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Dólar tem maior queda em duas semanas ante real com ajuste

Publicado em 11/11/2019 18:14

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar teve nesta segunda-feira a maior queda em duas semanas frente ao real, com o mercado realizando parte dos lucros depois de a divisa ter registrado na semana passada a maior alta semanal em 14 meses.

O real esteve entre as moedas de melhor desempenho nesta sessão, em sintonia com a correção vista em outros mercados brasileiros, com o Ibovespa em alta e os juros futuros em queda.

O mercado se acomodou depois da forte volatilidade da semana passada, na esteira da frustração com a participação de estrangeiros no leilão do excedente da cessão onerosa e da soltura do ex-presidente Lula.

Cleber Alessie, da H.Commcor, contudo, chamou atenção para a variação mais limitada do prêmio de risco-Brasil medido pelo CDS de cinco anos. Na semana passada, o CDS subiu 0,44%, ao passo que o dólar saltou 4,3%.

"A questão é que dólar a 4,10 (reais), 4,15 não é mais sinal vermelho. O fundamento do câmbio está mudado, por causa do retorno baixo", disse o profissional.

O retorno a que ele se referiu está relacionado ao juro "extra" pago pelas aplicações em real em comparação aos investimentos em ativos denominados em outras moedas, como dólar ou peso mexicano. A queda desse diferencial é resultado de sucessivos cortes da Selic a mínimas históricas.

Mas o UBS ponderou que o ciclo de afrouxamento monetário no Brasil está "bem precificado", enquanto o de outros países ainda não está contabilizado. Por isso, o banco recomenda posição comprada em real contra a moeda do México, país que apenas iniciou processo de cortes de juros.

"Além disso, o Brasil está entre as economias mais fechadas do mundo... o que deve ajudar a economia a seguir resiliente durante uma desaceleração econômica global", acrescentaram estrategistas do banco suíço em nota a clientes.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,61%, a 4,1428 reais na venda.

É a mais forte desvalorização percentual diária desde 25 de outubro (-0,88%).

Nas três sessões anteriores, todas de valorização, a cotação havia acumulado alta de 4,39%.

No mercado futuro da B3, no qual os negócios vão até as 18h15, o contrato de dólar de maior liquidez cedia 0,53%, a 4,1465 reais, por volta de 17h30.

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Fonte:
Reuters

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