Dólar recua com alívio doméstico e reunião do BCE no radar

Publicado em 11/09/2019 17:16

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar encerrou em queda contra o real nesta quarta-feira, marcando sua segunda sessão consecutiva de perdas, influenciado por bons sinais sobre a economia brasileira e à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu na quinta-feira.

O dólar à vista teve queda de 0,76%, a 4,0644 reais na venda.

Na B3, o dólar futuro recuava 0,37%, a 4,0710 reais.

Para Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, o movimento da moeda pode ser explicado por algumas correções de posições no mercado, somadas ao alívio dos investidores diante de dados positivos sobre as vendas no varejo doméstico.

O volume de vendas no varejo cresceu 1,0% em julho sobre junho, com ajuste sazonal, mostraram nesta quarta-feira dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o melhor desempenho para o mês desde 2013. Em julho daquele ano, as vendas haviam aumentado 2,7%.

"Nós vemos alguns sinais de melhora na atividade interna e, apesar de não ter um fato único de grande repercussão, quando somamos todas as notícias, temos um real valorizado", disse Campos Neto, da Tendências.

Nesta quarta-feira, a notícia de que o relator da reforma da Previdência, Tasso Jereissati (PSDB-CE), vai retirar do texto da PEC da reforma da Previdência qualquer trecho que possa forçá-lo a retornar à Câmara dos Deputados também ajudava a pressionar o dólar contra a moeda brasileira.

A influência do ambiente doméstico fez com que o real se descolasse da tendência de seus pares emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, que se desvalorizavam contra a moeda norte-americana. O índice do dólar, que compara o dólar contra uma cesta de moedas, subia 0,31%, a 98,633.

Na cena externa, as atenções agora se voltam para o Banco Central Europeu (BCE), com foco nos possíveis novos estímulos que poderão ser anunciados na reunião de política monetária agendada para quinta-feira. As medidas podem incluir cortes de juros e a retomada de compras mensais de ativos.

(Por Stéfani Inouye)

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Fonte:
Reuters

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