Câmara aprova regra de divisão de recursos de leilão do pré-sal entre Estados e municípios

Publicado em 10/10/2019 08:14

(Reuters) - A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira o projeto de lei que estabelece as regras de divisão entre Estados e municípios dos recursos oridundos do megaleilão de petróleo do pré-sal de 6 de novembro, e encaminhou a matéria para o Senado.

O dinheiro a ser repartido é uma parte do chamado bônus de assinatura, que totaliza 106,6 bilhões de reais.

O projeto aprovado manteve a destinação de 15% para Estados e 15% para municípios, além da previsão de 3% da fatia da União para Estados produtores, mas alterou a forma de rateio entre os entes.

No caso dos Estados, dois terços dos recursos serão partilhados pelos critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE), enquanto o um terço restante levará em conta regras da Lei Kandir e do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX).

Para os municípios, fica valendo a forma de distribuição definida pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Os recursos terão de ser utilizados pelos Estados prioritariamente para equilibrar as contas previdenciárias e, havendo disponibilidade, para investimentos e pagamento de precatórios de pessoas físicas.

A parte a que municípios têm direito deverá ser utilizada tanto para o equilíbrio das contas previdenciárias, quanto para investimentos.

“O acordo pactuado atendeu a todas as regiões do país e é o melhor para todos os Estados brasileiros. Reafirmo que nenhum Estado pretendeu reduzir recursos de outro Estado”, disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, após a aprovação da matéria, segundo a Agência Câmara Notícias.

O megaleilão vai ofertar em 6 de novembro volumes de reservas excedentes ao contrato da cessão onerosa, assinado entre União e Petrobras em 2010, que autorizava a produção pela petroleira estatal em determinadas áreas da Bacia de Santos de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente.

A União prevê arrecadar com a licitação 106,6 bilhões de reais em bônus de assinatura caso todas as áreas sejam arrematadas.

Uma parte do valor arrecadado com o leilão também será utilizada para pagar a Petrobras, com quem a União acertou as contas após uma renegociação do contrato original da cessão onerosa.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro, e Maria Carolina Marcello, em Brasília)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA
Brasil e Japão assinam acordos em agricultura e segurança cibernética