Em voto separado na CPI do BNDES, deputado pede prisão preventiva dos irmãos Batista

Publicado em 16/10/2019 10:22

Em seu perfil no Facebook, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PSL/RS) pubicou o seguinte:

"Apresentei, na CPI do BNDES, voto em separado ao relatório final. Votei pela aprovação do relatório já apresentado, com o acréscimo de sugestão de representação pela prisão preventiva de Joesley e Wesley Batista, da JBS. Os irmãos Batista foram presos em 2017, acusados de usar informação privilegiada para operar o mercado financeiro. Apuramos, ao longo destes seis meses de trabalhos na CPI do BNDES, que os empresários continuam cometendo crimes contra a ordem econômica e tributária. No mês passado, senadores americanos solicitaram investigação da atuação da JBS nos EUA, justamente por fortes indícios de que a empresa continua cometendo crimes e subornando autoridades públicas. Da mesma forma, tenho absoluta convicção de que LULA e DILMA devem ser indiciados como responsáveis por desfalques havidos no BNDES no período de 2003 a 2015. 

#CPIdoBNDES #VotoemSeparado #IrmaosBatistapresos #ForaCorruptos #VamoBrasil"

CPI do BNDES retira o nome de Lula da lista de indiciados (O Antagonista)

O relator da CPI do BNDES, Altineu Cortês, retirou o indiciamento de Lula, Dilma e pessoas ligadas à JBS de seu parecer final. A sessão está em andamento.

O deputado argumentou que a CPI não poderia “terminar em pizza”, por causa do risco de o relatório ser derrubado e a comissão ser encerrada sem nenhum indiciamento.

O Antagonista já havia mostrado que o Centrão e o PT articulavam para retirar Dilma e Lula do relatório final.

Os deputados Sanderson, Paula Belmonte Lucas Redecker e Kim Kataguiri apresentarão votos em separado pedindo o indiciamento dos ex-presidentes petistas.

CPI do BNDES deve ser votada ainda hoje, e a "caixa preta" vai ser aberta, diz Macris

O relatório final da CPI do BNDES, de autoria do deputado Altineu Côrtes, do PL do Rio de Janeiro, não foi votado ontem por falta de quórum e está na pauta para ser votado nesta quarta-feira (16). No início da manhã desta quarta, o presidente da CPI do BNDES, Vanderlei Macris, deu uma entrevista à TV Câmara e afirmou que a caixa preta será aberta para a sociedade conhecer efetivamente o que aconteceu no BNDES.

Macris explicou que o trabalho de investigação foi extenso e as provas contam com mais de 30 depoimentos, que segundo ele foram longos, cansativos, esclarecedores e detalhados. "Tivemos alguns problemas com o Supremo Tribunal da Justiça, que não permitiu através de habeas corpus a presença dos figurões dessa malandragem toda que nós descobrimos no BNDES", disse em entrevista. 

Segundo Macris, entre os documentos estão informações do Tribunal de Contas da União, das delações premiadas, além de informações obtidas com vários órgãos do estado e com grandes empresas. "Não só os depoimentos, mas os documentos foram fundamentais para o relatório que indiciou mais de 60 pessoas, principalmente os mais importantes desse processo que tem base para poder provar a presença do ex-presidente Lula, a ex-presidente Dilma, o Marcelo Odebrecht e os irmãos Batistas - Wesley e Joesley", afirma. 

Macris afirma ainda que os documentos provam que houve todo um planejamento para que o dinheiro fosse assaltado do BNDES. As investigações apontam que o projeto tinha três fases: núcleo político e externo, núcleo estratégico e núcleo econômico. 

"Isso foi se transformando em um projeto e essa projeto tinha um núcleo político importante que era comandado no caso pelo ex-presidente Lula e depois ex-presidente Dilma. Depois nós tínhamos o núcleo externo que eram os países para os quais esses contratos do BNDES eram implementados", afirma. Entre os países citados por Macris estão Venezula, Cuba, Moçambique e Angola. "Tantos países que foram beneficiados por essa tamanha generosidade do Brasil, principalmente os afinados politicamente com quem tinha o poder na época", comenta.  

Já o núcleo estratégico era formado com órgãos do governo para superar qualquer divergência que atrapalhassem o esquema. Segundo ele, leis e resoluções eram mudadas a qualquer momento. "Uma das resoluções que foram mudadas foi a qualidade da capacidade de pagamento de um país. Você tinha níveis de um até sete e foi modificado países que estavam no nível 7 com perigo de não pagamento", explica.

O núcleo econômico era formado com parcerias com grandes empresas brasileiras, como a Odebrecht e a JBS, as memas que estão na Lava Jato. "Era um plano geral constituído para assaltar dinheiro público e isso está provado, nós temos informações e eles precisam ser responsabilizados", finalza.

Veja a entrevista de Macris para a TV Câmara:

 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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