Bolsonaro vai tratar de política ambiental em discurso da ONU

Publicado em 20/09/2019 10:06

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (19) que vai defender, em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, a política do governo na questão ambiental. Em sua live semanal no Facebook, Bolsonaro disse que as queimadas na Amazônia estão abaixo da média dos últimos 15 anos e o que há é uma tentativa internacional de desgastar a imagem do Brasil. Para o presidente, o objetivo é prejudicar o setor agrícola nacional, um dos mais competitivos do mundo. 

"Estou me preparando para um discurso bastante objetivo, diferente de outros presidentes que me antecederam. Ninguém vai brigar com ninguém lá, pode ficar tranquilo. Vou apanhar da mídia, de qualquer maneira, essa mídia sempre tem o que reclamar, mas eu vou falar como anda o Brasil nessa questão. E eles tem números verídicos sobre isso aí, mas o que interessa? É desgastar a imagem do Brasil. Desgastar por quê? Para ver se cria um caos aqui, para o pessoal lá de fora se dar bem. Se a nossa agricultura cair, é bom para outros países que vivem disso", disse.

Bolsonaro e comitiva embarcam para Nova York (Estados Unidos) no dia 23. No dia seguinte, o presidente é o primeiro a falar. Tradicionalmente, cabe ao chefe de Estado brasileiro fazer o pronunciamento de abertura na Assembleia Anual da ONU. Na avaliação de Bolsonaro, existe uma pressão de outros países para que o Brasil amplie o número de reservas indígenas, quilombolas e áreas de proteção ambiental. Segundo ele, havia uma previsão de demarcar mais 400 reservas indígenas e 900 áreas quilombolas ao longo dos próximos anos, o que expandiria as áreas atualmente protegidas por mais 6% do território. 

"Imagine o nosso Brasil com uma área equivalente, um pouquinho abaixo, do Sudeste, do Sul, demarcado como terra indígena? Tudo estaria inviabilizado no Brasil. Essa é a tendência, é o sufocamento da nossa agricultura aqui no Brasil. Nós ocupamos aproximadamente 7% do nosso território para a agricultura. Outros países da Europa ocupam, muitos, aproximadamente 70%", disse o presidente.

Em Nova York, aonde chega no dia 23, Bolsonaro tem encontro confirmado com o secretário-geral da ONU, António Guterres, marcado para o dia 24, mesma data de seu pronunciamento. Não estão previstos encontros bilaterais com outros chefes de Estado. O presidente embarca de volta ao Brasil no mesmo dia.

O presidente deve seguir despachando do Palácio da Alvorada, residência oficial, onde também tem realizado caminhadas e sessões de fisioterapia. Ele se recupera da quarta cirurgia em um ano, para tratar o ferimento à faca sofrido em um atentado em setembro do ano passado, durante ato da campanha eleitoral. 

A previsão é que Bolsonaro faça exames no início da manhã desta sexta-feira (20) e seja avaliado, em seguida, pelo médico Antonio Macedo, que o operou. Ele virá especialmente de São Paulo para isso. Os procedimentos ocorrerão no Hospital DF Star, em Brasília, filial do mesmo hospital que o presidente ficou internado nos últimos dias, o Vila Nova Star, na capital paulista.

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil 

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Por:
Agência Brasil
Fonte:
Canal Folha Política

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1 comentário

  • EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR

    O Presidente Jair Bolsonaro, em seu discurso na ONU, deverá ser claro e transparente. Deverá dizer que o Brasil é dos brasileiros e de mais ninguém. Em defesa de nossa soberania, deverá anunciar a criação de políticas públicas mais claras para a Amazônia Legal, colocando o Exército no comando da administração .... Concordo, pois não devemos dar espaço para nenhum país de fora... Chega de acordos políticos onde os brasileiros acabam pagando a conta... O Presidente deverá dar o recado de maneira clara, mas não ir para o enfrentamento, ... deixe que eles corram atrás de nós depois ...

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    • Sebastião Ferreira Santos Fátima do Sul - MS

      Concordo plenamente com você Zabott, nós votamos por mudanças, pois nosso país foi roubado por mais de trinta anos e nós cansamos disso... então, se votamos por mudanças estamos esperando que sejam concretizadas. Não nos importa o que a ONU quer ou acha que tem que ser, pois é um órgão extremamente comunista aliado de pessoas de carater duvidoso, pelo menos aqui no Brasil. A Amazônia é brasileira e não cabe a ONU e ao Macron que não consegue administrar o seu próprio país, além de tudo é imoral e inescrupuloso. Temos que mostrar à essa corja de bandidos que não precisamos deles para sobreviver.

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