Beijing, 22 ago (Xinhua) -- A China pediu nesta quarta-feira aos Estados Unidos que cancelem imediatamente o plano de venda de armas para Taiwan, dizendo que a China tomará todas as medidas necessárias para defender seus próprios interesses, incluindo impor sanções contra as empresas estadunidenses envolvidas na venda.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos notificou oficialmente na quarta-feira o Congresso estadunidense sobre o plano de vender para Taiwan 66 caças F-16 e equipamentos relevantes no valor de US$ 8 bilhões e de fornecer apoio.

"A China se opõe firmemente ao plano e apresentou representações e protestos solenes aos EUA", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, em entrevista coletiva.

O plano de venda de armas dos EUA violou seriamente as leis internacionais e as normas básicas que regem as relações internacionais, bem como o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos China-EUA, especialmente o Comunicado de 17 de Agosto, disse Geng.

"[Tal movimento] constitui uma grave interferência nos assuntos internos da China e prejudica a soberania e os interesses de segurança da China."

O porta-voz disse que a questão de Taiwan diz respeito à soberania e integridade territorial da China, o que está associada aos interesses fundamentais da China. "A China tem firme determinação em salvaguardar sua própria soberania, unidade e segurança nacionais".

Geng instou o lado norte-americano a aderir ao princípio de Uma Só China e as disposições relevantes estabelecidas nos três comunicados conjuntos China-EUA, a cancelar imediatamente o plano de venda de armas acima mencionado, cessar a venda de armas a Taiwan e suspender os laços militares com a ilha".

"Caso contrário, todas as consequências decorrentes serão enfrentadas pelos EUA", acrescentou Geng.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Case IH anuncia pré-lançamento de Drone Pulverizador durante Agrishow
Ações europeias fecham abaixo das máximas após dados de inflação da Alemanha; Deutsche Bank cai
Parlamentares argentinos debaterão versão reduzida de reformas econômicas de Milei
Prorrogado o prazo para início da emissão obrigatória da NF-e para produtores rurais
Petrobras assina memorando para projeto de eólica offshore no RN